receitas festivas especiais vegan vegetarianas

Ementa festiva vegan

Sobre esta ementa festiva

Hoje trago-vos a minha sugestão de ementa festiva vegan para dias especiais, com receitas de entrada, acompanhamentos, pratos principais e sobremesas! Todas estas receitas (com exceção da salada) já estavam aqui no blog, mas achei que fazia sentido organiza-las neste artigo.

Tem também outras sugestões com passo-a-passo em vídeo no  Workshop Online Receitas Vegan Festivas! Assim, se tiver interesse em ter acesso à mais receitas festivas, poderá ser boa opção para si 🙂

Entrada: Hummus de Pimentão fumado

Ementa de Natal VeganJá faço este hummus há cerca de um ano e é o meu preferido de sempre…e eu já experimentei imensas outras combinações e sabores diferentes! Esta receita é perfeita para quem gosta de sabores intensos e bem marcados. Dois ingredientes dão a este hummus um sabor e aroma bem diferenciados: o pimento assado e o pimentão fumado em pó.

Hummus de pimento assado
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Lanche/petisco
Cozinha: Vegan, sem glúten
Porções: 6 doses
Ingredientes
  • 250gr de grão de bico cozido
  • 1 pimento assado, escorrido
  • 2 colheres de sopa de tahini
  • Sumo de ½ limão
  • 2 colheres de sopa de Azeite
  • ½ colher de chá de pimentão doce fumado
  • 1 dente de alho
  • ½ colher de chá de sal
  • Pitada de pimenta preta
Instruções
  1. Colocar num processador todos os ingredientes e processar até obter uma consistência cremosa.
  2. Se necessário, adicionar mais um fio de azeite.
  3. Servir com tostas ou palitos de legumes.
  4. Dura até 1 semana, num recipiente bem fechado no frigorífico.

 

Acompanhamento: Salada Festiva

Ementa de Natal Vegan

Esta é uma receita que produzi para a Teka, no ano de 2019! É uma salada festiva à base de couve kale e outros ingredientes típicos de inverno, como romã e couve de Bruxelas. Fica deliciosa e bem colorida, perfeita para uma mesa festiva!

Salada Festiva
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Porções: 4 doses
Ingredientes
  • 300gr de couve kale
  • 250gr couve-de-bruxelas
  • 70gr Quinoa tricolor + 140 ml de água
  • Sementes de 1 romã
  • 40gr de cajus torrados *
  • Para o molho:
  • 2 colheres de soja de tahini
  • 2 colheres de sopa de azeite
  • 1 colher de sopa de mostarda dijon
  • 3 colheres de sopa de água
  • Sumo de ½ Limão
  • 1.5 colher de chá de sal
Instruções
  1. Prepare um tabuleiro de forno untado com azeite. Corte as couves-de-bruxelas a meio e coloque no tabuleiro, com o lado interior virado para baixo.
  2. Leve a assar ao forno pré-aquecido a 180ºC, durante 30 minutos.
  3. Entretanto, coloque num tacho pequeno a quinoa e a água. Leve ao lume e coza durante 10 minutos. Uma vez cozida, solte com um garfo e retire para um prato, deixando arrefecer.
  4. Prepare o molho, misturando numa tigela a o tahini, o azeite, a mostarda Dijon, a água, o sumo de limão e o sal. Se necessário, adicione mais um pouco de água.
  5. Retire os folhas da couve kale (descartando os talos) e rasgue-as. Coloque as folhas numa tigela grande, juntamente com metade do molho preparado. Massaje as com o molho.
  6. Monte a salada, colocando a couve kale na base, seguida de quinoa, couve-de-bruxelas assada, sementes de romã e cajus torrados. Finalize com restante molho.
  7. * para torrar os cajus, aqueça uma frigideira (sem gordura) e torre, em lume médio os cajus durante 1-2 minutos, mexendo constantemente.

 

Prato Principal (opção 1): Wellington Vegan

Ementa de Natal VeganNesta receita dou sugestão da massa caseira de espelta. Fica uma espécie de massa quebrada, perfeita para este tipo de receitas. No entanto, podem usar perfeitamente massa quebrada de compra. Grande maioria delas são 100% vegetais, basta verificarem os ingredientes. No entanto, costumam ter forma redonda e não retangular, por isso aconselho a comprarem duas unidades e juntá-las para terem o tamanho desejado.

Wellington vegetariano
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Prato principal
Cozinha: Vegan
Porções: 6 doses
Ingredientes
  • Para a massa:

  • 300gr de farinha de espelta branca
  • 80 ml de água
  • 80 ml de azeite
  • Pitada de sal grosso

  • Para o recheio:

  • 300gr de cogumelos marron
  • 100gr de quinoa (crua) + 200ml de água
  • 4 dentes de alho
  • 1 cebola roxa
  • 1 cenoura
  • 4 colheres de sopa de azeite
  • 2 colheres de sopa de amido de milho
  • 2 colheres de chá de pimentão doce fumado
  • 1 colher de chá de orégãos desidratados
  • 1 colher de chá de salsa desidratada
  • Pitada de pimenta preta
  • 2 colheres de sopa de azeite
  • 2 colheres de chá de sal grosso
Instruções
  1. Comece por preparar a massa. Para isso, coloque numa tigela a farinha, o sal e o azeite e misture bem. Adicione aos poucos a água até conseguir formar uma bola.
  2. Amasse durante um pouco, forme uma bola e coloque a descansar no frigorífico, enquanto prepara o recheio.
  3. Para o recheio, adicione a um tacho e quinoa com a água e leve a cozer durante 10 minutos.
  4. Entretanto, coloque num processador a cebola roxa, a cenoura e os alhos grosseiramente cortadas. Processe até obter uma consistência fina.
  5. Coloque o preparado numa frigideira aquecida com 2 colheres de azeite e comece a saltear em lume médio.
  6. Entretanto, colocar os cogumelos no processador e triture também. Adicionar os cogumelos triturados à mistura na frigideira.
  7. Tempere essa mistura com o sal, o pimentão doce, os orégãos, a salsa e a pimenta
  8. preta. Salteie durante 5 minutos.
  9. Adicione o amido de milho e a quinoa já cozida, desligue o lume deixe arrefecer.
  10. Entretanto, estenda a massa, em forma de retângulo e fazer recortar consoante a ilustração.
  11. Coloque o recheio no meio. Feche o recheio com as tiras da massa.
  12. Leve o rolo a assar ao forno pré-aquecido a 180ºC, durante 40 minutos. Deixe arrefecer ligeiramente antes de cortar.
Notas
Veja neste vídeo como enrolar o Wellington.

 

Prato Principal (opção 2): Tofu Marinho com broa & a melhor batata assada

Ementa de Natal Vegan

Esta é uma receita excelente para quem não tem muito tempo de preparar a ceia e agrada àqueles que normalmente não gostam de tofu. Nesta receita, as algas nori (as que são usadas em sushi) dão um toque especial à receita, com aroma a mar. Para acompanhar, uma das minhas receitas preferidas de sempre – a melhor batata assada. É uma receita que já faço há muito tempo e que surpreenda a toda a gente. A junção de alecrim, alho, azeite e vinagre confere um sabor especial à um ingrediente tão versátil como a batata.

Podem fazer as duas receitas ao mesmo tempo no forno, tendo em conta que a batata demora cerca de 20 minutos a mais a assar do que o tofu.

 

Tofu marinho com broa
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Prato principal
Cozinha: Vegano, sem glúten
Porções: 4 doses
Ingredientes
  • 500gr de tofu firme
  • 4 folhas de alga nori (de sushi), cortadas em retângulos pequenos
  • 4 colheres de sopa de molho de soja
  • 2 colheres de sopa de azeite
  • Pitada de pimenta preta

  • Para a crosta:
  • 200gr de broa de milho
  • 3 colheres de sopa de azeite
  • 2 dentes de alho
  • Pitada de pimenta preta
  • Sal grosso q.b.
Instruções
  1. Colocar num processador todos os ingredientes da crosta, e processar até obter uma consistência fina.
  2. Secar bem o bloco de tofu com papel de cozinha limpo. Cortar o bloco em fatias finas, do mesmo tamanho (criado assim “filetes”).
  3. Temperar cada pedaço com pimenta preta, molho de soja e azeite.
  4. Entre os “filetes”, colocar uma folha de de alga nori.
  5. Fazer duas-três camadas alternadas e finalizar com broa por cima.
  6. Levar a assar ao forno pré-aquecido a 180ºC, durante cerca de 40 minutos.
  7. Servir com “a melhor batata assada”.
Notas
NOTA: em vez de fazer camadas com filetes de tofu e algas, podem fazer uma versão aberta, fazendo recortes no bloco de tofu quase em todo o cumprimento, tal como numa das fotos do workshop em cima.

A melhor batata assada
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Acompanhamento
Cozinha: Vegan, sem glúten
Porções: 4 doses
Ingredientes
  • 800 gr de batatas pequenas, com casca e cortadas a meio
  • 16-20 dentes de alho, esmagados com a casca
  • 10 colheres de sopa de azeite
  • 10 colheres de sopa de vinagre de maça
  • 2 ramos de alecrim fresco
  • 2 colheres de chá de sal grosso
  • Pitada de pimenta preta
Instruções
  1. Colocar numa panela as batatas e cobrir com água. Levar a cozer durante 10 minutos, até ficarem ligeiramente tenras.
  2. Entretanto, numa tigela, misturar o azeite, o vinagre, o sal, a pimenta, as folhas de alecrim e os dentes de alho.
  3. Colocar numa travessa de forno as batatas pré-cozidas e regar com o tempero e com um pouco de extra de azeite por cima.
  4. Levar ao forno pré-aquecido a 180ºC, durante cerca de 60 minutos.

 

Sobremesa (opção 1): Petit Gateau Vegan

Natal_vegan_petit_gateau

O  truque para o interior líquido é de colocar um quadrado de chocolate no meio no petit gateau. É uma boa maneira de garantir que o recheio fica líquido mas não farinhento, ao mesmo tempo que o exterior fica mais cozinhado. Apesar de ser um “cheat“(porque a receita tradicional não se faz com este truque), é uma boa maneira para garantir que o interior fica líquido!

Petit gateau vegan
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Sobremesa
Cozinha: Vegano
Porções: 3-4
Ingredientes
  • 100ml de leite de soja (ou de amêndoa, coco)
  • 40gr + 4 quadrados de chocolate 70%
  • 80gr de farinha de espelta branca
  • 30gr de açúcar de coco ou mascavado
  • 20gr óleo de coco + para untar
  • 1 colher de sopa cacau em pó + para untar
  • 1 colher de sopa de linhaça moída
  • 1 colher de chá de essência de baunilha em pó (opcional)
  • ½ colher de chá de bicarbonato de sódio
  • ½ colher de chá de vinagre de maça
  • Pitada de sal
Instruções
  1. Comece por derreter 40gr de chocolate negro juntamente com o óleo de coco, em banho-maria ou no micro-ondas, verificando e remexendo de 30 em 30 seg.
  2. Entretanto, separe 3-4 quadrados de chocolate (se forem finos, o dobro) e reserve. Prepare as formas, untando-as com óleo de coco e cacau (evite usar farinha para não deixar marcas brancas).
  3. De seguida, peneire com a ajuda de um coador de rede os ingredientes sólidos: a farinha de espelta, o cacau, o açúcar de coco, o bicarbonato, o sal e a linhaça moída. Descarte os pedaços que ficarem no coador e misture tudo.
  4. Adicione ao chocolate derretido o leite vegetal, o vinagre e a essência de baunilha. Junte os líquidos aos ingredientes sólidos, misturando bem.
  5. Por fim, coloque em cada forma untada 1 colher de sopa cheia da massa. Junte o pedaço de chocolate (ou dois) no meio e adicione mais uma colher de sopa generosa da massa.
  6. Leve os petit gateau a assar ao forno pré-aquecido a 170ºC, durante 14 minutos (no caso de formas de 7cm de diâmetro). No caso de formas mais pequenas, bastam 10-12 minutos.
  7. Deixe arrefecer 2 minutos antes de desenformar. Desenforme (virando ao contrário) e, se desejar, peneire com um pouco de cacau em pó!

 

Sobremesa (opção 2): Bounty Vegan & saudáveis

Natal_vegan_bounty

Os ingredientes são bastante simples e poucos. O único um pouco mais específico é a manteiga de caju, que é crucial para dar a consistência desejada para os bombons sem adicionar um sabor muito intenso. Em vez da manteiga de caju podem usar a de amendoim, no entanto, o sabor final dos bounty será diferente e a cor também.

No que toca ao adoçante, podem substituir a geleia de arroz por outros adoçantes de cor clara: a geleia de agave, xarope de ácer, geleia de milho, entre outros. Aconselho a evitarem usar adoçantes escuros (como o xarope de tâmaras), pois têm um sabor mais intenso e vão tornar os bombons castanhos.

Bounty vegan & saudáveis
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Sobremesa
Cozinha: Vegano, sem glúten
Porções: 40 trufas bounty
Ingredientes
  • 270gr de coco ralado
  • 60gr de chocolate negro
  • 8 colheres de sopa de manteiga de caju
  • 8 colheres de sopa de geleia de arroz (ou outro adoçante claro)
  • 1 colher de chá de essência de baunilha (opcional)
  • Pitada de sal (opcional)
Instruções
  1. Coloque o chocolate negro numa tigela a leve a derreter em banho-maria.
  2. Entretanto, transfira para o processador o coco ralado, a manteiga de caju, a geleia de arroz, a pitada de sal e a essência de baunilha.
  3. Processe tudo até obter uma consistência pegajosa e que permita moldar as bolinhas.
  4. Forme as trufas com as mãos, pressionando bem para ficarem compactas.
  5. Coloque o chocolate derretido num saco de plástico e corte uma ponta muita pequena num dos cantos.
  6. Pressione o saco, fazendo assim riscas de chocolate por cima das bolinhas.
  7. Deixe as trufas repousar durante 15 min no congelador ou 30 min no frigorífico antes de serem consumidas (preferencialmente).
  8. Mantenha as trufas no frigorífico, até 3 semanas (podem ficar algumas horas fora do frigorífico).

 

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4 Receitas com tofu (fáceis & saudáveis)

Hoje trago-vos 4 receitas com tofu: todas 100% vegetais, sem glúten, deliciosas, rápidas e saudáveis.

Sobre o tofu

Para quem não sabe, o tofu é um subproduto da soja, feito com leite de soja fresco coagulado. Já fiz tofu muitas vezes em casa e o processo é bastante simples e muito semelhante ao processo da produção de queijo fresco. O processo de demolha, extração do leite de soja e a coagulação facilita a digestão da soja, pois neste processo é removida a casca e são repartidas as proteínas. Pode aprender a fazer tofu caseiro aqui.

 

Arroz “frito” com legumes e tofu

Tofu

Esta receita de arroz “frito” é perfeita para utilizar restos de arroz do dia anterior! Especialmente com arroz integral, faço sempre quantidade a mais. Acho muito prático ter sempre no frigorífico cereais / leguminosas já cozidos, para conseguir preparar refeições em poucos minutos! No caso do arroz integral do dia anterior, gosto de o usar em papas e salteados como o que vos trago aqui hoje! Se nunca cozinhou arroz integral, leia este artigo para perceber a importância de o demolhar.

Especialmente o arroz integral tende a ficar muito empapado, certo? Utilizo um truque que resulta muito bem para resolver isso! Basta colocar o arroz num coador de rede bem fino e passá-lo por água corrente, soltando com um garfo. Claro que não salva completamente um arroz demasiado cozido, mas ajuda muito! 🙂

 

Arroz "frito" com legumes e tofu
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Prato principal
Cozinha: Vegano, sem glúten
Porções: 2 doses
Ingredientes
  • 400gr de arroz integral cozido (ou branco)
  • 60gr de cogumelos shitake ou outros, fatiados
  • 150gr de couve coração, em juliana
  • 200gr de Tofu, em cubos pequenos
  • 1 cenoura, em tiras
  • 2 dentes de alho, picados
  • 1 colher de sopa de azeite
  • 2 colheres de sopa de molho de soja/tamari
  • Sementes de sésamo q.b.
  • Cebolinho picado q.b.
  • Malagueta/piri-piri em pó q.b. (opcional)
Instruções
  1. Coloque numa frigideira grande ou wok a cenoura em tiras e salteie, em lume médio-alto, durante cerca de 1-2 minutos. Retire e reserve.
  2. Adicione os cogumelos, e salteie igualmente durante 1-2 minutos, até ficarem dourados. Retire e reserve.
  3. Coloque na frigideira mais um pouco de azeite e salteie a couve. Se necessário, adicione algumas gotas de água, para ajudar a amolecer. Retire e reserve.
  4. Adicione mais um fio de azeite e salteie os cubos de tofu, até ficarem dourados. Acrescente os dentes de alho picados e salteie até libertarem os aromas.
  5. Acrescente o arroz já cozido, o molho de soja e a malagueta. Misture bem para soltar o arroz.
  6. Quando o arroz já estiver quente, adicione os legumes previamente salteados e misture bem.
  7. Retire o arroz salteado para os pratos e coloque no wok/frigideira quente as sementes de sésamo. Salteie durante alguns segundos, até liberarem os aromas.
  8. Finalize com as sementes de sésamo torradas e cebolinho picado.

 

O melhor tofu mexido

Tofu

Desta vez, para além de tofu, sugiro diferentes legumes que combinam na perfeição. No entanto, podem usar outros legumes (seguindo a técnica de adicionar um de cada vez) ou seguir apenas os primeiros passos, obtendo um tofu mexido simples.

Nesta receita, é usado mais uma vez um dos meus ingredientes preferidos – a curcuma. Já falei sobre os benefícios dessa raíz da receita da Sopa completa & anti-inflamatória. Neste caso, a curcuma dá uma cor dourada ao tofu, fazendo um pouco lembrar os ovos. A verdade é que o sabor não é muito semelhante, mas o aspeto e a consistências fazem lembrar os ovos mexidos.

Pessoalmente, gosto de acompanhar este tofu com uma torrada de pão de fermentação natural, com arroz integral ou algum pseudocereal. A receita é muito completa, pelo que basta acompanhar com uma fonte de hidratos de carbono.

 

O melhor tofu mexido
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Prato principal
Cozinha: Vegan, Sem glúten
Porções: 2 doses
Ingredientes
  • 250 gr de tofu
  • 150 de cogumelos marron (ou outros cogumelos frescos), fatiados
  • 100 de tomate cherry, cortado as metades
  • 30 gr de espinafres frescos (mão cheia)
  • ½ cebola roxa, cortada em meias luas
  • 1 colher de sopa de óleo de coco
  • ½ colher de chá de curcuma em pó
  • Pitada de mistura de 4 pimentas
  • Pitada de sal grosso marinho
Instruções
  1. Esmagar o tofu com a mão, criando pedaços uniformes.
  2. Numa frigideira antiaderente funda ou um wok, aquecer metade do óleo de coco e saltear o tofu até ficar seco dourado (cerca de 3 min).
  3. Temperar o tofu com sal grosso, mistura de 4 pimentas e curcuma e reservar.
  4. Na mesma frigideira, adicionar o restante óleo de coco e adicionar a cebola roxa. Saltear durante cerca de 2 minutos, ou até ficar dourada.
  5. Adicionar os cogumelos, temperando com um pouco de sal. Voltar a saltear até ficarem tenros, mas não demasiado moles.
  6. Adicionar o tomate cherry, misturando todos os ingredientes e aquecendo o mesmo.
  7. Por fim, adicionar os espinafres e deixar o cozinhar cerca de 1 minuto.
  8. Voltar a adicionar o tofu e envolver tudo. Servir imediatamente numa tosta ou juntamente com o cereal ou pseudocereal preferido (arroz, quinoa, millet...)

 

Espetadas de tofu & legumes

Tofu

 

Para estas espetadas com tofu resultarem, é importante que seja utilizado tofu firme (que pode aprender a fazer aqui) Assim, pode usar qualquer tipo de tofu firme ao natural de compra ou então caseiro (que ensino a fazer no Workshop Proteínas Vegan Caseiras). Escolha um tofu natural mas, se por acaso tiver à mão tofu fumado ou com algas, também pode utilizar estas variedades.

 

Espetadas de tofu & legumes
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Prato principal
Cozinha: Vegetariano, vegano, sem glúten
Porções: 3-4 doses
Ingredientes
  • 250gr de tofu firme (que pode aprender a fazer aqui)
  • ½ pimento verde
  • ½ cebola grande (ou 1 pequena)
  • ½ curgete grande
  • 300gr de cogumelos paris
  • Marinada:
  • 2 colheres de sopa de azeite
  • 2 colheres de sopa de molho de soja
  • Sumo de ½ limão
  • ½ colher de sopa de pimentão fumado
  • 1 colher de chá de sal grosso
  • Pimenta preta a gosto
Instruções
  1. Coloque num recipiente grande todos os ingredientes da marinada (o azeite, o molho e soja, o sumo de limão, o pimentão fumado, o sal grosso e a pimenta preta. Misture bem.
  2. Adicione o tofu, a cebola, os cogumelos e a curgete. Misture bem e deixe marinar no frigorífico durante pelo menos 30 min (pode deixar até 12h).
  3. Uma vez marinados os legumes, monte as espetadas.
  4. Grelhe as espetadas numa grelha de carvão ou de fogão, durante cerca de 7 minutos de cada lado.. Vá pincelando várias vezes com a marinada que restou.
  5. Devore!

 

 

Sandes de tofu grelhado

Tofu

Esta sandes de tofu é uma maneira deliciosa de aproveita diferentes tipos de legumes! A proteína é marinada previamente, sendo que pode aproveitar esta receitas base para marinar outras proteínas vegetais, como tempeh e seitan. 

Sandes de tofu grelhado
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Prato principal
Cozinha: Vegan
Porções: 2 doses
Ingredientes
  • 4 fatias de pão à escolha
  • 200gr de cogumelos paris, em rodelas grossas
  • 250gr de tofu, em fatias
  • 1 curgete média, em fatias
  • 1 cebola roxa, em rodelas
  • Mostarda Dijon a gosto
  • Tomilho a gosto para servir (opcional)
  • Pimenta preta q.b.
  • Azeite q.b.
  • Sal q.b.
  • Marinada:
  • 1 colher de sopa de sumo de limão
  • 1 colher de sopa de molho de soja
  • ½ colher de sopa de azeite
  • ½ colher de chá de pimentão/paprika fumado
  • Pimenta preta a gosto
Instruções
  1. Coloque num recipiente fundo todos os ingredientes da marinada.
  2. Corte o tofu em fatias. Seque bem com uma toalha de cozinha limpa, apertando ligeiramente o tofu. Transfira o tofu seco para o recipiente com a marinada e deixe marinar durante pelo menos 30 min.
  3. Entretanto, grelhe com um pouco de azeite as fatias de curgete e as rodelas de cebola, de ambos os lados. Ao retirar, polvilhe com um pouco de sal e pimenta preta. Torre / grelhe também ligeiramente as fatias de pão.
  4. Uma vez marinado, grelhe também o tofu, pincelando com a marinada.
  5. Por fim, envolva os cogumelos nos restos da marinada e grelhe de ambos os lados.
  6. Monte a sandes, barrando uma fatia de pão com mostarda Dijon, seguida da curgete, tofu, cebola roxa, cogumelos, tomilho e outra fatia de pão. Devore! (:

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Receitas com tofu

3 Receitas de panquecas vegan

Hoje trago-vos 3 receitas de panquecas vegan, todas deliciosas, saudáveis e 100% vegetais!

 

Tornar as panquecas vegan fofas

Em todas as três receitas deste artigo existe a  adição do bicarbonato + vinagre na massa. Considero que estes dois ingredientes são cruciais em panquecas 100% vegetais, pois a combinação dos dois cria bolhas na massa, que vai torna-la leve e fofa.

 

Panquecas vegan & sem glúten

Panquecas vegan

Como já sabem, por aqui no Dicas da Oksi tudo é 100% vegetal. O que por si só pode ser um desafio na hora de fazer panquecas! Mas, para além disso, criei esta receita também sem glúten (e sem aveia, que muitas vezes tem vestígios de glúten) pois sei que muitos de vocês o evitam o seu consumo.

Esta receita rende cerca de 10 panquecas médias e elas são extremamente saborosas, saciantes e nutricionalmente completas! Usei farinha de trigo sarraceno, que é um pseudocereal rico em proteína e farina de arroz, para dar alguma leveza.

 

Panquecas vegan & sem glúten
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Pequeno-almoço
Cozinha: Vegan, Sem glúten
Porções: 10 panquecas médias
Ingredientes
  • 160 ml de leite vegetal
  • 50 gr de farinha de arroz integral
  • 50 gr de farinha de trigo sarraceno
  • 1 colher de sopa (rasa) de sementes de linhaça moídas
  • 1 colher de sopa de geleia de agave (ou outro adoçante líquido)
  • 1 colher de chá de bicarbonato de sódio
  • 1 colher de chá de vinagre de maça
  • Pitada de sal grosso marinho
  • 1 colher de sopa de óleo de coco (para untar)
Instruções
  1. Numa taça, começar por misturar a farinha de arroz, a farinha de trigo sarraceno, a linhaça moída e o sal.
  2. Adicionar o leite vegetal e a geleia de agave e voltar a misturar até obter uma consistência homogénea. Se necessário, adicionar mais um pouco de leite.
  3. Por fim, adicionar o bicarbonato de sódio e abafar o mesmo com vinagre de maça (colocar o vinagre por cima do bicarbonato)
  4. Aquecer uma frigideira ou crepeira antiaderente, com um pouco de óleo de coco.
  5. Formar as panquecas, deitando com cuidado uma colher de sopa grande da massa na frigideira.
  6. Cozinhar as panquecas em lume médio, durante cerca de 2 minutos do primeiro lado e 1 minuto do segundo lado.
  7. Servir com iogurte natural e fruta da época!

 

Panquecas vegan de espelta & mirtilos

Panquecas vegan

Para quem não conhece, a espelta é um cereal semelhante ao trigo, que contém igualmente glúten. No entanto, como a sua popularidade não é tão grande como a do trigo, não foi tão manipulado ao longo dos anos. Resulta num sabor e consistência muito semelhante as receitas com farinhas tradicionais, sendo esta a sua grande vantagem.

Nesta receita, são usados dois componentes para dar alguma leveza e consistência às panquecas. A linhaça substitui o ovo e ajuda a dar um efeito de”cola”; a combinação do bicarbonato de sódio com o vinagre cria uma espuma que “levanta” a massa, ao criar bolhas. Podem usar estes dois truques noutras receitas 100% vegetais, como crepes, bolos, etc.

 

Panquecas de espelta & mirtilos
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Pequeno-almoço, Lanche
Cozinha: Vegan
Porções: 12 panquecas médias
Ingredientes
  • 100gr de farinha de espelta (branca)
  • 100gr de mirtilos
  • 170ml de leite de soja
  • 2 colheres de sopa de xarope de tâmaras (ou outro adoçante líquido)
  • 1 colher de sopa de linhaça dourada moída
  • 1 colher de chá de bicarbonato de sódio
  • 1 colher de chá de vinagre de maça
  • Pitada de sal grosso
  • Óleo de coco para cozinhar q.b.
  • Iogurte natural para decorar
Instruções
  1. Numa taça, misturar a farinha de espelta com a linhaça moída e o sal.
  2. Adicionar gradualmente o leite de soja, até obter uma consistência homogénea. Adicionar o xarope de tâmaras e voltar a misturar.
  3. Quando a massa estiver na consistência certa, adicionar o bicarbonato de sódio e abafa-lo com o vinagre de maça (deitar por cima o vinagre). Misturar.
  4. Pré-aquecer uma frigideira antiaderente ou uma crepeira com um pouco de óleo de coco.
  5. Adicionar uma colher de sopa de massa, formando as panquecas. Logo a seguir, colocar 2-3 mirtilos em cada panqueca (podem cortar a meio) e deixar cozinhar, em lume médio, durante cerca de 2 minutos.
  6. Virar as panquecas e deixar cozinhar durante mais 1 minuto. Retirar com cuidado.
  7. Servir com iogurte natural e mirtilos.
Notas
O leite de soja é o que dá melhor consistência às panquecas, no entanto, podem usar outras bebidas vegetais.

Podem omitir os mirtilos e fazer panquecas simples.

 

Panquecas vegan de limão & chia

Panquecas vegan

Em relação à receita destas Panquecas de Limão e chia, são as panquecas mais fofas de sempre! Isto acontece graças à:

 

  • A adição das sementes de chia, que incham e tornam a massa leve
  • A adição do bicarbonato + vinagre, que vai criar bolhas na massa
  • A adição do fermento natural, que com o calor, também vai fazer “levantar” a massa

Em relação ao fermento natural, encontram a receita com vídeo passo-a-passo aqui. Este fermento é usado principalmente para fazer pão de fermentação natural, mas também podem usar em panquecas! No caso de não querem ou não quererem fazer, basta omitirem. Neste caso, podem duplicar a receita, para render mais!

 

Panquecas de limão & chia (vegan e c/massa mãe)
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Lanche, Pequeno-almoço
Cozinha: Vegan
Porções: 6 panquecas grandes
Ingredientes
  • 150gr farinha de espelta branca
  • 150ml leite de soja
  • 100ml de fermento natural / isco (opcional, podem omitir)
  • 1 colher de sopa de sementes de chia
  • 1 colher de sopa de malte de cevada ou outro adoçante líquido
  • Raspa de ½ limão grande ou 1 pequeno
  • 1 colher de chá de bicarbonato de sódio
  • 1 colher de chá de vinagre de maçã
  • Óleo de coco q.b.
  • Pitada de sal
Instruções
  1. Coloque numa taça a farinha de espelta, as sementes de chia, o sal e a raspa de limão. Misture bem.
  2. Acrescente o leite de soja, o fermento natural e o malte de cevada e volte a misturar até obter uma consistência homogénea.
  3. Adicione o bicarbonato de sódio e abafe-o com o vinagre de maça (deite por cima o vinagre). Incorpore a espuma que esta mistura formou.
  4. Pré-aqueça uma frigideira antiaderente ou uma crepeira com um pouco de óleo de coco.
  5. Forme as panquecas, adicionando uma colher de sopa generosa da massa na frigideira. Deixe cozer as panquecas em lume médio-baixo, durante cerca de 3 minutos.
  6. Quando as panquecas tiverem bolhas, vire-as e deixe cozinhar durante mais 2 minutos.
  7. Servir com iogurte natural, raspas de limão e sementes de chia.

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Bolachas de aveia

Hoje trago-vos mais uma receita doce: bolachas de aveia. São as bolachas mais fáceis de sempre, para além de saudáveis e deliciosas! Perfeitas para o Outono e os dias frios.

 

Continuamos nas receitas doces!

Pois é, é segunda semana seguida que publico uma receita doce! Na semana passada partilhei a receia da Tarte de Compota, que também é ótima para fazer nesta estação.

Com os dias mais curto e carregados de vento e chuva, só me apetece ligar o forno e fazer doces…sou a única?

 

Sobre estas bolachas de aveia

Estas bolachas são MUITO fáceis de preparar, com poucos ingredientes e acessíveis! São também aptas tanto para adultos, como para crianças (desde que se descarte a canela).

Para além disso, são isentas de:

 

  • Açúcar ou adoçantes
  • Farinha
  • Glúten
  • Ovos
  • Leite

bolachas de aveia

bolachas de aveia

bolachas de aveia

Bolachas de aveia
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Porções: 6 bolachas grandes
Ingredientes
  • 150gr de flocos de aveia finos
  • 1 banana madura, esmagada
  • 1 colher de sopa de sementes de linhaça moídas
  • 3 colheres de sopa de manteiga de amendoim
  • 5 colheres de sopa de leite vegetal (30ml)
  • 60gr de passas (ou pepitas/pedaços de chocolate)
  • Pitada de canela (opcional)
Instruções
  1. Comece por esmagar bem a banana. Adicione a manteiga de amendoim e o leite vegetal. Misture bem.
  2. De seguida, acrescente os ingredientes secos: os flocos de aveia, as sementes de linhaça moídas, as passas e a canela. Volte a misturar tudo muito bem, com a ajuda de um garfo.
  3. Com as mãos molhadas em água, molde as bolachas.
  4. Coloque as bolachas num tabuleiro de forno untado com papel vegetal ou folha de silicone. Leve a assar ao forno pré-aquecido a 180ºC, durante 20-25 minutos.
  5. Antes de consumir, deixe arrefecer. Conserve num recipiente bem fechado no frigorífico, até 1 semana.

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bolachas de aveia pinterest

Semi-frio de mirtilos (vegan e mais saudável)

Mais uma segunda-feira, mais uma receita da série Receitas de Verão! Desta vez, trago uma sugestão de sobremesa: semi-frio de mirtilos. As primeiras receitas foram Panquecas de Limão & Chia e Gaspacho com croutons.

 

Congelar mirtilos

Os mirtilos estão em época durante o Verão e são uma verdadeira explosão de sabor e nutrientes! A aconselho sempre a comprar quantidades razoáveis para congelar, para ir comendo durante o resto do ano. Costumo congelar já lavados (com água e um pouco de vinagre) em sacos. Depois de congelar, basta dar uma “pancada” no saco para ficarem soltos.

 

Os benefícios dos mirtilos

O mirtilo é um dos alimentos com maior teor de antioxidantes. Assim, o seu consumo tem inúmeros benefícios para a saúde, como ajuda no combate ao envelhecimento e diferentes tipos de cancro, auxílio na gestão de peso, entre outros. Para além disso, são deliciosos e perfeitos para serem usado em variadas receitas!

 

Semi-frio de mirtilos

Semi-frio de mirtilos

Semi-frio de mirtilos

Semi-frio de mirtilos
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Sobremesa
Cozinha: Vegano, sem glúten
Porções: 4-5 doses
Ingredientes
  • Camada branca:
  • 200ml leite de coco (de lata, meia lata)
  • 400ml de leite de soja
  • 80ml de geleia de arroz
  • 2 colheres de sopa de amido milho
  • 1 colher de sopa rasa de agar-agar me pó
  • 1 colher de chá de extrato de baunilha (opcional)
  • Sumo de ½ limão
  • Camada da fruta:
  • 150gr de mirtilos + extra para decorar
  • 2 colheres de sopa de geleia de arroz
  • 1 colher de chá rasa de agar-agar em pó
  • 100ml de água
Instruções
  1. Coloque num tacho o leite de soja, o leite de coco, o sumo de limão, a geleia de arroz, o amido de milho, o agar-agar e o extrato de baunilha. Misture bem com uma vara de arames.
  2. Levar o tacho ao lume e cozinhar, em lume médio baixo e mexendo sempre com uma vara de aramares, durante 7 minutos (deve ferver cerca de 5 min).
  3. Uma vez engrossado o preparado, divida em frascos ou outros recipientes e leve ao frigorífico durante 20 minutos.
  4. Passo 10 minutos, prepare a camada da fruta. Coloque num tacho os mirtilos, a água, a geleia de arroz e o agar-agar. Leve ao lume, mexendo constantemente. Deixe cozinhar durante 7 minutos (deve ferver 5 minutos), em lume médio-baixo.
  5. Passado esse tempo, desligue e esmague ligeiramente os mirtilos com um garfo. Deixe arrefecer durante cerca de 2 minutos antes de colocar nos frascos.
  6. Uma vez arrefecida ligeiramente a camada da fruta, deite-a sobre o semi-frio e volte a levar ao frigorífico durante 2 horas (passo 30min já vai estar solidificado, mas idealmente deve ser servido bem fresco).
  7. Sirva decorado com mirtilos frescos e hortelã!

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Semi-frio de mirtilos pinterest

Panquecas de limão & chia (vegan e c/massa mãe)

Já devem saber que adoro panquecas! No blog já encontram duas receitas, ambas 100% vegetais e saudáveis: Panquecas de Espelta & Mirtilos e Panquecas Vegan & Sem Glúten. A receita de hoje é perfeita para o verão, pois estas panquecas ficam com um sabor bem leve e fresco!

 

Série Receitas de Verão

Esta é a primeira de 6 receitas que vou partilhar aqui no blog e redes sociais nas próximas semanas, integradas na série Receitas de Verão! Cada receita vai ser partilhada em vídeo e também em texto, como habitualmente. Nestas últimas semanas tenho dedicado grande parte do tempo a preparar estes conteúdos, por isso espero que gostem desta iniciativa 🙂

 

As panquecas vegan mais fofas de sempre

Em relação à receita destas Panquecas de Limão e chia, são as panquecas mais fofas de sempre! Isto acontece graças à:

 

  • A adição das sementes de chia, que incham e tornam a massa leve
  • A adição do bicarbonato + vinagre, que vai criar bolhas na massa
  • A adição do fermento natural, que com o calor, também vai fazer “levantar” a massa

 

Adição do fermento natural

Em relação ao fermento natural, encontram a receita com vídeo passo-a-passo aqui. Este fermento é usado principalmente para fazer pão de fermentação natural, mas também podem usar em panquecas! No caso de não querem ou não quererem fazer, basta omitirem. Neste caso, podem duplicar a receita, para render mais!

 

Como fazer fermento natural (isco / massa mãe)

panquecas limão e chiapanquecas limão e chiapanquecas limão e chia


Panquecas de limão & chia (vegan e c/massa mãe)
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Lanche, Pequeno-almoço
Cozinha: Vegan
Porções: 6 panquecas grandes
Ingredientes
  • 150gr farinha de espelta branca
  • 150ml leite de soja
  • 100ml de fermento natural / isco (opcional, podem omitir)
  • 1 colher de sopa de sementes de chia
  • 1 colher de sopa de malte de cevada ou outro adoçante líquido
  • Raspa de ½ limão grande ou 1 pequeno
  • 1 colher de chá de bicarbonato de sódio
  • 1 colher de chá de vinagre de maçã
  • Óleo de coco q.b.
  • Pitada de sal
Instruções
  1. Coloque numa taça a farinha de espelta, as sementes de chia, o sal e a raspa de limão. Misture bem.
  2. Acrescente o leite de soja, o fermento natural e o malte de cevada e volte a misturar até obter uma consistência homogénea.
  3. Adicione o bicarbonato de sódio e abafe-o com o vinagre de maça (deite por cima o vinagre). Incorpore a espuma que esta mistura formou.
  4. Pré-aqueça uma frigideira antiaderente ou uma crepeira com um pouco de óleo de coco.
  5. Forme as panquecas, adicionando uma colher de sopa generosa da massa na frigideira. Deixe cozer as panquecas em lume médio-baixo, durante cerca de 3 minutos.
  6. Quando as panquecas tiverem bolhas, vire-as e deixe cozinhar durante mais 2 minutos.
  7. Servir com iogurte natural, raspas de limão e sementes de chia.

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Arroz “frito” com legumes e tofu

Fazer arroz “frito” com restos de arroz

Esta receita de arroz “frito” é perfeita para utilizar restos de arroz do dia anterior! Especialmente com arroz integral, faço sempre quantidade a mais. Acho muito prático ter sempre no frigorífico cereais / leguminosas já cozidos, para conseguir preparar refeições em poucos minutos! No caso do arroz integral do dia anterior, gosto de o usar em papas e salteados como o que vos trago aqui hoje! Se nunca cozinhou arroz integral, leia este artigo para perceber a importância de o demolhar.

Truque para soltar o arroz do dia anterior

Especialmente o arroz integral tende a ficar muito empapado, certo? Utilizo um truque que resulta muito bem para resolver isso! Basta colocar o arroz num coador de rede bem fino e passá-lo por água corrente, soltando com um garfo. Claro que não salva completamente um arroz demasiado cozido, mas ajuda muito! 🙂

 

Substituições de ingredientes

 

  • Arroz integral:  arroz normal, thai, basmati…
  • Cogumelos shitake: cogumelos brancos, cogumelos marron
  • Couve coração: couve branca, couve lombarda, couve chinesa, pak choi
  • Sementes de sésamo: sementes de girassol, de abóbora
  • Molho de soja: molho tamari

Arroz frito com legumes e tofu

Arroz frito com legumes e tofu

Arroz frito com legumes e tofu

Arroz "frito" com legumes e tofu
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Prato principal
Cozinha: Vegano, sem glúten
Porções: 2 doses
Ingredientes
  • 400gr de arroz integral cozido (ou branco)
  • 60gr de cogumelos shitake ou outros, fatiados
  • 150gr de couve coração, em juliana
  • 200gr de Tofu, em cubos pequenos
  • 1 cenoura, em tiras
  • 2 dentes de alho, picados
  • 1 colher de sopa de azeite
  • 2 colheres de sopa de molho de soja/tamari
  • Sementes de sésamo q.b.
  • Cebolinho picado q.b.
  • Malagueta/piri-piri em pó q.b. (opcional)
Instruções
  1. Coloque numa frigideira grande ou wok a cenoura em tiras e salteie, em lume médio-alto, durante cerca de 1-2 minutos. Retire e reserve.
  2. Adicione os cogumelos, e salteie igualmente durante 1-2 minutos, até ficarem dourados. Retire e reserve.
  3. Coloque na frigideira mais um pouco de azeite e salteie a couve. Se necessário, adicione algumas gotas de água, para ajudar a amolecer. Retire e reserve.
  4. Adicione mais um fio de azeite e salteie os cubos de tofu, até ficarem dourados. Acrescente os dentes de alho picados e salteie até libertarem os aromas.
  5. Acrescente o arroz já cozido, o molho de soja e a malagueta. Misture bem para soltar o arroz.
  6. Quando o arroz já estiver quente, adicione os legumes previamente salteados e misture bem.
  7. Retire o arroz salteado para os pratos e coloque no wok/frigideira quente as sementes de sésamo. Salteie durante alguns segundos, até liberarem os aromas.
  8. Finalize com as sementes de sésamo torradas e cebolinho picado.

Rancho Vegan

A quarentena continua…

E sai mais um novo artigo saído “do forno” na quarentena Março-Abril 2020! Por aqui (e no resto de Portugal e mundo) continuo por casa e a cozinhar mais do que nunca! Estou a aproveitar este período para gastar todos os ingredientes esquecidos da despensa e testar receitas novas, como é o caso deste rancho vegan!

 

Receitas de um só tacho

Com tantas refeições e receitas feitas em casa todos os dias, há um problema comum em todas as casas: a loiça por lavar! Nem imagino como é em casa com crianças e mais bocas para alimentar! Mas, tenho uma solução para vocês (e não é delivery de comida!): receitas de um só tacho! Para além de serem reconfortante e pouparem gastos de energia e água,  poupam também o tempo que vão passar a tratar da loiça! Perfeito, não?

Tenho várias receitas destas no meu livro, como bolonhesa, caril, feijoada, entre outras. Mas hoje trago-vos então a minha versão do rancho vegan.

 

A minha versão do rancho vegan

Esta é uma receita MUITO fácil, perfeita para alimentar muitas bocas, gastando pouco tempo (e dinheiro!). Nesta versão não inclui nenhum enchido vegetal mas esse sabor mais intenso é trazido pelo pimentão fumado. No entanto, podem adicionar a este rancho qualquer tipo de enchido ou salsichas vegetais. Podem também omitir o pimento, no caso de não apreciarem.

 

Substituições de ingredientes

 

  • Grão de bico:  feijão vermelho, feijão manteiga, tofu, seitan
  • Pimento verde: pimento vermelho
  • Cogumelos shitake: cogumelos brancos, cogumelos marron
  • Couve coração: couve branca, couve lombarda
  • Vinho branco: pode ser substituído por água + 1 colher de sopa de sumo de limão
  • Pimentão fumado: pimentão doce, enchido vegan

rancho veganrancho vegan

rancho vegan

Rancho Vegan
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Porções: 4 doses
Ingredientes
  • 400gr grão de bico cozido
  • 300gr massa penne rigate (macarrão pequeno)
  • 1 cebola grande, picada
  • 1 Cenoura grande, em meias luas
  • 1 Pimento verde pequeno (ou vermelho)
  • ½ couve coração, em juliana
  • 70gr cogumelos Shitake (ou outros), fatiados
  • 150ml vinho branco (opcional, pode ser substituído por água + 1 colher de sopa de sumo de limão)
  • 6 colheres de sopa de molho ou polpa de tomate
  • 2 dentes de alho, picados
  • 2 folhas de louro
  • 2 colheres de chá de orégãos
  • 1 colher de chá de pimentão fumado (ou doce)
  • ½ colher de chá de Malagueta seca ou pitada de piri-piri
  • Pimenta preta q.b.
  • 2 colheres de chá de sal
  • 3 colheres de sopa de azeite
  • 900ml água *
Instruções
  1. Comece por aquecer um tacho grande com o azeite. Refogue e cebola e as folhas de louro até dourarem.
  2. Adicione os dentes de alho e deixe cozinhar durante mais alguns segundos.
  3. Acrescente a cenoura, a couve e o pimento e refogue durante mais alguns minutos. Tempere com legumes com sal, pimenta preta, malagueta, orégãos e pimentão fumado/doce.
  4. Por fim, acrescente os cogumelos, o grão de bico, a massa, o vinho, o molho/polpa de tomate e a água. Deixe cozinhar durante 13 minutos, em lume médio, mexendo 2-3 vezes durante a cozedura.
  5. Prove a massa e verifique se está cozida. Sirva imediatamente!
Notas
* Com esta quantidade de água, o rancho vai ficar com um pouco de molho, ao estilo passada de tacho. Se desejar um rancho mais seco, diminua um pouco a quantidade de água adicionada.

 

Grão-omelete de vegetais (vegan)

Mais uma receita nova aqui no blog! As últimas foram doces, tal como o Petit Gateau Vegan. Desta vez vai ser uma salgada, desta grão-omelete de vegetais vegan, que fica pronta em poucos minutos, é versátil e fácil de preparar!

Receitas com “3 S”…

Esta receita é a combinação perfeita dos “3 S” dos quais falo muito nos workshops: saudável, saborosa e saciante. Tento sempre combinar estas características em todas as receitas, apesar de não ser fácil!

Sobre a grão-omelete…

A base desta grão-omelete é a farinha de grão de bico. É uma farinha muito proteica, sem glúten e perfeita para receitas salgadas como esta. Também podem fazer com ela Pataniscas de Curgette e Pataniscas de Legumes.

Encontram a farinha de grão em lojas de produtos naturais como o Celeiro e também na secção de produtos saudáveis de grandes supermercados, como o Jumbo e o Continente.

Pataniscas de curgete

Substituir a farinha de grão de bico?

Tal como referi anteriormente, a farinha de grão de bico é muito proteica, ao contrário das farinhas de cereais mais comuns (trigo, espelta, arroz…). É esta concertação de proteína que permite dar a liga à omelete e manter a forma dela. A farinha de tremoço irá ter efeito semelhante, pois também tem muita proteína.

As farinhas de cereais e farinhas sem glúten não vão resultar tão bem. Podem dar alguma liga mas a “omelete” não terá a mesma firmeza.

grão-omelete

grão-omelete

grão-omelete

Grão-omelete de vegetais (vegan)
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Prato principal
Cozinha: Vegano, sem glúten
Porções: 2 doses
Ingredientes
  • 120gr de farinha de grão de bico
  • 160ml de água
  • ¼ Cebola roxa, em meias luas (para isso, utilizei a mandona Borner V3).
  • 1 Tomate pequeno, picado
  • Mão cheia de espinafres baby
  • 1 colher de chá de Bicarbonato de sódio
  • 1 colher de chá de Vinagre de maça
  • ¼ colher de chá de curcuma em pó
  • Cebolinho q.b. (opcional)
  • Pitada de pimenta preta
  • 1 + ½ colher de sopa de azeite
  • 1 colher de chá de sal
Instruções
  1. Comece por colocar numa taça grande a farinha de grão, o sal, a curcuma, e a pimenta preta. Incorpore bem.
  2. Adicione a água e 1 colher de sopa de azeite e mexa com uma vara de arames até obter uma massa homogénea.
  3. Adicione a cebola, os espinafres e o tomate e mexa bem.
  4. Por fim, acrescente o bicarbonato de sódio e por cima dele o vinagre. Incorpore a espuma formada pela junção destes ingredientes (que vai dar leveza à “omelete”).
  5. Aqueça uma frigideira anti-aderente com meia colher de sopa de azeite. Baixe o lume para médio-baixo e verta com cuidado o preparado. Tape e cozinhe durante 7 minutos.
  6. Abane a frigideira e, se a “omelete” estiver descolada do fundo da frigideira, está e abanar também, está pronta para ser virada. Vire com cuidado para um prato raso e volte a colocar na frigideira (assim).
  7. Cozinhe do segundo lado em lume baixo, durante 5 minutos.
  8. Finalize com cebolinho picado e sirva com salada!

 

Sobre este artigo: este artigo foi realizado em parceria com a Borner.  Apenas estabeleço parcerias com marcas cujos valores estão alinhados com o Dicas da Oksi e isto permite trazer-vos mais conteúdos!

Petit gateau vegan

Está a chegar o (suposto) dia mais doce e amoroso do ano…o Dia dos Namorados! Quer celebre este dia ou não, no artigo de hoje trago-vos a receita de um belo petit gateau vegan, para poder surpreender as pessoas queridas (ou à si próprio) quando quiser!

Pessoalmente, prefiro pensar no Dia dos Namorados como o Dia do Amor (ficava bem melhor, não?). Apesar de não ligar muito a este tipo de datas, reconheço que podem ser uma boa desculpa para preparar algo especial, seja com a cara-metade, família ou amigos. Com a correria dos nosso dia-a-dia, muitas vezes este tipo de datas acabam por nos motivar a arranjarmos tempo para nos focarmos no que realmente importa.

Os petit gateau…

Em relação à receita de hoje, andei a testar este petit gateau vegan nas últimas semanas (quem acompanhou pelo Instagram?).  Experimentei fazer pela primeira vez num daqueles dias em que só me apetecia algo com chocolate (mulheres, vocês entendem-me!). Desde este teste até à versão atual da receita, passei por várias tentativas, com diferentes farinhas com ou sem glúten…todas tinham um problema em comum: o recheio ficava líquido, mas muito denso.

 

O truque para o interior líquido…

Para além disso, o exterior não ficava tão bem cozinhado como queria. Optei então por fazer a receita usando o truque de colocar um quadrado de chocolate no meio no petit gateau. É uma boa maneira de garantir que o recheio fica líquido mas não farinhento, ao mesmo tempo que o exterior fica mais cozinhado. Apesar de ser um “cheat“(porque a receita tradicional não se faz com este truque), é uma boa maneira para garantir que o interior fica líquido!

petit gateau vegan

Sobre as formas para os petit gateau…

Relativamente às formas a usar, esta receita é para formas de 7 cm de diâmetro. Se usarem mais pequenas, o tempo será mais reduzido. Já testei com várias formas e não aconselho a usar formas de papel ou de silicone para muffins porque massa não coze tão bem nelas, ficando com um exterior muito mole.

Formas que resultam melhor para os Petit gateau:

  • Metal (para empadas)
  • Barro (adequadas para forno)
  • Cerâmica (adequadas para forno)

Outras receitas para o dia do amor:

petit gateau vegan

petit gateau vegan

Petit gateau vegan
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Sobremesa
Cozinha: Vegano
Porções: 3-4
Ingredientes
  • 100ml de leite de soja (ou de amêndoa, coco)
  • 40gr + 4 quadrados de chocolate 70%
  • 80gr de farinha de espelta branca
  • 30gr de açúcar de coco ou mascavado
  • 20gr óleo de coco + para untar
  • 1 colher de sopa cacau em pó + para untar
  • 1 colher de sopa de linhaça moída
  • 1 colher de chá de essência de baunilha em pó (opcional)
  • ½ colher de chá de bicarbonato de sódio
  • ½ colher de chá de vinagre de maça
  • Pitada de sal
Instruções
  1. Comece por derreter 40gr de chocolate negro juntamente com o óleo de coco, em banho-maria ou no micro-ondas, verificando e remexendo de 30 em 30 seg.
  2. Entretanto, separe 3-4 quadrados de chocolate (se forem finos, o dobro) e reserve. Prepare as formas, untando-as com óleo de coco e cacau (evite usar farinha para não deixar marcas brancas).
  3. De seguida, peneire com a ajuda de um coador de rede os ingredientes sólidos: a farinha de espelta, o cacau, o açúcar de coco, o bicarbonato, o sal e a linhaça moída. Descarte os pedaços que ficarem no coador e misture tudo.
  4. Adicione ao chocolate derretido o leite vegetal, o vinagre e a essência de baunilha. Junte os líquidos aos ingredientes sólidos, misturando bem.
  5. Por fim, coloque em cada forma untada 1 colher de sopa cheia da massa. Junte o pedaço de chocolate (ou dois) no meio e adicione mais uma colher de sopa generosa da massa.
  6. Leve os petit gateau a assar ao forno pré-aquecido a 170ºC, durante 14 minutos (no caso de formas de 7cm de diâmetro). No caso de formas mais pequenas, bastam 10-12 minutos.
  7. Deixe arrefecer 2 minutos antes de desenformar. Desenforme (virando ao contrário) e, se desejar, peneire com um pouco de cacau em pó!

 

Wellington vegan

Bem…como assim, faltam 12 dias para o ano de 2019 acabar?? Como? O Natal já está à porta e, se ainda não sabem o que vão levar para a mesa festival, este Wellington Vegan vai ser a vossa solução!

Sobre o 2019…

Sei que digo sempre o mesmo todos os anos, mas este ano realmente passou a voar.  Ainda me lembro de ser Dezembro 2019 e pensar como seria o 2020…e que ano foi. Para mim, 2019 foi o ano de trabalhar em alguns projetos em “backstage” nos quais já sonhava há muitos anos. Maior parte do tempo foi dedicada a eles e ao resto do meu trabalho habitual (workshops, showcookings, consultoria…) e, por isso, andei mais desaparecida daqui. Com isso e com muita pena minha, foram poucos os artigos a entrar aqui no blog este ano mas, planeio compensar-vos nesse sentido em 2020!

O Wellington Vegan…

Adiante, vamos falar sobre a receita de hoje!  Já a faço há algum tempo, cerca de ano e meio. Foi uma das receitas das duas edições do Workshop Mesa de Natal Vegetariana, em 2018 e agora em 2019. Depois disso, decidi que estava então na altura de partilhar também por aqui!

É uma receita que se compõe bastante rápido, apesar de ter vários passos. Para o recheio, combinei a quinoa, que é um pseudo cereal com proteína completa e diferentes legumes bem aromáticos, como a cebola roxa, cenoura e cogumelos.

Sobre a massa…

Nesta receita dou sugestão da massa caseira de espelta. Fica uma espécie de massa quebrada, perfeita para este tipo de receitas. No entanto, podem usar perfeitamente massa quebrada de compra. Grande maioria delas são 100% vegetais, basta verificarem os ingredientes. No entanto, costumam ter forma redonda e não retangular, por isso aconselho a comprarem duas unidades e juntá-las para terem o tamanho desejado.

A sugestão de Natal do ano passado:

Relembro também a sugestão natalícia que dei no ano passado, o tofu marinho com broa e batata-assada. Também é um prato que adoro e que se compõe bem rápido. Podem ainda aproveitar a receita da batata assada para acompanhar o Wellington. Por último, ideia revolucionária: fazer ambas as receitas de pratos principais, o tofu com broa e o wellington vegan! Acreditem que vai valer a pena!

wellington vegan

wellington vegan

wellington vegan

Wellington vegetariano
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Prato principal
Cozinha: Vegan
Porções: 6 doses
Ingredientes
  • Para a massa:

  • 300gr de farinha de espelta branca
  • 80 ml de água
  • 80 ml de azeite
  • Pitada de sal grosso

  • Para o recheio:

  • 300gr de cogumelos marron
  • 100gr de quinoa (crua) + 200ml de água
  • 4 dentes de alho
  • 1 cebola roxa
  • 1 cenoura
  • 4 colheres de sopa de azeite
  • 2 colheres de sopa de amido de milho
  • 2 colheres de chá de pimentão doce fumado
  • 1 colher de chá de orégãos desidratados
  • 1 colher de chá de salsa desidratada
  • Pitada de pimenta preta
  • 2 colheres de sopa de azeite
  • 2 colheres de chá de sal grosso
Instruções
  1. Comece por preparar a massa. Para isso, coloque numa tigela a farinha, o sal e o azeite e misture bem. Adicione aos poucos a água até conseguir formar uma bola.
  2. Amasse durante um pouco, forme uma bola e coloque a descansar no frigorífico, enquanto prepara o recheio.
  3. Para o recheio, adicione a um tacho e quinoa com a água e leve a cozer durante 10 minutos.
  4. Entretanto, coloque num processador a cebola roxa, a cenoura e os alhos grosseiramente cortadas. Processe até obter uma consistência fina.
  5. Coloque o preparado numa frigideira aquecida com 2 colheres de azeite e comece a saltear em lume médio.
  6. Entretanto, colocar os cogumelos no processador e triture também. Adicionar os cogumelos triturados à mistura na frigideira.
  7. Tempere essa mistura com o sal, o pimentão doce, os orégãos, a salsa e a pimenta
  8. preta. Salteie durante 5 minutos.
  9. Adicione o amido de milho e a quinoa já cozida, desligue o lume deixe arrefecer.
  10. Entretanto, estenda a massa, em forma de retângulo e fazer recortar consoante a ilustração.
  11. Coloque o recheio no meio. Feche o recheio com as tiras da massa.
  12. Leve o rolo a assar ao forno pré-aquecido a 180ºC, durante 40 minutos. Deixe arrefecer ligeiramente antes de cortar.
Notas
Veja neste vídeo como enrolar o Wellington.

 

Prego vegan

Mais uma receita de babar aqui no blog, desta vez com seitan!  Esta é a minha segunda (e última) receita criada no âmbito do desafio Setembro sem Carne! Para quem não sabe em que consiste este desafio, consultem este artigo e a minha primeira receita criada!

Hoje vai a estreia de um ingrediente que nunca viram por aqui: o seitan. Ainda não tinha criado nenhuma receita com seitan aqui para o blog porque, na realidade, é muito raro comprar e consumir este ingrediente.

Sobre o seitan…

Para quem não conhece, seitan é uma proteína vegetal feita à base de glúten (proteína do trigo). Tem bastante sucesso por causa da sua alta concentração de proteína (cada 100gr têm cerca de 20-80gr de proteína) e também textura, que se assemelha um pouco à de carne. Por isso, resulta muito bem para criar versões vegetarianas dos pratos bem tradicionais, como feijoada, bifanas, bolonhesa e, claro, prego!

Muitas pessoas evitam consumir o seitan por causa da sua base: o glúten. Tem havido muitas polémicas e crenças à volta desta proteína, grande parte das quais não passam de mitos! Fora os motivos de saúde como a doença celíaca e intolerância ao glúten, ainda não está comprovado que cortar alimentos que o tenham traz benefícios para a saúde. Mas, no fim do dia, cada pessoa escolhe consumir aquilo com que se sente melhor 🙂

Como escolher um bom seitan?

Para as receitas com seitan resultarem bem, é crucial escolher bem o tipo e a marca de seitan. Prefiram sempre seitan refrigerado e que seja macio ao toque. As minhas marcas preferidas de seitan (na realidade, as únicas que gosto) são a Shambhala e a Biodharma (antiga Elichristi).

Substituições dos ingredientes nesta receita</h2

No caso de querem substituir o seitan nesta receita o resultado final não será, de todo, o mesmo. No entanto, a minha sugestão seria usarem bifes de soja previamente demolhados até ficarem tenros e escorridos (apertar bem até sair toda a água). É a melhor maneira de conseguir uma textura suculenta e ao mesmo tempo consistente sem ser com o seitan!

Em relação à fonte de acidez, prefiro esta receita feita com um pouco de vinho branco do que sumo de limão. Durante o tempo de cozimento todo o álcool evaporado e deixa apenas um toque leve de acidez. No entanto, podem usar sumo de limão para substituir o vinho!

seitan

seitan

seitan

Prego vegan
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Prato principal
Cozinha: Vegano
Porções: 2 doses
Ingredientes
  • 2 pães à escolha
  • 250gr de seitan, cortado em 2-4 “bifanas”
  • 200gr de cogumelos ostra (pleurotos/setas), inteiros
  • 100ml de vinho branco (ou sumo de 1 limão)
  • ½ curgete, em rodelas
  • 2 dentes de alho, picados
  • 2 colheres de sopa de molho de soja
  • 1 colher de sopa de azeite
  • Pimenta preta q.b.
  • Sal grosso q.b.
Instruções
  1. Colocar ao lume uma grelha (das que têm “riscas”) pincelada com um pouco de azeite. Colocar a grelhas as rodelas de curgete e os cogumelos ostra durante cerca de 2 minutos de cada lado, até ficarem marcados.
  2. Temperar os legumes com um pouco de sal grosso e pimenta preta e reservar.
  3. Entretanto, aquecer uma frigideira com um pouco de azeite e saltear ligeiramente o alho picado.
  4. Adicionar o seitan e deixar dourar ligeiramente de cada lado.
  5. Adicionar o molho de soja e o vinho branco e baixar o lume. Deixar apurar até o molho evaporar, durante cerca de 5 minutos.
  6. Uma vez grelhados os legumes e pronto o seitan, montar o prego no vosso pão preferido.
  7. Devorar!
Notas
NOTA: preferir sempre seitan refrigerando, ao invés do que fica na prateleira. As minhas marcas preferidas de seitan são a Shambhala e a Biodharma (antiga Elichristi).

 

Pataniscas de Legumes

Uma nova receita por aqui, finalmente! O âmbito no qual trago o artigo de hoje e a receita destas Pataniscas de Legumes é muito especial…é a minha primeira receita do desafio #setembrosemcarnept!

Qual é propósito do desafio setembro sem carne?

O Setembro sem carne é então um desafio que está a decorrer neste momento e que surgiu após as alarmantes notícias dos fogos que têm destruído a Amazónia. A criação de gado e a produção de soja para alimentar os animais são as principais causas da desflorestação da maior floresta tropical do mundo, sendo o Brasil o maior exportador mundial de carne bovina. Assim, este desafio surgiu como necessidade de tomar ação perante estes acontecimentos.

O desafio foi impulsionado pelas nutricionistas Ana Monteiro e Bárbara Oliveira, que convidaram mais 13 criadores de conteúdos para fazerem parte do mesmo, entre os quais estou eu!

E em que consiste o desafio setembro sem carne?

O desafio consiste em não consumir carne durante o mês de Setembro. Para ajudar nisso, nos, os 15 bloggers envolvidos, estamos a partilhar diariamente uma receita 100% vegetal e perfeita para iniciantes. Todas as receitas estão a ser partilhadas no Instagram, por isso, sigam-me por lá aqui!

Hoje é o 11º dia do desafio e decidi partilhar a minha receita também aqui no blog, para ser mais fácil de ser consultada e encontrada no futuro. Esta receita foi inspirada na famosa receita das Pataniscas de Courgette, que é sem dúvida a mais recriada por vocês até agora!

Algumas notas em relação à receita das Pataniscas de Legumes:

  • Não resultam tão bem com outras farinhas como com a farinha de grão, pois esta tem muita mais proteína do que as farinhas de cereais. Assim, a farinha de grão de bico substitui bem o ovo e também fornece um bom aporte nutricional.
  • Podem ser usados outros legumes, desde que sejam igualmente ralados e que possam ser consumidos semi-crus (a batata então não seria boa ideia, por exemplo).
  • Podem omitir a cebola e/ou o alho, se não gostarem deste ingredientes, sem necessidade de ajustar as qualidades da farinha/água.

Pataniscas de legumes

Pataniscas de legumes

Pataniscas de legumes

Pataniscas de Legumes
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Prato principal
Cozinha: Vegano, sem glúten
Porções: 4 doses
Ingredientes
  • 1 courgette, ralada
  • 1 cenoura, ralada
  • ½ cebola roxa, picada
  • 2 dentes de alho, ralados
  • Salsa picada q.b.
  • 200gr de farinha de grão de bico
  • 200ml de água
  • 3 colheres de sopa de linhaça moída
  • 1 colher de chá (cheia) de bicarbonato de sódio
  • 2 colheres de chá de vinagre
  • 1 colher de chá de pimentão doce (opcional)
  • 1 colher de chá de sal
  • Pitada de pimenta
  • 4 colheres de sopa de óleo de coco
Instruções
  1. Juntar numa taça grande a courgette, a cenoura e o alho ralados, juntamente com a cebola e a salsa picados. Temperar os legumes com o sal, a pimenta preta e o pimentão doce.
  2. Adicionar a linhaça moída e a farinha de grão de bico, misturar bem. Juntar a água e voltar a misturar. A massa deve ficar com consistência cremosa, mas consistente. Se necessário, juntar mais um pouco de farinha ou de água.
  3. Colocar em cima da massa a colher de chá de bicarbonato de sódio e abafá-la (colocar por cima) com o vinagre de maça. Voltar a misturar, incorporando a espuma criada.
  4. Aquecer uma frigideira antiaderente com uma colher de sopa de óleo de coco. Formar as pataniscas uma colher de sopa/colher de servir e deixar cozinhar, em lume médio-baixo, durante cerca de 3 minutos de cada lado.
  5. Servir imediatamente (ficam perfeitas com arroz de tomate)!

 

 

Açores (São Miguel): roteiro vegetariano/vegan

Hoje finalmente trago-vos um Guia Vegetariano dos Açores, mais propriamente da Ilha de São Miguel. Já era um post muito requisitado por vocês e, com a chegada do verão, os pedidos aumentaram. Afinal de contas, é possível comer vegetariano nos Açores?

Para quem não sabe, apesar de não ser natural dos Açores (nem de Portugal), é à minha querida ilha de São Miguel que chamo de casa. Quando vim para Portugal, vim para os Açores, e morei lá até 2012. Hoje em dia algumas visitas por ano são obrigatórias, para visitar a minha família e as lindas paisagens. Aconselho vivamente a visitarem as ilhas…sou suspeita, mas acho um destino perfeito para qualquer altura do ano. Especialmente para quem gosta da natureza, paz, sossego e atividades ao ar livre: venham aos Açores! Se estão à procura de um roteiro para poucos dias, estou neste momento a elaborar um, fiquem atentos!

Em relação ao roteiro gastronómico do artigo de hoje, fui recolhendo os locais ao longo dos anos, pela experiência própria e por indicações vossas. Por isso, não fui a todos os restaurantes/cafés referidos de seguida, pelo que não posso garantir que todos sejam excecionais…no entanto, quis incluir todas as possível opções na mesma. Se conhecerem mais espaços em São Miguel com opções de refeições vegetarianas & vegan, mandem-me para atualizar a lista 🙂

Em primeiro lugar, começo por alertar que não é muito fácil comer 100% vegetariano nos Açores. Existe apenas um restaurante vegetariano (não é vegan, apesar de ter opções) e já se vão encontrando algumas opções vegetais em espaços saudáveis e de cozinha mais tradicional. No entanto, não deixem de visitar a ilha por causa disso! A fruta e os legumes são abundantes e, para além disso, arranja-se sempre o que comer. Não é só a comida que alimenta o corpo e a alma 🙂

Dividi as sugestões deste post por seguintes categorias:

 

1 – Comer vegetariano/vegan em Ponta Delgada

 

  • Rotas Ilha Verde (o único restaurante vegetariano da ilha, com muitas opções vegan)
  • Treze (opções vegetarianas e vegan)
  • Casa da Rosa (têm sempre opção de prato de dia vegetariano, basta avisar os funcionários para adaptar para versão vegan)
  • Canto do Aljube (hambúrguer vegan e mais alguns petiscos)
  • Sabores – Local Food (Mercado da Graça, sumos, batidos e sandes vegan)
  • Café Mascote (não têm nada vegan no menu, no entanto, fazem um prato 100% vegetal a pedido)
  • Intz48 (espaço especializado em café com alguns petiscos vegan, como tosta de abacate e sopas)
  • Lan’s Pizzeria, exotic food e vegetarian (caril e um outro prato vegan)
  • A tasca (alguns pratos vegetarianos estilo tapas)
  • Suplexio (2 hambúrgueres vegetarianos e 1 vegan)
  • Louvre Michaelense (opções vegetarianas e vegan de refeições ligeiras; chás muito bons)
  • Quinta dos Açores (restaurante regional com vertente saudável na periferia de Ponta Delgada. Várias opções vegetarianas que podem ser adoptadas para vegan a pedido)
  • Wok to Walk (centro comercial Parque Atlântico)
  • Restaurante Chinês o Cantão (opções vegetarianas e vegan)

comer vegetariano açores

2 – Comer vegetariano/vegan fora de Ponta Delgada

 

  • Casa de Chá Pés Verdes – São Roque (todas as neste espaço são vegan – alguns petiscos e opções doces).
  • Quinta dos Sabores – Rabo de Peixe (espaço muito agradável com
  • opções vegetarianas e vegan).
  • Tukátulá Bar – Ribeira Grande (algumas opções vegan, como crepe de legumes e massa com legumes).
  • Caldeiras & Vulcões – Furnas (Cozido das Furnas vegan por encomenda e massa com legumes sempre disponível)
  • Pizzaria O Sole Mio – Ginetes (dizem que são as melhores pizzas da ilha, os donos são italianos; para opção vegan, basta pedir pizza de vegetais sem queijo).
  • À Terra – Furnas (restaurante de algum requinte das furnas, com algumas opções vegetarianas e vegan a pedido).

comer vegetariano açores

3 – Lojas veg

    • Mercado da Graça – Ponta Delgada (é o principal mercado de frescos da ilha e considero uma visita obrigatória. Podem abastecer de frutas e legumes, frutos secos, sementes, entre outros).
    • Bioforma (na Rua do Castilho e no centro comercial Parque Atlântico)
    • Continente Parque Atlântico (é o único supermercado que tem tofu refrigerado)
    • Mercado das Ervas

4 – Outras dicas e sugestões

Aplicação Happy Cow

Esta aplicação é uma espécie de TripAdvisor Vegetariano/Vegan, sendo que existem sugestões para todas as cidades! Podem ver  aqui as recomendações da aplicação para comer vegetariano nos Açores.

Ficar num Airbnb e fazer algumas refeições em casa

Poder cozinhar facilita imenso a logística, especialmente para quem é vegetariano/vegan e gosta de comer bem. Assim, podem escolher um Airbnb com cozinha (façam a reserva em qualquer cidade do mundo a partir deste link para até 41€ de desconto) e fazer algumas refeições em casa. Desta maneira, podem  preparar marmitas para levar para os longos dias de passeio 🙂

comer vegetariano açores

Em conclusão…

Espero que este artigo vos seja útil e que vos motive (e ajude) a visitar o “meu” paraíso chamado Açores! Relembro que não só de comida se alimenta o nosso corpo e a alma 🙂  No caso de conhecerem outros locais veg-friendly, enviem-me!

 

Hummus de pimento

Hummus de pimento – receita perfeita tanto para snack salgado, como para servir de base para uma refeição principal. Podem usar nas marmitas de praia e piqueniques, que estes dias quentes tanto pedem! Esta receita fez parte dos 5 showcookings que dei aquando do evento Movimento Portugal Contra a Dor e foi altamente aprovada por todos os participantes. Por isso, aqui está ela!

Sobre esta receita de hummus de pimento

Já faço este hummus há cerca de um ano e é o meu preferido de sempre…e eu já experimentei imensas outras combinações e sabores diferentes! Esta receita é perfeita para quem gosta de sabores intensos e bem marcados. Dois ingredientes dão a este hummus um sabor e aroma bem diferenciados: o pimento assado e o pimentão fumado em pó.

Utilizo sempre o pimento vermelho, e pode ser assado e grelhado. Conseguem encontrar este tipo de pimentos já prontos à venda, ou então podem fazer os vossos, sobre uma boca de fogão a gás, grelha ou forno. Qualquer que seja o modo de preparo, é importante retirar depois a pele do pimento.

Pimentão fumado – a chave para um hummus de pimento saboroso!

Em relação ao pimentão fumado em pó, é mesmo o ingrediente secreto desta receita. Utilizo em muitos pratos e já deixei muitas pessoas fascinadas com esta especiaria, nos meus workshops! É diferente do vulgar pimentão doce – ao comprar, têm de garantir que a embalagem tem a indicação “fumado”. Por vezes encontra-se à venda em grandes superfícies na zona das especiarias e, no Porto, costumo comprar na Casa Chinesa. Se não encontrarem esta especiaria, podem usar o pimentão doce normal.

Outras receitas de que podes gostar:

Como fazer pão pita

Pickles caseiros de cebola roxa

 

 

Vamos então fazer hummus de pimento?

hummus de pimento

hummus de pimento pronto

hummus de pimento

Hummus de pimento assado
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Lanche/petisco
Cozinha: Vegan, sem glúten
Porções: 6 doses
Ingredientes
  • 250gr de grão de bico cozido
  • 1 pimento assado, escorrido
  • 2 colheres de sopa de tahini
  • Sumo de ½ limão
  • 2 colheres de sopa de Azeite
  • ½ colher de chá de pimentão doce fumado
  • 1 dente de alho
  • ½ colher de chá de sal
  • Pitada de pimenta preta
Instruções
  1. Colocar num processador todos os ingredientes e processar até obter uma consistência cremosa.
  2. Se necessário, adicionar mais um fio de azeite.
  3. Servir com tostas ou palitos de legumes.
  4. Dura até 1 semana, num recipiente bem fechado no frigorífico.

 

Leite de pevides de abóbora

Já há muito tempo que não partilho uma receita bem básica aqui no blog. A receita de hoje é a de um leite vegetal muito económico e ao mesmo tempo nutritivo e delicioso!

Confesso que não faço com muita frequência leites vegetais. Nunca tive o hábito de beber leite, nos batidos prefiro e nas papas prefiro usar água…mas há pratos e momentos em que um bom leite vegetal calha muito bem, certo?

Já encontram aqui no site a receita do leite de coco, que adoro. Ambas as receitas são o mais “zero waste” possível! Podem usar qualquer um destes leites para preparar leite dourado ou  cacau quente vegan.

A receita deste leite de pevides de abóbora surgiu como vontade de aproveitar as pevides de uma maneira diferente, depois de ter cozinhado abóbora. Normalmente, seco as pevides no forno, para depois ir trincando-nas como petisco. Mas a verdade é que nem sempre é prático ligar o forno para torrar as sementes.

Foi então que me surgiu a ideia de triturar as sementes cruas inteiras e com as cascas para fazer um leite vegetal. Para além de muito prático e rápido, é nutricionalmente denso. As sementes de abóbora são ricas em minerais como zinco, potássio e magnésio, gorduras saudáveis (ómegas 3) e ainda vitaminas do complexo B, A e E.

 O processo de triturar as sementes com a casca permite aproveitar extrair ainda mais estes nutrientes, sendo que normalmente é uma parte da semente que não é aproveitada. O resíduo que resta depois de fazer o leite constitui praticamente só fibra, não havendo grande perda nutricional.

Depois de preparado, o leite deve ser guardado no frigorífico, numa garrafa de vidro, até 3 dias.

Vamos então à receita?


Leite de pevides de abóbora
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Ingredientes
  • Pevides de 1 abóbora Hokkaido/abóbora-menina (ou de média abóbora grande)
  • 3 tâmaras sem caroço
  • Pitada de canela
  • 1 Litro de água quente
Instruções
  1. Retire as fibras das sementes de abóbora e passe as mesmas por água.
  2. Coloque numa liquidificadora as pevides (com as cascas), 3 tâmaras sem caroço, pitada de canela e 1 litro de água quente. Processe durante alguns minutos, dependendo da potência da liquidificadora.
  3. Coe o leite com a ajuda de um saco de pano.
  4. Guarde em garrafas de vidro, até 3 dias.

 

Assado de feijoca & grelos

Já há algum tempo que não publico receitas de pratos principais, por isso hoje é o dia! Este assado é uma receita perfeita para partilhar com família ou amigos, seja a um jantar de semana, ou num dia especial.

Fiz esta receita a pensar precisamente em ingredientes simples, que se possam encontrar em qualquer loja local. Confesso que, como produtora de receitas e amante de culinária, adoro ingredientes diferentes, daqueles que só se encontram em lojas especializadas. No entanto, reconheço que nem toda as pessoas têm acesso a este tipo de produtos.

Muitas vezes perguntam-se onde os vegetarianos fazem as suas compras. E eu dou sempre a mesma resposta: “Em todo o lado!”. É possível fazer refeições 100% vegetais, saudáveis e apetitosas com ingredientes humildes e acessíveis a todos: vegetais, leguminosas, cereais. É precisamente o caso desta receita. Feita com muitos ingredientes tipicamente portugueses e sabores familiares.

O único ingrediente mais incomum desta receita são as natas vegetais. Mas, a boa notícia é que podem ser substituídas por leite vegetal (sem açúcar), molho de caju ou mesmo azeite. O objetivo é tornar o assado mais suculento, por isso todas estas opções irão servir.

Se gostam de receitas com broa como esta, experimentem também o Tofu marinho com broa & a melhor batata assada. Vão adorar ambas!

Vamos então à receita?


Assado de feijoca & grelos
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Prato principal
Cozinha: Vegano, sem glúten
Porções: 4 porções
Ingredientes
  • 300gr de feijoca cozida (podem usar feijão branco)
  • 300gr de batata (1 batata grande/2 médias), descascada e cortada em “chips”
  • 130gr de grelos, picados grosseiramente
  • 150ml de natas vegetais (usei de soja)
  • 6 dentes de alho, picados
  • 2 colheres de sopa de azeite
  • Pimenta preta moída na hora q.b.
  • Sal grosso q.b.
  • Para a broa:
  • 100gr de broa de milho
  • 2 colheres de sopa de azeite
  • Ramo de salsa fresca
  • 2 dentes de alho
  • Pitada de sal grosso
Instruções
  1. Numa frigideira grande ou wok, aquecer 1 colher de sopa de azeite de saltear os alhos picados, até liberarem o aroma.
  2. Adicionar os grelos e saltear durante cerca de 2 minutos, até diminuírem de volume.
  3. Entretanto, preparar a mistura da broa, colocando num processador a broa de milho, os alhos, a salsa, o azeite e temperar com um pouco de sal. Processar até ficar homogéneo.
  4. Uma vez prontos os grelos e a broa, pré-aquecer o forno a 180ºC o montar o assado.
  5. Numa travessa de forno, colocar a restante colher de sopa de azeite e dispor as chips de batata. Temperar com um pouco de sal e pimenta preta. De seguida, dispor os grelos e voltar a temperar ligeiramente.
  6. Regar a camada dos grelos com um pouco de natas vegetais e colocar a feijoca, voltando a regar com as natas. Finalizar com a camada de broa e levar a assar, a 180ºC, durante 35-40 minutos (com o tabuleiro colocado na parte de baixo do forno, para a broa não queimar).
Notas
As natas vegetais podem ser substituídas por leite vegetal (sem açúcar), molho de caju ou mesmo azeite. O objetivo é tornar o assado mais suculento, por isso todas estas opções irão servir.

 

Cogumelos à bulhão pato

Petiscos salgados, deliciosos, com pouquíssimos ingredientes e que ficam prontos em poucos minutos, quem não adora? É o caso desta receita dos cogumelos à bulhão pato!

Para quem ainda não sei, sou pessoa de salgados. Consigo passar indiferente aos bolos, queques, chocolate, rebuçados…mas confesso que não resisto a um petisco salgado de vez em quando. Como a maioria deles não são tão interessantes para a saúde (mas uma pessoa também tem que “alimentar a alma”, certo?), crio algumas receitas igualmente satisfatórias, mas saudáveis.

A receita que vos trago hoje foi inspirada nesta receita da minha amiga Patrícia, do blog Not Guilty Pleasure. Já agora, visitem o blog dela! Tem imensas receitas 100% vegetais de babar e todas super fáceis.

Vamos falar sobre um dos ingredientes desta receita: os coentos. Confesso que provavelmente é a erva aromática que menos gosto. Na maioria das receitas, sabem-me a sabão (quem for do Alentejo, pode julgar-me à vontade)! No entanto, se mesmo nesta combinação não gostarem do sabor dos coentros, podem usar salsa fresca.

Em relação aos restantes ingredientes, por serem tão poucos, não há muitas substituições possíveis. Os cogumelos que resultam melhor são os paris, também conhecidos por cogumelos brancos, e têm mesmo de usar frescos (os de lata não resultam bem). Em relação à fonte de acidez, podem usar sumo de limão ou vinho branco. Se usarem vinho, tenham a certeza que deixaram evaporar o álcool.

Sem muito mais a acrescentar, vamos à receita?

 


5.0 from 1 reviews
Cogumelos à bulhão pato
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Entrada
Cozinha: Vegano, sem glúten
Porções: 2 doses
Ingredientes
  • 300gr de cogumelos paris pequenos, cortados em quartos
  • 3 dentes de alho, picados grosseiramente
  • Mão cheia de coentros frescos, picados grosseiramente
  • Sumo de 1 limão pequeno (ou 100ml de vinho branco)
  • 3 colheres de sopa azeite
  • 1 colheres de chá de mostarda
  • Sal grosso q.b.
Instruções
  1. Numa frigideira ou wok, começar por aquecer o azeite em lume médio. Adicionar os dentes de alho e cozinhar durante breves segundos, até libertarem o aroma.
  2. Adicionar os cogumelos, temperando com sal e sumo de limão/vinho branco. Deixar cozinhar em lume baixo, durante cerca de 2 minutos ou até libertarem os sucos.
  3. Por fim, adicionar os coentros e mostarda e cozinhar durante mais um minuto.
  4. Servir imediatamente, com pão torrado.
Notas
Podem guardar também os cogumelos num frasco, no frigorífico durante 24h, para consumir frios como se fossem uma espécie de pickle.

 

Tofu marinho com broa & a melhor batata assada

Estamos a alguns dias do Natal do ano de 2018! Nem acredito que este ano está a chegar ao fim…sei que toda a gente diz sempre isso, mas é verdade que passou num piscar de olhos.

Com a chegada da época natalícia, chegam também muitas vezes os exageros: na alimentação, nas prendas, no álcool, enfim, em tudo. É uma altura em que a prosperidade e a abundância são associados ao bem-estar.

Nas mesas tradicionais portuguesas, abundam as entradas, os petiscos, o bacalhau, o peru, e doces. Dezenas deles, certo? Apesar de nenhuma sugestão tradicional de natal ser minimente de base vegetal (penso eu), hoje em dia já são muitas as famílias a optar por receitas vegetarianas.

Elaborei várias receitas especialmente pensadas no Natal (mas que dão para qualquer ocasião especial) para o workshop “Mesa de Natal Vegetariana”, que aconteceu no Porto no passado dia 17 de Dezembro. Foi um workshop com muitas caras conhecidas (participantes habituais) e o feedback foi excelente.

Decidi então partilhar duas das receitas aqui no site Dicas da Oksi, para todos vocês terem a oportunidade de ter uma opção 100% vegetal na vossa mesa festiva! Ambas foram aprovadas pelos participantes do workshop e compõem-se em pouco tempo.

Para o prato principal, sugiro então tofu marinho com broa. Esta é uma receita excelente para quem não tem muito tempo de preparar a ceia e agrada àqueles que normalmente não gostam de tofu. Nesta receita, as algas nori (as que são usadas em sushi) dão um toque especial à receita, com aroma a mar.

Para acompanhar, uma das minhas receitas preferidas de sempre – a melhor batata assada. É uma receita que já faço há muito tempo e que surpreenda a toda a gente. A junção de alecrim, alho, azeite e vinagre confere um sabor especial à um ingrediente tão versátil como a batata.

Podem fazer as duas receitas ao mesmo tempo no forno, tendo em conta que a batata demora cerca de 20 minutos a mais a assar do que o tofu.

Se experimentarem as receitas, enviem-me as fotografias e então identifiquem a minha conta de facebook ou instagram. Vou amar ver!

Deixo de seguida então as receitas. Festas felizes para todos!


Tofu marinho com broa
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Prato principal
Cozinha: Vegano, sem glúten
Porções: 4 doses
Ingredientes
  • 500gr de tofu firme
  • 4 folhas de alga nori (de sushi), cortadas em retângulos pequenos
  • 4 colheres de sopa de molho de soja
  • 2 colheres de sopa de azeite
  • Pitada de pimenta preta

  • Para a crosta:
  • 200gr de broa de milho
  • 3 colheres de sopa de azeite
  • 2 dentes de alho
  • Pitada de pimenta preta
  • Sal grosso q.b.
Instruções
  1. Colocar num processador todos os ingredientes da crosta, e processar até obter uma consistência fina.
  2. Secar bem o bloco de tofu com papel de cozinha limpo. Cortar o bloco em fatias finas, do mesmo tamanho (criado assim “filetes”).
  3. Temperar cada pedaço com pimenta preta, molho de soja e azeite.
  4. Entre os “filetes”, colocar uma folha de de alga nori.
  5. Fazer duas-três camadas alternadas e finalizar com broa por cima.
  6. Levar a assar ao forno pré-aquecido a 180ºC, durante cerca de 40 minutos.
  7. Servir com “a melhor batata assada”.
Notas
NOTA: em vez de fazer camadas com filetes de tofu e algas, podem fazer uma versão aberta, fazendo recortes no bloco de tofu quase em todo o cumprimento, tal como numa das fotos do workshop em cima.

A melhor batata assada
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Acompanhamento
Cozinha: Vegan, sem glúten
Porções: 4 doses
Ingredientes
  • 800 gr de batatas pequenas, com casca e cortadas a meio
  • 16-20 dentes de alho, esmagados com a casca
  • 10 colheres de sopa de azeite
  • 10 colheres de sopa de vinagre de maça
  • 2 ramos de alecrim fresco
  • 2 colheres de chá de sal grosso
  • Pitada de pimenta preta
Instruções
  1. Colocar numa panela as batatas e cobrir com água. Levar a cozer durante 10 minutos, até ficarem ligeiramente tenras.
  2. Entretanto, numa tigela, misturar o azeite, o vinagre, o sal, a pimenta, as folhas de alecrim e os dentes de alho.
  3. Colocar numa travessa de forno as batatas pré-cozidas e regar com o tempero e com um pouco de extra de azeite por cima.
  4. Levar ao forno pré-aquecido a 180ºC, durante cerca de 60 minutos.

 

Cacau quente vegan

Aqui no Dicas da Oksi continuamos com as receitas perfeitas para os dias frios. E quem não adora uma boa bebida quente nesta altura? Já encontram a receita do Leite Dourado aqui no site, que adoro e que ajuda a manter afastadas as constipações.

Desta vez, trago-vos uma receita mais gulosa: o melhor cacau quente vegan. Esta foi mais uma receita que preparei noshowcooking no evento El Mag da revista Saber Viver, em Lisboa no passado dia 11 de Novembro de 2018. As papas de quinoa também fizeram parte do programa e já partilhei a receita aqui.

Umas deliciosas papas de quinoa e cacau quente para um pequeno-almoço especial de inverno, parece-vos bem? A verdade é que ambas as receitas são perfeitas para qualquer altura do dia!

Para esta receita do cacau quente, podem utilizar qualquer leite vegetal. Pessoalmente, acho que fica com agradável com leite vegetal de amêndoa ou leite vegetal de coco. Em relação ado adoçante, tenho adorado usar o xarope de tâmaras. No entanto, podem substituir por qualquer adoçante líquido ou algum sólido que dissolva bem (o açúcar de coco, por exemplo, não dissolve muito bem).

A manteiga de cacau é o ingrediente chave da receita, pois é ela que vai dar cremosidade e riqueza à bebida. Sei que não é um ingrediente muito comum, mas eu uso este que podem adquirir com 10% de desconto com o código OKSI (também encontram no site o cacau, necessário para esta receita). No entanto, se não encontrarem, podem usar óleo de coco em vez da manteiga de cacau.

Algumas receitas de cacau quente utilizam diferentes espessantes (amido de milho, araruta, entre outros…), no entanto, eu evito o seu uso. A textura ideal deste cacau é conseguida quando depois de pronto, é deixado arrefecer ligeiramente. Isto acontece porque a manteiga de cacau derrete perante temperaturas altas e volta a solidificar quando a temperatura baixa.


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Cacau quente vegan
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Bebidas
Cozinha: Vegan, sem glúten
Porções: 2 doses
Ingredientes
  • 400 ml de leite vegetal (podem usar de coco)
  • 50gr de manteiga de cacau
  • 3 colheres de sopa de cacau puro
  • 3 colheres de sopa de xarope de tâmaras
  • Pitada de pimenta caiena em pó
Instruções
  1. – Colocar o leite e a manteiga de cacau num tacho e aquecer até a manteiga derreter completamente.
  2. – Adicionar o cacau e o xarope de tâmaras e misturar muito bem os ingredientes (podem usar uma mini vara de arames).
  3. – Quando a bebida estiver homogénea e da temperatura desejada, está pronta!

 

Papas de quinoa

Chega o frio e, com ele, muda não só a temperatura, mas também os nossos hábitos. Uma das coisas que ajusto sempre com o passar das estações é a alimentação. Durante o frio, os ingredientes da época mudam e o nosso corpo precisa também naturalmente de alimentos mais cozinhados, mais reconfortantes e quentes.

Durante muitos anos e especialmente durante as estações frias, comi papas de aveia para o pequeno-almoço. Era sempre a refeição típica em casa dos meus pais, sempre com muitos toppings de fruta. No entanto, especialmente no último ano, tenho tido uma relação de amor-ódio com a aveia.

Amo a aveia pelo seu sabor, características nutricionais e versatilidade, no entanto, o meu corpo não a aceita bem. Depois de alguns meses de experiências (como apaixonada pela nutrição adoro testar tudo em mim), percebi que era a aveia que me provocava um intenso inchaço abdominal.

Comecei então a pensar em alternativas para papas doces e lembrei-me da quinoa. Para quem não conhece, a quinoa é um pseudocereal, muito nutritivo e sem glúten sobre o qual já falei neste artigo. Tem a vantagem de ter todos os aminoácidos essenciais, mas ser leve e de fácil digestão.

Assim, comecei a fazer experiências com papas de quinoa e fiquei rendida. Alias, fiquei tão fã, que esta foi uma das receitas que fiz no showcooking no evento El Mag da revista Saber Viver, em Lisboa no passado dia 11 de Novembro de 2018. O tema foram “Receitas vegetarianas para o frio” e preparei leite de amêndoa caseiro, chocolate quente vegan e, claro, as papas de quinoa.

Durante o evento esteve um dia muito frio e chuvoso, perfeito para as receitas realizadas. Os participantes, que foram muitos, adoraram as receitas, pelo que vos trago hoje uma delas. Durante as próximas semanas irei publicar também a receita do chocolate quente vegan!

Vamos então aprender a fazer papas de quinoa?

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Papas de quinoa
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Pequeno-almoço
Cozinha: Vegano, Sem glúten
Porções: 2 porções
Ingredientes
  • 100gr de quinoa crua, se possível, demolhada na véspera
  • 400ml de leite vegetal (podem usar caseiro de coco)
  • 2 raspas de limão
  • 3 colheres de sopa de xarope de tâmaras (ou açúcar de coco) - opcional
  • 1 pau de canela
  • Toppings: diospiros, phisalis, mirtlos e amêndoas
Instruções
  1. Coloque num tacho a quinoa, o leite, as raspas de limão e o pau de canela.
  2. Deixe levantar fervura e cozinhe em lume médio durante 15 minutos, mexendo constantemente.
  3. Quando estiveres cremosas, desligue e adicione o xarope de tâmaras.
  4. Coloque as papas numa taça e finalizar com os toppings desejados.
Notas
Em vez de fazer esta receita com quinoa crua, podem por usar a quinoa já cozida, sendo assim mais rápida a preparação. A quinoa simples deve ser cozida com o dobro da água e aguenta 3-4 dias no frigorífico.

 

Organii Eco Market – Showcooking & Receitas

No passado fim-de-semana (27 e 28 de Outubro de 2018), estive no Organii Eco Market, em Lisboa. O Organii Eco Market é um evento de promoção de um estilo de vida sustentável. Constitui o maior mercado de produtos biológicos e ecológicos em Portugal!

O evento contou com expositores de diversas marcas portuguesas biológicas e/ou ecológicas, palestras, showcooking, workshops, talks e área de refeições saudáveis.

Adoro participar neste tipo de eventos, para conhecer diferentes produtos, marcas e iniciativas saudáveis & sustentáveis. Faço sempre questão de passar várias vezes pelos expositores e provar tuuudo! Assim também conheço novos sabores e fico inspirada para criar receitas diferentes!

Para além disso, o contacto com as pessoas neste tipo de eventos não tem preço… Desde os seguidores aqui do Dicas da Oksi, até aos responsáveis pelas marcas e outras pessoas que conheço das redes sociais, foram muitos os sorrisos e abraços trocados.

Adoro trabalhar com o digital, no entanto, gosto ainda mais de conhecer pessoalmente aqueles com quem troco mensagens, comentários e emails no meu dia-a-dia.

O que fui fazer então ao Organii Eco Market? Dar um showcooking, claro! Quando falamos de sustentabilidade, é imprescindível ter em conta a alimentação. Todos os formadores dos showcookings do evento apresentaram receitas vegetarianas, o que faz todo o sentido pois os alimentos de origem vegetal gastam muito menos recursos para serem produtos, do que os alimentos de origem animal.

É claro que, independente do evento, as minhas receitas são sempre 100% vegetais 🙂  Neste caso, o tema do showcooking foi “Pequenos-almoços e snacks vegan para nutrir” e contou com a parceria da marca portuguesa Iswari.

A Iswari foi a primeira marca com quem estabeleci uma parceria com o blog Dicas da Oksi, já há alguns anos. E não podia estar mais feliz, pois identifico-me com os valores defendidos pela marca e adoro os seus produtos. Para quem não conhece, a Iswari especializa-se em superalimentos e pequenos-almoços, sendo que todos os seus produtos são 100% vegetais, biológicos e sem glúten.

De seguida, partilho com vocês as receitas que realizei no showcooking! Como seria de esperar, usei diversos produtos da iswari nas receitas, sendo identifiquei devidamente os mesmos. Ao clicarem nos ingredientes, serão remetidos para a loja online, na qual podem usar o código de desconto OKSI para 10% de desconto em todos os produtos.

Papas instantâneas de pequeno-almoço
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Pequeno-almoço
Cozinha: vegan, sem glúten
Porções: 1 dose
Ingredientes
Instruções
  1. Misturar o iogurte com o despertar de Buda numa taça.
  2. Adicionar como topping o mix d’amor (composto por amêndoas, bagas goji e amoras brancas) e morangos, ou outra fruta à gosto.

Matcha Latte – receita neste artigo


Batido roxo superfood
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Pequeno-almoço
Cozinha: Vegano, sem glúten
Porções: 1 dose
Ingredientes
Instruções
  1. Colocar todos os ingredientes num processador juntamente com a água. Processar até obter uma consistência homogênea e consumir imediatamente.
  2. NOTA: podem descascar e cortar todos os ingredientes de véspera, e guardar com a água num frasco fechado no frigorífico, processando na altura.


Brownies crus de cacau
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Lanche/petisco
Cozinha: Vegan, sem glúten
Porções: 10 brownies[img:1]
Ingredientes
Instruções
  1. Colocar num processador os cajus e processar até obter pedaços pequenos.
  2. Adicionar a pasta de tâmaras, as sementes de cânhamo, o cacau e o óleo de coco e voltar a processar até obter uma consistência de moldar.
  3. Transferir para uma travessa ou recipiente forrado com papel vegetal, compactando a mistura. Finalizar com as pepitas de cacau cru, empurrando as mesmas para baixo.
  4. Colocar no frigorífico durante 1-2h e cortar quadrados.
  5. Ir retirando do frigorífico à medida que se vão consumindo.

 

As melhores trufas de cacau + ida ao Porto Canal

Esta é das receitas que mais vezes faço para mim própria. Adoro ter os meus snacks à mão e gosto de sejam práticos para levar na marmita. Ao longo dos anos, já fiz dezenas de versões diferentes desta receita…mas a minha preferida continua a ser a que vos trago hoje!

Há algumas semanas recebi o convite para voltar ao programa “Olá Maria” do Porto Canal. Já lá fui várias vezes preparar receitas deliciosas em direto, podem rever todos os vídeos no separados Média aqui do site.

Desta vez, resolvi então fazer estas trufas no programa. Levam apenas alguns ingredientes, são cruas e satisfazem o paladar de todos os miúdos e graúdos.

As trufas foram aprovadas no programa e recebi imensos pedidos da vossa parte para colocar a receita no site Dicas da Oksi. Por isso, deixo de seguida a minha participação no programa (cliquem na foto para verem o vídeo) e encontram a receita no final deste artigo.

A base destas trufas são tâmaras e os cajus. A combinação de fruto seco com oleaginosa torna estas trufas muito saciantes e completas a nível nutricional. Gosto de usar a pasta de tâmaras por ser mais moldável e prática, no entanto, podem usar a mesma quantidade de tâmaras sem caroço. Em relação à oleaginosa, ficam mais saborosas com cajus; no entanto, podem usar amêndoas ou nozes.

O “toque de magia” delas encontra-se na adição do cacau e das raspas dos citrinos. Normalmente usamos o sumo/miolo dos limões e laranja e descartamos a sua parte dos aromática – a casca. Esta é uma ótima maneia de aproveitar as raspas e muitas vezes também as uso para fazer infusões.


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As melhores trufas de cacau
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Lanche/petisco
Cozinha: Vegan, Sem glúten
Porções: 25 trufas
Ingredientes
  • 350gr de pasta de tâmaras ou tâmaras sem caroço
  • 150gr de cajus crus
  • 3 colheres de sopa de cacau puro
  • 2 colheres de sopa de óleo de coco
  • Raspa de 1 limão
  • Raspa de 1 laranja
  • Toppings: cacau puro, coco ralado, spirulina em pó, bagas goji, sementes de papoila.
Instruções
  1. Colocar os cajus num processador de alimentos e processar até obter uma consistência relativamente fina, mas com alguns pedaços.
  2. Adicionar a pasta de tâmaras (em pedaços pequenos), o cacau, o óleo de coco e as raspas de citrinos. Voltar a processar tudo até obter a consistência de moldar (se necessário, adicionar mais um pouco de óleo de coco).
  3. Moldar as trufas com as mãos e passa-las pelos toppings desejados.
  4. Guardar num recipiente guardado no frigorífico, até 2 semanas.

 

O melhor tofu mexido

Não sei como vocês, mas eu adoro refeições práticas e universais! Daquelas que podem ser tanto pequeno-almoço, como almoço e jantar.

Nestes casos, proteínas como o tofu ajudam imenso pois são fáceis e rápidas de cozinhar e podem ser preparadas de variadas maneiras.

Para quem não sabe, o tofu é um subproduto da soja, feito com leite de soja fresco coagulado. Já fiz tofu muitas vezes em casa e o processo é bastante simples e muito semelhante ao processo da produção de queijo fresco. O processo de demolha, extração do leite de soja e a coagulação facilita a digestão da soja, pois neste processo é removida a casca e são repartidas as proteínas.

É um facto que é um produto processado. Mas, uma sopa ou um batido também são produtos processados, pois não são encontrados tal como são na natureza. Sou apologista de consumo de produtos naturais e integrais, mas, não sou extremista em relação aos produtos minimamente processados. Se é possível de fazer em casa com equipamentos básicos, o processamento não é extremo.

No blog Dicas da Oksi antigo tinha uma receita de tofu mexido que vocês adoravam, mas era mais básica do que esta. Há alguns dias, a Joana do blog Just Natural Please (que adoro!)  fez a minha receita de tofu para o rebento dela. Fiz uma sontagem no meu instagram a perguntar se vocês gostavam de ter esta receita atualizadas e, como a resposta foi positiva, aqui está ela!

Desta vez, para além de tofu, sugiro diferentes legumes que combinam na perfeição. No entanto, podem usar outros legumes (seguindo a técnica de adicionar um de cada vez) ou seguir apenas os primeiros passos, obtendo um tofu mexido simples.

Nesta receita, é usado mais uma vez um dos meus ingredientes preferidos – a curcuma. Já falei sobre os benefícios dessa raíz da receita da Sopa completa & anti-inflamatória. Neste caso, a curcuma dá uma cor dourada ao tofu, fazendo um pouco lembrar os ovos. A verdade é que o sabor não é muito semelhante, mas o aspeto e a consistências fazem lembrar os ovos mexidos.

Pessoalmente, gosto de acompanhar este tofu com uma torrada de pão de fermentação natural, com arroz integral ou algum pseudocereal. A receita é muito completa, pelo que basta acompanhar com uma fonte de hidratos de carbono.

 

O melhor tofu mexido
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Prato principal
Cozinha: Vegan, Sem glúten
Porções: 2 doses
Ingredientes
  • 250 gr de tofu
  • 150 de cogumelos marron (ou outros cogumelos frescos), fatiados
  • 100 de tomate cherry, cortado as metades
  • 30 gr de espinafres frescos (mão cheia)
  • ½ cebola roxa, cortada em meias luas
  • 1 colher de sopa de óleo de coco
  • ½ colher de chá de curcuma em pó
  • Pitada de mistura de 4 pimentas
  • Pitada de sal grosso marinho
Instruções
  1. Esmagar o tofu com a mão, criando pedaços uniformes.
  2. Numa frigideira antiaderente funda ou um wok, aquecer metade do óleo de coco e saltear o tofu até ficar seco dourado (cerca de 3 min).
  3. Temperar o tofu com sal grosso, mistura de 4 pimentas e curcuma e reservar.
  4. Na mesma frigideira, adicionar o restante óleo de coco e adicionar a cebola roxa. Saltear durante cerca de 2 minutos, ou até ficar dourada.
  5. Adicionar os cogumelos, temperando com um pouco de sal. Voltar a saltear até ficarem tenros, mas não demasiado moles.
  6. Adicionar o tomate cherry, misturando todos os ingredientes e aquecendo o mesmo.
  7. Por fim, adicionar os espinafres e deixar o cozinhar cerca de 1 minuto.
  8. Voltar a adicionar o tofu e envolver tudo. Servir imediatamente numa tosta ou juntamente com o cereal ou pseudocereal preferido (arroz, quinoa, millet...)

 

Panquecas vegan e sem glúten

Hoje vamos aprender a fazer deliciosas panquecas vegan e sem glúten! Quem adora umas belas panquecas para um pequeno-almoço de fim-de-semana (ou outro dia qualquer!)?

O desafio de preparar panquecas vegan e sem glúten

Pessoalmente, prefiro as panquecas ao lanche e de manhã os meus batidos crus. Costumo fazer grandes doses de panquecas para vários dias, são um ótimo lanche para levarmos connosco para todo o lado!

Como já sabem, por aqui no Dicas da Oksi tudo é 100% vegetal. O que por si só pode ser um desafio na hora de fazer panquecas! Mas, para além disso, criei esta receita também sem glúten (e sem aveia, que muitas vezes tem vestígios de glúten) pois sei que muitos de vocês o evitam o seu consumo.

Sobre farinhas sem glúten

Quando procuramos substituições de farinhas sem glúten, são muito raras as vezes em que uma farinha só é suficiente para um resultado final satisfatório. Isto acontece porque os cereais com glúten, graças à esta proteína, dão um efeito de “puxa-puxa” e leveza aos pães, bolos, panquecas, etc.

Para alem disso, cereais como trigo, centeio e cevada são naturalmente ricos em proteína, dando consistência aos cozinhados. O mesmo não acontece com cereais sem glúten, por isso, para obter o efeito desejado, cada receita deve ter a sua própria combinação.

Como dou preferência a farinhas integrais e evito o uso de gomas e amidos, estas panquecas não ficam muito “altas e fofas”. Para obter umas panquecas mais ao estilo americano, é necessário usar farinhas e amidos refinados. Assim, não será uma opção tão saudável. No entanto, se gostavam que apresentasse aqui uma versão de panquecas deste género, digam nos comentários!

Quanto rendem estas panquecas?

Esta receita rende cerca de 10 panquecas médias e elas são extremamente saborosas, saciantes e nutricionalmente completas! Usei farinha de trigo sarraceno, que é um pseudocereal rico em proteína e farina de arroz, para dar alguma leveza.

Vamos à receita destas panquecas vegan e sem glúten?


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Panquecas vegan & sem glúten
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Pequeno-almoço
Cozinha: Vegan, Sem glúten
Porções: 10 panquecas médias
Ingredientes
  • 160ml de leite vegetal
  • 50gr de farinha de arroz integral
  • 50gr de farinha de trigo sarraceno
  • 1 colher de sopa (rasa) de sementes de linhaça moídas
  • 1 colher de sopa de geleia de agave (ou outro adoçante líquido)
  • 1 colher de chá de bicarbonato de sódio
  • 1 colher de chá de vinagre de maça
  • Pitada de sal grosso marinho
  • 1 colher de sopa de óleo de coco (para untar)
Instruções
  1. Comece por misturar numa taça a farinha de arroz, a farinha de trigo sarraceno, a linhaça moída e o sal.
  2. Adicione o leite vegetal e a geleia de agave e volte a misturar até obter uma consistência homogénea. Se necessário, adicione mais um pouco de leite.
  3. Por fim, adicione o bicarbonato de sódio e abafe o mesmo com vinagre de maçã (coloque o vinagre por cima do bicarbonato)
  4. Aqueça uma frigideira ou crepeira antiaderente com um pouco de óleo de coco.
  5. Forme as panquecas, deitando com cuidado uma colher de sopa grande da massa na frigideira. Cozinhe as panquecas em lume médio, durante cerca de 2 min. do primeiro lado e 1 min. do segundo lado.
  6. Sirva com iogurte natural e fruta da época!

 

Pseudocereais que tens de conhecer

Quando se fala em cereais integrais, a maioria das pessoas pensa em “eu não tenho tempo para isto”. É um um facto que a maioria dos cereais integrais demora algum tempo a preparar, como é o caso do arroz, aveia, cevada e trigo. Por exemplo, um dos cereais mais populares em Portugal é o arroz, sendo que a sua versão branca demora 10 minutos a ficar pronta e a sua versão integral demora cerca de 40 minutos.

No entanto, não é este o caso de muitos cereais. Dentro da família dos cereais, existem culturas denominadas de pseudocereais – plantas que segundo o ponto de vista biológico são consideradas sementes, no entanto, na nossa cultura são consumidas como cereais integrais (McKeown et al, 2013).

É importante referir uma possível desvantagem dos pseudocereais. Na maioria não são produzidos em Portugal, sendo importados. No entanto, têm sido feitos progressos neste sentido e já é possível encontrar Quinoa de origem portuguesa, por exemplo. Assim, é importante verificar a origem ao comprar o produto.

A Quinoa é original de Peru e foi um verdadeiro ouro trazido pelos incas. Tal como os alimentos de origem animal, é uma proteína completa e é de fácil digestão. Misturas de quinoa com alguma fonte de gordura era usadas pelos incas como “bolas de guerra”, fornecendo energia para as tropas enquanto elas marchavam pelos Andes  (Small 2013).

Existem três variedades diferentes de Quinoa – branca, vermelha e preta. É possível encontrar à venda misturas dos três tipos deste pseudocereais, que são interessantes por proporcionar texturas (a Quinoa branca é a mais suave) e nutrientes ligeiramente diferentes.

Principais características da quinoa:

  • Contém todos os amino-ácidos essenciais, sendo uma proteína completa
  • Naturalmente sem glúten
  • Fonte de beta-caroteno (Graf et al, 2015)
  • Rica em magnésio
  • Fonte de fibra
  • Rica em ferro e folato

Dizem que foi graças ao trigo sarraceno que a antiga URSS ganhou a II guerra mundial. O trigo sarraceno – também conhecido por kasha(a sua versão torrada a seco), é original da Rússia e, tal como a Quinoa, é nutricionalmente completo.

É um alimento mais consumido no inverno do que no verão e pode ser usado tanto como acompanhamento, como em saladas frias e papas doces quentes (era um dos meus pratos preferidos quando era criança).

O trigo sarraceno é rico em flavonoides – fitonutrientes encontrados em produtos de origem vegetal que parecem contribuir para a promoção da saúde, nomeadamente a redução do colesterol (Kayashita et al, 1997), a regulação da hipertensão (Ma et al, 2006) e o controlo da inflamação e diabetes (Kawa et al, 2003).

Principais características nutricionais do trigo sarraceno *:

  • Contém todos os amino-ácidos essenciais, sendo uma proteína completa
  • Naturalmente sem glúten
  • Rico em magnésio e cobre
  • Fonte de fibra
  • Fonte de flavonoides

A associação mais antiga que eu tenho deste cereal parte da minha infância – dar de o comer às galinhas (na Ucrânia é mais comum como alimento para animais, do que para os humanos). A verdade é que o Millet tem as características perfeitas para todos: é nutritivo, de extremamente fácil digestão e ainda tem a capacidade de acalmar o estômago. O consumo de Millet é reforçado aquando de transtornos gastro-intestinais, especialmente a combinação do Millet com abóbora cozida (combinação muito popular na macrobiótica e nos países de leste).

Millet é considerado um alimento funcional por fornecer fibra dietária, proteínas, energias, minerais, vitaminas e anti-oxidantes essenciais a saúde humana (Saleh et al, 2013).

Principais características nutricionais do millet*:

  • Contém todos os amino-ácidos essenciais, sendo uma proteína completa
  • Naturalmente sem glúten
  • Fonte de magnésio, cobre e cálcio
  • Fonte de vitaminas do completo B (com exceção da B12)

Já conheciam estes alimentos? Costumam consumi-los? Partilhem nos comentários as vossas experiências!

Referências:

Graf, B. L., Rojas‐Silva, P., Rojo, L. E., Delatorre‐Herrera, J., Baldeón, M. E., & Raskin, I. (2015). Innovations in health value and functional food development of quinoa (Chenopodium quinoa Willd.). Comprehensive reviews in food science and food safety14(4), 431-445.

Kawa, J. M., Taylor, C. G., & Przybylski, R. (2003). Buckwheat concentrate reduces serum glucose in streptozotocin-diabetic rats. Journal of Agricultural and Food Chemistry51(25), 7287-7291.

Kayashita, J., Shimaoka, I., Nakajoh, M., Yamazaki, M., & Kato, N. (1997). Consumption of buckwheat protein lowers plasma cholesterol and raises fecal neutral sterols in cholesterol-fed rats because of its low digestibility. The Journal of Nutrition127(7), 1395-1400.

Ma, M. S., Bae, I. Y., Lee, H. G., & Yang, C. B. (2006). Purification and identification of angiotensin I-converting enzyme inhibitory peptide from buckwheat (Fagopyrum esculentum Moench). Food chemistry96(1), 36-42.

McKeown NM, Jacques PF, Seal CJ, de Vries J, Jonnalagadda SS, Clemens R, Webb D, Murphy LA, van Klinken JW, Topping D, Murray R, Degeneffe D, Marquart LF. 2013. Whole grains and health: from theory to practice – highlights of the Grains for Health Foundation’s Whole Grains Summit 2012. J Nutr 143(5):744S-58S.

Saleh, A. S., Zhang, Q., Chen, J., & Shen, Q. (2013). Millet grains: nutritional quality, processing, and potential health benefits. Comprehensive Reviews in Food Science and Food Safety12(3), 281-295.

Small E. 2013. Quinoa—is the United Nations’ featured crop of 2013 bad for biodiversity? Biodiversity 14(3):169–79.

*  segundo a ferramenta cronometer.com

Crackers de alecrim & azeite

Quem não adora um bom snack salgado? Sou uma louca assumida por salgados…passo bem sem bolos, gelados, sobremesas, etc, mas preciso de ter sempre algum petisco salgado caseiro.

Confesso que adorava as típicas bolachas de água e sal, quando ainda comia, de vez em quando, este tipo de produtos. Há alguns meses, ao passar no supermercado, reparei que as suas variedades evoluíram e reparei num sabor específico: bolachas salgadas de alecrim.

Nunca tinha pensado em tal combinação, apesar de usar muitas vezes alecrim fresco na cozinha (especialmente para assar batata). Assim, tinha um desafio: fazer uma versão integral e mais saudável e criar os crackers perfeitos de alecrim!

Sabiam que o alecrim, para além de aromático e delicioso que é, parece melhorar as nossas funções neuronais? Consumir alecrim pode melhorar a velocidade da nossa memória, que constitui um dos melhores indicadores do funcionamento cognitivo *1.

Foram vários os testes de receitas e o resultado final é perfeito para ser devorado sem anda ou paraacompanhar algum patê. O meu patê preferido é baba ganoush, caju receita encontram aqui.


Crackers de alecrim & azeite
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Lanche/petisco
Cozinha: Vegano
Porções: 1 tabuleiro (30-35 crackers)
Ingredientes
  • 300 gr de farinha de centeio integral
  • 3 colheres (sopa) de linhaça moída
  • 1 ramo de alecrim fresco (apenas as folhas, picadas)
  • 30 ml de azeite
  • 70 ml de água
  • Sal e pimenta preta a gosto
Instruções
  1. Numa taça, misturar a farinha, a linhaça e as folhas de alecrim picadas. Adicionar de seguida o azeite e incorporar bem os ingredientes.
  2. Adicionar a água e misturar e moldar a massa, trabalhando a mesma durante alguns minutos.
  3. Esticar a massa com um rolo de massa, entre duas folhas de papel vegetal, até obter uma espessura de cerca de 5mm. Com uma faca, recortar a massa de maneira a obter quadrados (não é necessário separar os mesmos).
  4. Levar o preparado ao forno pré-aquecido a 200ºC durante 25 minutos. Deixar arrefecer antes de separar os crackers.

*1  Pengelly A, Snow J, Mills SY, Scholey A, Wesnes K, Butler LR. Short-term study on the effects of rosemary on cognitive function in an elderly population. J Med Food. 2012 Jan;15(1):10-7.

Matcha: benefícios e receita do meu latte

Quem me conhece sabe que adoro chá verde, especialmente o dos Açores. O chá verde contém imensos benefícios, nomeadamente é um dos antioxidantes mais eficazes do planeta (mais precisamente, o segundo maior, depois da infusão de hibisco) *1.

O consumo de chá verde apresenta muitos benefícios, como:

  • Diminuição da recorrência do cancro da mama *2
  • Diminuição da recorrência de constipações *3
  • Diminuição da recorrência de doença arterial coronária (a mais comum das doenças cardiovasculares) *4
  • Melhoria do sistema imunitário *5
  • Melhoria da qualidade da pele e como agente protetor dos raios solares UV *6.

Quando consumido em forma de pó, estes benefícios são muito maiores, pois são também consumidas as próprias folhas. Daí ser tão interessante o matcha – chá verde japonês, que se apresenta em forma de pó. No Japão este chá é consumido há muitos séculos e constitui um elemento essencial nas cerimónias de chá.

Este tipo de chá é muito versátil, pois pode ser utilizado em bolos, panquecas, bebidas e até em cosméticos!  Uma das minhas maneiras preferidas de consumir o matcha é num latte com leite de coco caseiro. Uso sempre este matcha e por vezes também adoço com um pouco de xarope de ácer.

A receita não podia ser mais simples:

Matcha Latte
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Bebidas, Sem lactose
Porções: 1 cup
Ingredientes
  • 200 ml de leite de coco
  • ½ Cc (colher de chá) de matcha em pó
  • 1 CC (colher de sopa) de xarope de ácer (ou outro adoçante líquido)
Instruções
  1. Colocar num tacho o leite de coco e o xarope de ácer. Aquecer até a temperatura desejada.
  2. Adicionar o matcha em pó e, com a ajuda de uma mini varinha-mágica, processar a mistura até incorporar os ingredientes e obter espuma (se não tiverem, podem usar uma liquidificadora ou varinha normal).
  3. Beber imediatamente!

*1 Carlsen MH, Halvorsen BL, Holte K, Bøhn SK, Dragland S, Sampson L, Willey C, Senoo H, Umezono Y, Sanada C, Barikmo I, Berhe N, Willett WC, Phillips KM, Jacobs DR Jr, Blomhoff R. The total antioxidant content of more than 3100 foods, beverages, spices, herbs and supplements used worldwide. Nutr J. 2010 Jan 22;9:3

*2 P. Zhou, J.-P. Li, C. Zhang. Green tea consumption and breast cancer risk: Three recent meta-analyses. Breast Cancer Res. Treat. 2011 127(2):581 – 583

*3 Matsumoto K, Yamada H, Takuma N, Niino H, Sagesaka YM. Effects of green tea catechins and theanine on preventing influenza infection among healthcare workers: a randomized controlled trial. BMC Complement Altern Med. 2011 Feb 21;11:15.

*4 Z M Wang, B Zhou, Y S Wang, Q Y Gong, Q M Wang, J J Yan, W Gao, L S Wang. Black and green tea consumption and the risk of coronary artery disease: a meta-analysis. Am J Clin Nutr. 2011 Mar;93(3):506-15.

*5  Matsumoto K, Yamada H, Takuma N, Niino H, Sagesaka YM. Effects of green tea catechins and theanine on preventing influenza infection among healthcare workers: a randomized controlled trial. BMC Complement Altern Med. 2011 Feb 21;11:15.

*6 Heinrich U, Moore CE, De Spirt S, Tronnier H, Stahl W. Green tea polyphenols provide photoprotection, increase microcirculation, and modulate skin properties of women. J Nutr. 2011 Jun;141(6):1202-8.

Sopa completa & anti-inflamatória

A receita desta sopa surgiu numa semana não muito favorável para mim: eram dias frios de inverno, só chovia e, para melhorar a situação, tinha arrancado dois sisos. Um deles, teimoso como a dona, não queria sair, resultando na perfuração do seio maxilar.

O resultado? Muitas dores, um inchaço terrível e possibilidade de inflamação. Como não conseguia comer sólidos, passava os dias a sopa triturada com feijão. Assim, para tirar algum aproveito da situação, criei a receita desta sopa que inclui poderosos anti-inflamatórios naturais.

Devo dizer que ajudou-me muito (juntamente com a medicação que, neste caso, era inevitável) e alguns dias depois de ter tirado os sisos, dei um Showcooking a dezenas de pessoas, no El Corte Inglés. Estava inchada na mesma (podem tentar descobrir qual foi, pelas fotos na secção Portefólio!) mas com energia e forças suficientes para tal.

Quem me conhece sabe que adoro curcuma e tento incluir esta raiz em diversos pratos. Mas qual é a cena da curcuma, Oksi?

Bem, a curcuma é uma raiz de cor laranja, que constitui um dos antioxidantes e anti-inflamatórios mais poderosos do planeta e que parece apresentar mecanismos ativos supressores das células cancerígenas *1. Para além disso, parece ser um tratamento eficaz na prevenção e diminuição da sintomatologia na demência (Alzheimer) *2, na diminuição da inflamação e dor associada a osteoartrite *3 *4, entre outros.

O gengibre, a curcuma e os cogumelos – todos presentes nesta sopa e todos potentes anti-inflamatórios *5 – vão protegerem-vos das constipações, gripes e outros males desnecessários.

Não vos massacro mais com estudos sobre a saúde (as vezes não sei se estou a escrever uma receita ou uma tese…), e apresento-vos a melhor sopa completa & anti-inflamatória de sempre!


4.5 from 2 reviews
Sopa completa & anti-inflamatória
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Vegan, Sem glúten
Porções: 3 litros
Ingredientes
  • 3 cenouras, em rodelas
  • 1 cebola roxa, cortada grosseiramente
  • 1 abóbora butternut, aos cubos (sem casca)
  • 400 gr de feijão branco cozido
  • 100 gr de cogumelos shimeji (ou outros cogumelos frescos)
  • 1 CS de azeite
  • 1 CS de curcuma em pó
  • 1 CS de gengibre em pó q.b.
  • Pitada de pimenta preta
  • Leite de coco q.b.
  • 1.5 lt de água
  • Sal q.b
Instruções
  1. Levar ao lume uma panela com a água e deixar levantar fervura.
  2. Adicionar os legumes descascados e cortados (não adicionar o feijão) e cozer durante 20 minutos (ou até a abóbora ficar tenra).
  3. Acrescentar os temperos e o feijão branco e deixar cozinhar durante mais 5 minutos.
  4. Entretanto, numa frigideira antiaderente, aquecer uma colher de sopa de azeite e saltear os cogumelos até ficarem dourados. No final, temperar com um pouco de sal e pimenta preta.
  5. Triturar a sopa e servir com um pouco de leite de coco e os cogumelos shimeji salteados.

 

*1 Campbell TC. Cancer Prevention and Treatment by Wholistic Nutrition. J Nat Sci. 2017;3(10)

*2 J M Ringman, S A Frautschy, E Teng, A N Begum, J Bardens, M Beigi, K H Gylys, V Badmaev, D D Heath, L G Apostolova, V Porter, Z Vanek, G A Marshall, G Hellemann, C Sugar, D Masterman, T J Montine, J L Cummings, G M Cole. Oral curcumin, for alzheimer’s disease: tolerability and efficacy in a 24-week randomized, double blind, placebo-controlled study. Alzheimers Res Ther. 2012 Oct 29;4(5):43.

*3 Y. Henrotin, A. L. Clutterbuck, D. Allaway, E. M. Lodwig, P. Harris, M. Mathy-Hartert, M. Shakibaei, A. Mobasheri. Biological actions of curcumin on articular chondrocytes. Osteoarthr. Cartil. 2010 18(2):141 – 149.

*4 Y. Henrotin, F. Priem, A. Mobasheri. Curcumin: A new paradigm and therapeutic opportunity for the treatment of osteoarthritis: Curcumin for osteoarthritis management. Springerplus. 2013 2(1):56.

*5 S. S. Percival, J. P. V. Heuvel, C. J. Nieves, C. Montero, A. J. Migliaccio, J. Meadors. Bioavailability of herbs and spices in humans as determined by ex vivo inflammatory suppression and DNA strand breaks. J Am Coll Nutr. 2012 31(4):288 – 294.

Leite de coco (a partir de coco inteiro)

Desta vez partilho com vocês a minha técnica para fazer leite de coco caseiro! Este leite é especial, pois para o preparar utilizo um coco seco inteiro em vez de coco ralado de pacote.

A maioria das receitas de leite de coco utilizam coco ralado ou concentrado de coco. No entanto, podem encontrar cocos inteiros em grandes superfícies como El Corte Inglés, Jumbo, Continente e Pingo Doce. O preço dos cocos costuma rondar os 1.99/kg, sendo que cada coco fica geralmente por menos de 1 euros. Ora, como cada embalagem de coco ralado custa também à volta de 1 euros, compensa muito utilizar o coco inteiro!

 

Mas se o preço é o mesmo, porque é que compensa mais utilizar o coco inteiro?

Primeiro, porque compramos um ingrediente no seu estado natural em vez de embalado (sendo assim também mais sustentável). Segundo, porque a partir de um coco inteiro obtemos um resíduo de melhor qualidade do que o resíduo a partir do coco ralado. Este resíduo pode ser utilizado ao natural em bolachas, bolos etc ou desidratado e processado até obter uma farinha. Em último lugar, utilizado o coco inteiro resulta num leite mais cremoso e doce.

Esta é uma versão básica e neutra do leite de coco, sem adição de adoçantes e especiarias. Gosto de fazer o leite neutro pois torna-se mais versátil no posterior uso em receitas.

No entanto, se desejarem obter um produto final mais doce e aromático para ser apreciado ao natural, podem adicionar à receita 5 tâmaras e uma pitada de canela em pó – que serão processados juntamente com o coco.

Este leite é perfeito para servir como base para o leite dourado ou matcha latte.


Leite de coco (a partir de coco inteiro)
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Bebidas
Cozinha: Vegano, Sem lactose
Porções: 1 litro
Ingredientes
  • 1 coco inteiro partido, separado da casca *
  • 1 Litro de água morna
Instruções
  1. Passar os pedaços de coco por água (por causa do resíduo da casca), cortá-los em tiras finas e colocar na liquidificadora.
  2. Adicionar a água e processar até o coco ficar em papa.
  3. Filtrar o leite utilizando um tecido ou coador (o último resíduo vai ser mais escuro, por causa da casca interior do coco; dependendo do uso que vão dar ao resíduo, guardem esta parte ou não!)
  4. E está pronto para ser transferido para os frascos, de preferência de vidro!
Notas
* Para partir o coco: com a ponta de uma faca, espetar cada uma das três saliências no topo do coco. Uma das saliências vai ser mole; abrir esta saliência e retirar a água de coco. Colocar o coco dentro de vários sacos velhos e, de num local exterior, bater com o coco no chão algumas vezes, até ficar partido em pedaços pequenos.

 

 

Manteiga corporal caseira

Um bom crepe de corpo foi algo que nunca dispensei e confesso que era viciada nos bodybutter de compra de todos os cheiros possíveis e sabores possíveis. No entanto, quando comecei a procurar um estilo de vida ainda mais natural, saudável e sustentável, percebi que estes iriam deixar de ser uma opção.

Praticamente qualquer creme de corpo comprado numa superfície comercial vai ter conservantes, aromas e outros aditivos químicos. Já para não falar do desperdício que geral as embalagens – são sempre de plástico e um crepe de corpo é um produto que se gasta relativamente rápido.

Apesar de adorar utilizar óleos vegetais puros como hidratantes (tanto no corpo, como na cara), às vezes sinto a necessidade de ter um produto com uma consistência diferente e com um aroma mais pronunciado.

Então, depois de testar muitas diferentes versões, comecei a fazer a minha própria alternativa às manteigas corporais. Ao contrário de um creme normal, uma manteiga corporal é mais concentrada, mais hidratante e à base de óleos, sendo assim perfeita para peles secas.

Neste caso, por apenas incluir ingredientes naturais, é também adequado a peles sensíveis, atópicas e recativas.A minha pele preenche todos os três requisitos então sou a combaia perfeita!

Depois de cerca de 2 anos a hidratar o corpo com este tipo de manteigas, óleos vegetais puros e também por vezes gel de aloé vera, posso-vos garantir que tenho a pele muito mais hidratada e suave, mesmo que algum dia não os use. Assim, tenho notado que este tipo de produtos naturais nutrem a pele a longo prazo.

No caso desta receita em particular, uso o azeite como a base, por ser um produto local para nós e cheio de benefícios para a nossa pele. Por outro lado, a manteiga de karité também é necessária, por ser muito mais espessa do que o azeite e por dar assim a estrutura desejada ao creme.

Em relação aos óleos essenciais, são opcionais, no entanto, tornam o creme aromático e aumentam os seus benefícios. O óleo essencial de alfazema ajuda a acalmar a pele, a relaxar os músculos e é antibacteriano, sendo eficaz no combate à acne e borbulhas em geral.  O óleo essencial de cravinho constitui um antisséptico natural muito poderoso, prevenindo mordidas de insetos e ajudando a eliminar micoses, verrugas, etc.

 

5.0 from 1 reviews
Manteiga corporal caseira
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Creme caseiro
Porções: 500ml
Ingredientes
  • 300 ml de azeite extra virgem
  • 6 CS de manteiga de karité
  • 10 gotas de óleo essencial de alfazema (opcional)
  • 5 gotas de óleo essencial de cravinho
Instruções
  1. Em banho-maria, derreter a manteiga de karité até ficar líquida (nunca no micro-ondas para não perder as propriedades)
  2. Colocar a manteiga num processador de cozinha (ou copo da varinha mágica), juntamente com o azeite e os óleos essenciais.
  3. Processar até obter uma consistência cremosa e com “picos” relativamente firmes.
  4. Transferir a mistura para um frasco de vidro e guardar no frigorífico durante 3h, ou até solidificar*
  5. *No verão e em alturas quentes a mistura deve ser guardada no frio para manter a sua consistência. No inverno, pode ser conservada fora do frigorífico, sempre num frasco de vidro fechado.

Pataniscas de curgete

Pataniscas sem bacalhau e sem ovos

Sim, é possível fazer pataniscas sem bacalhau! Sei que pataniscas são um petisco português muito popular, no entanto, a sugestão que vos trago hoje é inspirada numa receita de leste.

A versão tradicional leva ovo e farinha de trigo, apesar da estrela do prato ser na mesma a curgete. É uma receita que a minha mãe faz com frequência e, numa das visitas aos Açores, tive a ideia de a adaptar para uma versão 100% vegetal.

 

Sobre a farinha de grão-de-bico

Ao contrário do costume, não foram necessárias muitas tentativas para a receita sair perfeita. Tudo graças à farinha de grão de bico, que substitui muito bem o ovo em receitas salgadas.

É uma farinha com características muito distintas da maioria das farinhas. À nível nutricional, é mais rica em proteína e contém menos hidratos de carbono, por ser de uma leguminosa e não de um cereal; é também de notar que é uma farinha naturalmente sem glúten. À nível culinário, tem um sabor muito mais forte do que outras farinhas e uma consistência mais densa. Assim, não é comum ser utilizada em receitas doces.

 

Como dar a liga, sem os ovos?

A farinha de grão permite obter uma massa cremosa mesmo o ovo, no entanto, gosto sempre de adicionar gel de linhaça (linhaça moída com água) a este tipo de receitas. Para além de tornar a massa mais elástica, a linhaça é sem dúvida um ingrediente que devíamos consumir todos os dias, devido ao seu alto teor em ómegas 3 *1(sim, o mesmo do peixe!). Este nutriente constitui uma preocupação para quem quer optar por uma alimentação 100% vegetal, mas a verdade é que não é exclusivo de fontes animais.

 

Receitas das quais pode gostar:

Pataniscas de Legumes

Grão-omelete de vegetais (vegan)

Hambúrgueres vegan de quinoa & legumes

Vamos então à receita das pataniscas de curgete?

Pataniscas de curgete
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Prato principal
Cozinha: Vegano, Sem glúten
Porções: 6 pataniscas
Ingredientes
  • 1 curgete média (330 gr), ralada
  • 100 gr de farinha de grão de bico
  • Ramo de salsa, picada
  • 1 dente de alho, ralado
  • 1 colher (sopa) de sementes de linhaça moídas
  • 1 colher (chá) de bicarbonato de sódio
  • 1 colher (chá) de vinagre de maça
  • 1 colher (sopa) de óleo de coco
  • Sal e pimenta preta q.b.
  • 50 ml de água
Instruções
  1. Combinar as sementes de linhaça com a água e deixar repousar (para obter o gel de linhaça).
  2. Colocar a curgete ralada numa taça e combinar com o sal, a salsa e o alho. Massajar ligeiramente até começar a libertar água.
  3. Juntar à mistura o gel de linhaça e temperar com pimenta preta, incorporando todos os ingredientes.
  4. Adicionar gradualmente a farinha de grão de bico. A massa deve obter uma consistência grossa, mas leve.
  5. Colocar o bicarbonato de sódio por cima da massa, abafando-o com o vinagre. Envolver bem.
  6. Com a ajuda de uma colher de servir, colocar porções da massa numa frigideira antiaderente aquecida, ligeiramente untada com óleo de coco, formando assim as pataniscas.
  7. Cozinhar cada patanisca em lume médio-baixo, durante 4 minutos de cada lado.

*1 Rodriguez-Leyva D, Weighell W, Edel AL, LaVallee R, Dibrov E, Pinneker R, Maddaford TG, Ramjiawan B, Aliani M, Guzman R, Pierce GN.Potent antihypertensive action of dietary flaxseed in hypertensive patients. Hypertension. 2013 Dec;62(6):1081-9.

Lentilhas indianas

Desta vez apresento-vos uma receita que se faz num só tacho, perfeita para ser feita em grande quantidade.

Quem me conhece sabe que adoro qualquer tipo de cozinha internacional – japonesa, italiana, de leste, indiana, etc. No dia-a-dia, faço imensos pratos de inspiração oriental por adorar os sabores fortes dos mesmos.

Este prato é perfeito para ser apreciado nos dias mais frios por ser um prato reconfortante e que vai ajudar a aquecer o corpo.

É diferente do típico Dhal de lentilhas (que também adoro), por não conter tomate e pelas diferentes especiarias (e que diferença fazem!). Neste caso, usei uma mistura de especiarias indianas – Tandoori Masala. No porto compro nesta loja e em Lisboa já comprei na loja indiana do centro comercial Martim Moniz.

Se não tiverem nenhuma loja de produtos internacionais na vossa zona, podem encontrar misturas de lentilhas semelhantes nas lojas de produtos naturais e ervanárias (costumam ser rotulados como sendo para sopa).

 

Lentilhas indianas
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Prato principal
Cozinha: Indiana
Porções: 5
Ingredientes
  • 200 gr de mistura de lentilhas e metades de ervilhas
  • 1 lata de leite de coco
  • 1 cebola roxa grande, picada
  • 4 CS de mistura de especiarias Tandoori Masala (ou 2CS de caril doce)
  • 1 CS de óleo de coco q.b.
Instruções
  1. Demolhar a mistura de lentilhas na noite de véspera (durante 8 horas).
  2. Na altura de confecionar o prato, começamos por saltear a cebola em óleo de coco. Quando a cebola estiver dourada, adicionamos a mistura de especiarias e deixamos cozinhar cerca de 1 min, mexendo constantemente (este técnica vai torná-las ainda mais aromáticas).
  3. Adicionar a mistura de lentilhas (com a água escorrida) e o leite de coco. Incorporar tudo e adicionar 2 copos de água.
  4. Deixar levantar fervura e baixar o lume para médio.
  5. Cozer durante 30-40 min, sendo que o tempo de cozedura vai depender da mistura que usarem (verificar as instruções da embalagem).
  6. Se necessário, adicionar mais um pouco de água à mistura e cozer durante mais alguns minutos.
  7. Servir com arroz thai ou basmati básico e rebentos de alfafa.

 

 

Brownie cru de cacau & cânhamo

As receitas cruas vieram para ficar, especialmente as doces! Como é de costume da maioria das minhas receitas, esta tem pouquíssimos ingredientes. Para além disso, não precisa de ser cozinhada nem refrigerada durante muito tempo – apenas o suficiente para ficar mais fresca e sólida. Assim, poupamos tempo e energia, para além de que devia ter proibido ligar o forno durante o verão!

Estes brownies não incluem qualquer tipo de açúcar ou gordura pura (óleo). Neste caso, as tâmaras vão ser a único adoçante natural utilizado e a manteiga de oleaginosas vai tornar os brownies húmidos e nutricionalmente mais completos.

As tâmaras são, sem dúvida, o melhor adoçante natural a nível nutricional. Apesar de, como qualquer fruta desidratada, serem ricas em açúcares naturais,  não aumentam os níveis de açúcar no nosso sangue *1 e são ainda um dos alimentos mais completos do mundo, pela sua grande variedade de nutrientes e benefícios *2.

 


Brownie cru de cacau & cânhamo
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Porções: 30
Ingredientes
  • 500gr de tâmaras sem caroço ou pasta de tâmaras
  • 200gr de manteiga de amendoim
  • 100gr de sementes de cânhamo descascadas
  • 4 colheres de sopa de cacau puro em pó
  • Raspas de 1 limão (opcional)
Instruções
  1. Coloque num predecessor de alimentos as tâmaras/pasta de tâmaras, a manteiga de amendoim e o cacau em pó. Processe até formar uma mistura homogénea.
  2. Adicione as sementes de cânhamo e a raspa de limão e voltar a processar até incorporar todos os ingredientes.
  3. Coloque o preparado numa forma ou recipiente forrado com papel vegetal, empurrando e prensando para alisar a superfície.
  4. Refrigere durante cerca de 1h, para solidificar mais os brownies.
  5. Estão prontos para serem cortados e devorados!
  6. Guarde num recipiente fechado, no frigorífico, até cerca de 3 semanas.

 

1* W. Rock, M. Rosenblat, H. Borochov-Neori, N. Volkova, S. Judeinstein, M. Elias, and M. Aviram. Effects of date (Phoenix dactylifera L., Medjool or Hallawi Variety) consumption by healthy subjects on serum glucose and lipid levels and on serum oxidative status: a pilot study. J. Agric. Food. Chem., 57(17):8010{8017, 2009.

2* W. Al-Shahib and R. J. Marshall. The fruit of the date palm: its possible use as the best food for the future? Int J Food Sci Nutr, 54(4):247{259, 2003.

Crepes primavera com tempeh

Adoro este tipo de refeições mais leves, perfeitas para serem comidas à mão. Especialmente no verão, em que a vontade de comer (e cozinhar) pratos mais pesados e quentes não é grande, adoro fazer este tipo de petiscos mais ligeiros.

Podem fazer este tipo de prato com crepes/tortilhas caseiras, no entanto, o processo será muito mais demorado. Assim, as folhas de arroz facilitam a preparação, pois precisam apenas de serem demolhadas em água. Não têm glúten, são muito leves e podem ser encontradas à venda nas zonas de comida internacional em grandes superfícies ou lojas de produtos orientais.

Em relação à proteína, escolhi o tempeh por ser a proteína vegetal com textura mais firme, obtendo assim uma crosta crocante que combina com a leveza dos restantes ingredientes.

Para quem não conhece, o tempeh consiste numa proteína vegetal à base de grãos de soja fermentados. Ao contrário de tofu (que é coagulado), o tempeh é um produto fermentado e que faz uso dos grãos de soja inteiros. Por causa disso, tem um sabor mais intenso pelo que, se não gostarem de tempeh, podem usar tofu firme como alternativa.

 

Crepes primavera com tempeh
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Prato principal
Cozinha: Vegano, Sem glúten
Porções: 8 crepes
Ingredientes
  • 10 folhas de arroz
  • 250 gr de tempeh cortado aos palitos (8)
  • ¼ de couve roxa, em juliana
  • 1 pepino, cortado em palitos
  • 1 cenoura, cortada em palitos
  • 1 colher de sopa de óleo de coco
  • 3 + 3 colheres de sopa de molho de soja (ou tamari)
  • 2 colheres de sopa de xarope de ácer (ou outro adoçante líquido)
  • 1 colher de sopa de azeite
  • 1 colher de chá de pimentão doce fumado
  • ¼ colher de chá de piri-piri em pó (opcional)
  • 3 colheres de sopa de água
  • 2 colheres de sopa de xarope de ácer (ou outro adoçante líquido)
  • Sumo de ½ limão
Instruções
  1. Se possível, na véspera ou 1 hora antes, marinar o tempeh. Para isso, misturar as 3 colheres sopa do molho de soja com o azeite, o pimentão doce e o piri-piri num recipiente e juntar os palitos de tempeh. Guardar no frigorífico.
  2. Para cozinhar o tempeh, aquecer uma frigideira com o óleo de coco. Saltear os palitos de tempeh alguns minutos de cada lado, até ficarem ligeiramente dourados.
  3. Entretanto, preparar o molho. Para isso, misturar numa taça o restante molho de soja, o sumo de limão, o xarope de ácer. Diluir com cerca de 3 colheres de sopa de água e provar. Se necessário, adicionar mais um pouco de água.
  4. Uma vez cozinhado e tempeh e cortados os legumes, preparar as folhas de arroz. Para isso, com a ajuda de um prato grande com água, molhar cada folha durante 1 min.
  5. Retirar a folha, estendo-a numa tábua. Colocar no centro um pouco de legumes e uma tira de tempeh. Fechar o crepe, dobrando os lados da folha para dentro e enrolando-o no sentido longitudinal (devem pressionar bem o recheio para os crepes ficarem compactos).
  6. Consumir imediatamente, acompanhando com o molho.

Leite dourado

Já devem ter percebido que adoro a poderosa raiz dourada – a curcuma (também conhecida por “açafrão das índias).  Já partilhei uma maneira de incluir este ingrediente no vosso dia-a-dia, através da adição na sopa (vejam a receita da Sopa completa & anti-inflamatória).

Hoje trago-vos uma maneira diferente e deliciosa de consumir a curcuma, numa bebida aconchegante. Esta bebida é perfeita para ser consumida em alturas frias, antes de dormir ou simplesmente quando queremos relaxar. É muito fácil de ser preparada e os ingredientes são bastante acessíveis! Optei por usar curcuma em pó por ser mais prática e acessível.

Para quem não conhecea curcuma é uma raiz de cor de laranja que consitui uma verdadeira superfood, porque:

  • É um dos antioxidantes e anti-inflamatórios mais poderosos do planeta *1, *2
  • Parece apresentar mecanismos ativos supressores das células cancerígenas *1
  • Parece constituir um tratamento eficaz na prevenção e diminuição da sintomatologia na demência (Alzheimer) *3
  • Ingrediente poderoso na diminuição da inflamação e dor associada a osteoartrite *4 *5, entre muitos outros

Estão convencidos a incluir a curcuma na vossa alimentação? Então deixo-vos só mais uma dica.

O poder anti-inflamatório e antioxidante da curcuma é potenciado pela adição da pimenta preta e de gordura saudável (leite de coco caseiro). A junção destes 3 ingredientes permite com que o nosso organismo absorva de maneira eficaz todos os nutrientes. Quando a curcuma é consumida isoladamente, só uma pequena parte dos seus nutrientes é aproveitada pelo nosso corpo.

Vamos à receita?

5.0 from 1 reviews
Leite dourado
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Bebidas
Porções: 1 chávena
Ingredientes
  • 1 Chávena de leite de coco
  • ¼ colher de chá de curcuma em pó
  • ¼ colher de chá de canela em pó
  • Pitada de pimenta preta q.b.
  • 1 colher de chá de xarope de ácer (ou outro adoçante líquido)
Instruções
  1. Colocar o leite num tacho e levar ao lume.
  2. Adicionar o curcuma, a canela, a pimenta e o xarope de ácer e aquecer até à temperatura desejada.
  3. Com a ajuda de uma mini-varinha ou vara de arames, incorporar todos o ingredientes, criando também alguma espuma.
  4. Desligar o lume e beber imediatamente.

*1 Campbell TC. Cancer Prevention and Treatment by Wholistic Nutrition. J Nat Sci. 2017;3(10)

*2 S. S. Percival, J. P. V. Heuvel, C. J. Nieves, C. Montero, A. J. Migliaccio, J. Meadors. Bioavailability of herbs and spices in humans as determined by ex vivo inflammatory suppression and DNA strand breaks. J Am Coll Nutr. 2012 31(4):288 – 294.

*3 J M Ringman, S A Frautschy, E Teng, A N Begum, J Bardens, M Beigi, K H Gylys, V Badmaev, D D Heath, L G Apostolova, V Porter, Z Vanek, G A Marshall, G Hellemann, C Sugar, D Masterman, T J Montine, J L Cummings, G M Cole. Oral curcumin, for alzheimer’s disease: tolerability and efficacy in a 24-week randomized, double blind, placebo-controlled study. Alzheimers Res Ther. 2012 Oct 29;4(5):43.

*4 Y. Henrotin, A. L. Clutterbuck, D. Allaway, E. M. Lodwig, P. Harris, M. Mathy-Hartert, M. Shakibaei, A. Mobasheri. Biological actions of curcumin on articular chondrocytes. Osteoarthr. Cartil. 2010 18(2):141 – 149.

*5 Y. Henrotin, F. Priem, A. Mobasheri. Curcumin: A new paradigm and therapeutic opportunity for the treatment of osteoarthritis: Curcumin for osteoarthritis management. Springerplus. 2013 2(1):56. 

Bombons de chocolate com manteiga de amendoim

Mais uma receita doce, é verdade! Adoro sobremesas simples. Neste caso, não podia ser mais rápida e prática: estes bobons fazem-se em cerca de 20 minutos com apenas dois ingredientes! A inspiração para esta receita foram os bem conhecidos “Peanut Butter Cups” da marca Reese’s.

Estes bombons são perfeitos para serem feitos em grande quantidade e serem congelados, para haver sempre um miminho doce à mão.

Convém que os dois ingredientes – chocolate negro e manteiga de amendoim sejam de boa qualidade e sem aditivos. Aconselho um chocolate com teor mínimo de 80% de cacau e manteiga de amendoim feita apenas com amendoim (verificar sempre no rótulo se não leva sal, açúcar, óleos vegetais, etc).

Podem também usar manteigas de outras oleaginosas (amêndoa, caju, etc). Tenho a certeza de que todas as versões irão ficar deliciosas!

Para além destes ingredientes, vão precisar também de formas para cupcakes de papel, para moldarmos os bombons.

 

Bombons de chocolate com manteiga de amendoim
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Sobremesa
Cozinha: Vegano, Sem glúten
Porções: 6 bombons
Ingredientes
  • 150 gr de chocolate 80%
  • 6 colheres de sopa de manteiga de amendoim
Instruções
  1. Derreter o chocolate em banho-maria.
  2. Quando o chocolate estiver derretido, desligar o lume colocar uma colher de sopa chocolate numa forma de cupcake. Com a ajuda da mesma, espalhar o chocolate pelos lados, de maneira a formar uma borda cerca de 1 cm.
  3. Uma vez feito este processo em todas as formas, colocar as mesmas no congelador durante 5 min, para o chocolate endurecer.
  4. Passado esse tempo, enchemos as formas com uma colher de sopa de manteiga de amendoim e voltar a colocar no congelador durante 5-10 min.
  5. Se necessário, voltar a aquecer em banho-maria o restante chocolate; colocar uma colher de sopa do mesmo por cima da manteiga de amendoim, alisando-o com a parte de trás de uma colher de sopa.
  6. Voltar a colocar os bombons no congelador durante 20 minutos.
  7. Conservar os bombons no frigorífico.

Baba ganoush

Baba quê?!

Para quem estranhou o nome, baba ganoush é uma receita do Médio Oriente, bem simples e intensa ao mesmo tempo. Consiste num patê com base em beringela grelhada. É uma ótima maneira diferente de consumir beringela e, mesmo quem não é fã deste legume, tende a adorar este prato.

Não é a receita com o aspeto muito extraordinário e atrativo, no entanto, esta pasta é cheia de sabor e sabe especialmente bem como um petisco de verão.

Há quem diga que o sabor se assemelha ao hummus – outro patê do médio oriente, mas com base de grão de bico. Pessoalmente, acho os dois pratos bem diferentes, sendo que o baba ganoush tem um sabor mais pronunciado.

Este patê é perfeito para ser acompanhada com palitos de legumes e crackers/tostas para molhar na pasta. A receita de crackers de azeite & alecrim será uma combinação perfeita!

Como nesta receita os ingredientes são muito poucos, é a qualidade dos mesmos que faz toda a diferença. Tentem privilegiar as beringelas na sua época (verão) e, se possível, locais. A qualidade das especiarias também faz toda a diferença!

 

Baba ganoush
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Lanche/petisco
Cozinha: Vegano, Sem glúten
Porções: 400ml
Ingredientes
  • 2 beringelas
  • 6 dentes de alho
  • 4 colheres (sopa) de tahini (pasta de sementes de sésamo)
  • 5 colheres (sopa) de azeite extra virgem
  • Sumo de 1 limão
  • ½ colher (chá) de cominhos
  • Pimenta preta moída na hora q.b.
  • Sal marinho q.b.
Instruções
  1. Grelhar as beringelas inteiros, com a casca, num grelhador ou numa boca de fogão em lume baixo, até murchar completamente (podem também assá-las no forno, fazendo alguns furos com o garfo e deixando a cozinhar durante cerca de 1h a 200ºC, em modo grelha com “ventoinha”).
  2. Deixar arrefecer as beringelas e retirar com uma colher o miolo (a casca é descartada).
  3. Colocar num processador os miolos das beringelas, os alhos, o tahini, o azeite, o sumo de limão e os temperos e processar até obter uma consistência cremosa.
  4. Provar e, se necessário, retificar os temperos. Guardar num recipiente fechado, no frigorífico, até 10 dias.
  5. Acompanhar com palitos de legumes e crackers de alecrim.