Rabanadas vegan

Rabanadas vegan com abóbora

Em primeiro lugar, aviso que esta receita das rabanadas é z-e-r-o tradicional! Não leva ovos, leite, açúcar branco e também não é frita…mas garanto que estas rabanadas vegan ficam deliciosa! (:

Esta versão desta sobremesa festiva típica leva um pouco de abóbora, que vai ajudar a dar humidade, aroma e um sabor naturalmente doce às rabanadas.

 

Cozinhar abóbora no micro-ondas

O primeiro passo desta receita é de cozinhar a abóbora no micro-ondas. Tenho utilizado imenso esta técnica quando preciso de um pouco de abóbora cozinhada para panquecas, bolo ou, como neste caso, rabanadas vegans!

É uma maneira muito prática e rápida para cozinhar abóbora (e outros legumes), sem que eles retenham água (como acontece ao cozer). A abóbora perde grande parte da humidade e o seu sabor fica mais concentrado, o que é perfeito para receitas doces.

Se tem dúvidas sobre a segurança dos micro-ondas, vejam este post.

 

Aquele toque de citrinos!

Quem acompanha o meu trabalho há alguém tempo ou mesmo esteve num workshop presencial meu, sabe que adoro usar raspas de citrinos nas receitas! Aqui no blog já usei nas Melhores trufas de cacau, nas Panquecas de limão & chia, Pães de passas, laranja & canela e muitas outras receitas.

A verdade é que a raspa é a parte mais aromática da fruta, e também onde estão bastantes nutrientes. Normalmente é a parte que vai para o lixo, mas pode ser utilizada em infusões ou receitas! Dá um toque mais fresco, o que é perfeito em doces.

Rabanadas vegan

Rabanadas vegan

Rabanadas vegan

Rabanadas vegan

 


Rabanadas vegan
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Lanche/petisco, Sobremesa
Cozinha: Vegano
Porções: 8 rabanadas
Ingredientes
  • 150gr de abóbora crua, em cubos pequenos (sem a casca)
  • 170gr de leite vegetal (usei de soja)
  • 1 colher de sopa (cheia) de geleia de arroz (ou outro adoçante líquido de cor calar)
  • 1 colher de sopa (cheia) de amido de milho
  • 1 colheres de sopa de açúcar de coco
  • 1 colher de chá de canela em pó
  • Raspa de ½ tangerina ou ½ de laranja (opcional)
  • 8 fatias de baguete dura (ou outro tipo de pão semelhante)
  • Óleo de coco q.b.
Instruções
  1. Comece por cozinhar a abóbora no micro-ondas *. Para isso, coloque os cubos de abóbora num prato e leve-os ao micro-ondas na potência máxima, durante 5 minutos. Verifique se estão cozinhados e retire.
  2. Coloque numa liquidificadora (ou copo de varinha mágica) a abóbora cozinhada, o leite vegetal, a geleia de arroz, o amido de milho e a raspa de tangerina/laranja (opcional). Processe tudo até ficar sem pedaços.
  3. Disponha as fatias de pão numa travessa e regue-as com o molho. Vire as fatias, garantindo que ficam bem demolhadas de ambos os lados.
  4. Aqueça uma frigideira com um pouco de óleo de coco (lume médio-baixo). Coloque as fatias embebidas e cozinhe durante cerca de 4 minutos de cada lado, até ficarem douradas.
  5. Enquanto isso, misture o açúcar de coco com a canela. Quando as rabanadas estiverem cozinhadas, polvilhe-as com essa mistura. Então prontas!
Notas
* este método de cozinhar a abóbora é ideal para esta receita, pois é muito rápido e retira o excesso de humidade. Se preferir, pode cozer a abóbora normalmente ou a vapor e, depois disso, retirar-lhe o excesso de humidade.

 

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Tarte de compota

Receitas de Outono

Hoje trago-vos a primeira receita de Outono: tarte de compota! Tenho amado o início desta estação, com os dias ligeiramente frios, aparecimento de novos de época e e uma vontade enorme de cozinhar (e comer) doces! 

E, assim, a partir  destas experiências com receitas doces saiu esta tarte de compota! Esta receita é perfeita para ser apreciada em dias de outono e inverno, acompanha de um chá bem quente (:

 

Sobre esta tarte de compota

Se nunca viu uma tarte deste género, é compreensível! Inspirei-me numa receita antiga de leste da europa, que a minha mãe fazia há muitos anos (: Esta receita tradicional é chamada de “tarte ralada” e versão original leva manteiga e ovos.

Confesso que estava com algum receio em replicar esta receita, pois nunca a tinha feito na versão tradicional, quanto mais com as adaptações para 100% vegetal! Mas a verdade é que correu tão bem, que tinha de a partilhar aqui no blog!

 

Utilizar diferentes tipos de recheios

Esta receita é feita então com recheio de compota, tornando-a bastante prática. Pode usar qualquer sabor de compota ou doce, mas pessoalmente acho que as de frutos vermelhos combinam especialmente bem!

tarte compota

Tarte compota

Tarte compota

Tarte de compota
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Sobremesa
Cozinha: Vegan
Porções: 6 doses
Ingredientes
  • 200gr de compota à escolha (utilizei de frutos vermelhos sem açúcar)
  • 300gr de farinha de espelta branca
  • 50gr farinha de aveia integral
  • 120ml de leite vegetal, gelado
  • 80gr óleo de coco, sólido
  • 40gr açúcar de coco
  • 1 colher de chá de fermento (para bolos)
  • 1 colher de chá de extrato de baunilha (opcional)
Instruções
  1. Comece por combinar num recipiente todos os ingredientes secos: as farinhas, o açúcar de coco e fermento.
  2. Acrescente o óleo de coco sólido, raspando-o com uma faca para obter pedaços pequenos. Com a ajuda de um garfo, desfaça os pedaços e incorpore-os na massa.
  3. A seguir, adicione o leite vegetal e o extrato de baunilha. Misture bem, até a massa formar uma bola firme. Retire ⅓ desta massa e coloque-a no congelador.
  4. Entretanto, divida a restante massa em 2 metades e estique, formado 2 retângulos (pode optar por fazer só uma camada de tarte com um pedaço de massa).
  5. Monte a tarte, já em cima de papel vegetal ou folha de silicone. Coloque por cima do primeiro retângulo da massa metade da compota. Cubra com o segundo retângulo da massa e adicione a restante metade da compota.
  6. Por fim, retire o pedaço de massa do congelador e rale-o por cima, fazendo assim a última camada de massa (pode aproveitar todos os restos de massa para esta camada).
  7. Leve a tarte a assar em cima do tabuleiro forrado com papel vegetal / folha de silicone, durante 25-35 minutos, a 180ºC. Deixe arrefecer antes de cortar!

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Tarte compota pinterest

Leite de pevides de abóbora

Já há muito tempo que não partilho uma receita bem básica aqui no blog. A receita de hoje é a de um leite vegetal muito económico e ao mesmo tempo nutritivo e delicioso!

Confesso que não faço com muita frequência leites vegetais. Nunca tive o hábito de beber leite, nos batidos prefiro e nas papas prefiro usar água…mas há pratos e momentos em que um bom leite vegetal calha muito bem, certo?

Já encontram aqui no site a receita do leite de coco, que adoro. Ambas as receitas são o mais “zero waste” possível! Podem usar qualquer um destes leites para preparar leite dourado ou  cacau quente vegan.

A receita deste leite de pevides de abóbora surgiu como vontade de aproveitar as pevides de uma maneira diferente, depois de ter cozinhado abóbora. Normalmente, seco as pevides no forno, para depois ir trincando-nas como petisco. Mas a verdade é que nem sempre é prático ligar o forno para torrar as sementes.

Foi então que me surgiu a ideia de triturar as sementes cruas inteiras e com as cascas para fazer um leite vegetal. Para além de muito prático e rápido, é nutricionalmente denso. As sementes de abóbora são ricas em minerais como zinco, potássio e magnésio, gorduras saudáveis (ómegas 3) e ainda vitaminas do complexo B, A e E.

 O processo de triturar as sementes com a casca permite aproveitar extrair ainda mais estes nutrientes, sendo que normalmente é uma parte da semente que não é aproveitada. O resíduo que resta depois de fazer o leite constitui praticamente só fibra, não havendo grande perda nutricional.

Depois de preparado, o leite deve ser guardado no frigorífico, numa garrafa de vidro, até 3 dias.

Vamos então à receita?


Leite de pevides de abóbora
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Ingredientes
  • Pevides de 1 abóbora Hokkaido/abóbora-menina (ou de média abóbora grande)
  • 3 tâmaras sem caroço
  • Pitada de canela
  • 1 Litro de água quente
Instruções
  1. Retire as fibras das sementes de abóbora e passe as mesmas por água.
  2. Coloque numa liquidificadora as pevides (com as cascas), 3 tâmaras sem caroço, pitada de canela e 1 litro de água quente. Processe durante alguns minutos, dependendo da potência da liquidificadora.
  3. Coe o leite com a ajuda de um saco de pano.
  4. Guarde em garrafas de vidro, até 3 dias.

 

Sopa completa & anti-inflamatória

A receita desta sopa surgiu numa semana não muito favorável para mim: eram dias frios de inverno, só chovia e, para melhorar a situação, tinha arrancado dois sisos. Um deles, teimoso como a dona, não queria sair, resultando na perfuração do seio maxilar.

O resultado? Muitas dores, um inchaço terrível e possibilidade de inflamação. Como não conseguia comer sólidos, passava os dias a sopa triturada com feijão. Assim, para tirar algum aproveito da situação, criei a receita desta sopa que inclui poderosos anti-inflamatórios naturais.

Devo dizer que ajudou-me muito (juntamente com a medicação que, neste caso, era inevitável) e alguns dias depois de ter tirado os sisos, dei um Showcooking a dezenas de pessoas, no El Corte Inglés. Estava inchada na mesma (podem tentar descobrir qual foi, pelas fotos na secção Portefólio!) mas com energia e forças suficientes para tal.

Quem me conhece sabe que adoro curcuma e tento incluir esta raiz em diversos pratos. Mas qual é a cena da curcuma, Oksi?

Bem, a curcuma é uma raiz de cor laranja, que constitui um dos antioxidantes e anti-inflamatórios mais poderosos do planeta e que parece apresentar mecanismos ativos supressores das células cancerígenas *1. Para além disso, parece ser um tratamento eficaz na prevenção e diminuição da sintomatologia na demência (Alzheimer) *2, na diminuição da inflamação e dor associada a osteoartrite *3 *4, entre outros.

O gengibre, a curcuma e os cogumelos – todos presentes nesta sopa e todos potentes anti-inflamatórios *5 – vão protegerem-vos das constipações, gripes e outros males desnecessários.

Não vos massacro mais com estudos sobre a saúde (as vezes não sei se estou a escrever uma receita ou uma tese…), e apresento-vos a melhor sopa completa & anti-inflamatória de sempre!


4.5 from 2 reviews
Sopa completa & anti-inflamatória
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Vegan, Sem glúten
Porções: 3 litros
Ingredientes
  • 3 cenouras, em rodelas
  • 1 cebola roxa, cortada grosseiramente
  • 1 abóbora butternut, aos cubos (sem casca)
  • 400 gr de feijão branco cozido
  • 100 gr de cogumelos shimeji (ou outros cogumelos frescos)
  • 1 CS de azeite
  • 1 CS de curcuma em pó
  • 1 CS de gengibre em pó q.b.
  • Pitada de pimenta preta
  • Leite de coco q.b.
  • 1.5 lt de água
  • Sal q.b
Instruções
  1. Levar ao lume uma panela com a água e deixar levantar fervura.
  2. Adicionar os legumes descascados e cortados (não adicionar o feijão) e cozer durante 20 minutos (ou até a abóbora ficar tenra).
  3. Acrescentar os temperos e o feijão branco e deixar cozinhar durante mais 5 minutos.
  4. Entretanto, numa frigideira antiaderente, aquecer uma colher de sopa de azeite e saltear os cogumelos até ficarem dourados. No final, temperar com um pouco de sal e pimenta preta.
  5. Triturar a sopa e servir com um pouco de leite de coco e os cogumelos shimeji salteados.

 

*1 Campbell TC. Cancer Prevention and Treatment by Wholistic Nutrition. J Nat Sci. 2017;3(10)

*2 J M Ringman, S A Frautschy, E Teng, A N Begum, J Bardens, M Beigi, K H Gylys, V Badmaev, D D Heath, L G Apostolova, V Porter, Z Vanek, G A Marshall, G Hellemann, C Sugar, D Masterman, T J Montine, J L Cummings, G M Cole. Oral curcumin, for alzheimer’s disease: tolerability and efficacy in a 24-week randomized, double blind, placebo-controlled study. Alzheimers Res Ther. 2012 Oct 29;4(5):43.

*3 Y. Henrotin, A. L. Clutterbuck, D. Allaway, E. M. Lodwig, P. Harris, M. Mathy-Hartert, M. Shakibaei, A. Mobasheri. Biological actions of curcumin on articular chondrocytes. Osteoarthr. Cartil. 2010 18(2):141 – 149.

*4 Y. Henrotin, F. Priem, A. Mobasheri. Curcumin: A new paradigm and therapeutic opportunity for the treatment of osteoarthritis: Curcumin for osteoarthritis management. Springerplus. 2013 2(1):56.

*5 S. S. Percival, J. P. V. Heuvel, C. J. Nieves, C. Montero, A. J. Migliaccio, J. Meadors. Bioavailability of herbs and spices in humans as determined by ex vivo inflammatory suppression and DNA strand breaks. J Am Coll Nutr. 2012 31(4):288 – 294.