Hummus de pimento

Hummus de pimento – receita perfeita tanto para snack salgado, como para servir de base para uma refeição principal. Podem usar nas marmitas de praia e piqueniques, que estes dias quentes tanto pedem! Esta receita fez parte dos 5 showcookings que dei aquando do evento Movimento Portugal Contra a Dor e foi altamente aprovada por todos os participantes. Por isso, aqui está ela!

Sobre esta receita de hummus de pimento

Já faço este hummus há cerca de um ano e é o meu preferido de sempre…e eu já experimentei imensas outras combinações e sabores diferentes! Esta receita é perfeita para quem gosta de sabores intensos e bem marcados. Dois ingredientes dão a este hummus um sabor e aroma bem diferenciados: o pimento assado e o pimentão fumado em pó.

Utilizo sempre o pimento vermelho, e pode ser assado e grelhado. Conseguem encontrar este tipo de pimentos já prontos à venda, ou então podem fazer os vossos, sobre uma boca de fogão a gás, grelha ou forno. Qualquer que seja o modo de preparo, é importante retirar depois a pele do pimento.

Pimentão fumado – a chave para um hummus de pimento saboroso!

Em relação ao pimentão fumado em pó, é mesmo o ingrediente secreto desta receita. Utilizo em muitos pratos e já deixei muitas pessoas fascinadas com esta especiaria, nos meus workshops! É diferente do vulgar pimentão doce – ao comprar, têm de garantir que a embalagem tem a indicação “fumado”. Por vezes encontra-se à venda em grandes superfícies na zona das especiarias e, no Porto, costumo comprar na Casa Chinesa. Se não encontrarem esta especiaria, podem usar o pimentão doce normal.

Outras receitas de que podes gostar:

Como fazer pão pita

Pickles caseiros de cebola roxa

 

 

Vamos então fazer hummus de pimento?

hummus de pimento

hummus de pimento pronto

hummus de pimento

Hummus de pimento assado
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Lanche/petisco
Cozinha: Vegan, sem glúten
Porções: 6 doses
Ingredientes
  • 250gr de grão de bico cozido
  • 1 pimento assado, escorrido
  • 2 colheres de sopa de tahini
  • Sumo de ½ limão
  • 2 colheres de sopa de Azeite
  • ½ colher de chá de pimentão doce fumado
  • 1 dente de alho
  • ½ colher de chá de sal
  • Pitada de pimenta preta
Instruções
  1. Colocar num processador todos os ingredientes e processar até obter uma consistência cremosa.
  2. Se necessário, adicionar mais um fio de azeite.
  3. Servir com tostas ou palitos de legumes.
  4. Dura até 1 semana, num recipiente bem fechado no frigorífico.

 

leite vegeta

Leite vegetal: como escolher o melhor?

Há alguns semanas comecei a partilhar no Instagram Dicas da Oksi alguns leites vegetais do mercado e os respetivos rótulos. Recebi muitas mensagens da vossa parte a agradecer a partilha e também muitas dúvidas. Como escolher o melhor leite vegetal? Como este é um assunto que da “pano para mangas”, decidi dedicar-lhe dois artigos aqui no site. A primeira parte será então “Leite vegetal: como escolher o melhor?  e a segunda parte “Leite vegetal: as melhores opções do marcado” (que está no forno neste momento).

É claro que a melhor opção é sempre fazer em casa. Encontram aqui no site a receita do leite de coco e leite de pevides de abóbora e muitas outras pela internet fora. Mas a verdade é que nem sempre há disponibilidade para isso. Por isso, quero-vos deixar informados para fazerem escolhas conscientes ao comprar leite vegetal!

Noto que, muitas vezes, as pessoas ao escolher o leite vegetal apenas se concentram na presença de açúcar e/ou glúten. Mas, para escolher o melhor leite vegetal, outros fatores devem ter sido em conta, nomeadamente:

 

Vamos então por partes?

1 – Quantidade de leite vegetal que consome

Antes de passarmos aos componentes dos leites vegetais, é importante ter em conta a quantidade do leite vegetal consumido no dia-a-dia. A verdade é que não é, de todo, um produto obrigatório nem deve ser uma refeição por si só. Isto é, lanchar um copo de leite vegetal, por exemplo, não é de todo suficiente e equilibrado nutricionalmente.

Se usa o leite vegetal em quantidades mínimas (por exemplo, para colocar no café), não é necessário muito rigor com a sua escolha. No entanto, se consome leite vegetal várias vezes por dia, o seu efeito já é mais significativo e faz sentido “perder” algum tempo a escolher a melhor opção para si.

2 – O ingrediente base do leite vegetal

E como saber qual é a melhor opção? Bem, o primeiro a ter em conta é a base do leite vegetal (soja, arroz, aveia…).

 

Nutricionalmente,o leite de soja é o único que se assemelha ao leite de vaca, pois é o único que tem uma boa concentração de proteína e contém todos os aminoácidos essenciais.

 

É também por essa razão que é o leite vegetal que melhor resulta em receitas como sobremesas e iogurtes vegan, molho bechamel, etc. Encontram aqui receita de iogurte vegan caseiro de soja. Para quem evita leites de soja por achar que esta faz mal à saúde (casos de alergias e intolerâncias à parte, claro), leiam este artigo.

Os leites vegetais de cereais (arroz, aveia…) e os de frutos gordos (amêndoas, coco…) tendem a ser mais saborosos mas menos interessantes nutricionalmente por terem pouca proteína (o que não quer dizer que sejam maus…ter sempre em conta a quantidade que se consome!).

3 – A ordem e a quantidade de ingredientes

Qualquer que seja o ingrediente base do leite vegetal, ele deve vir em segundo lugar na lista dos ingredientes. O primeiro é sempre o que existe em maior quantidade e costuma ser água, o que é perfeitamente normal. A soja/arroz/amêndoa teve deve vir logo a seguir.

Evitem comprar leites vegetais com demasiados ingredientes, a não ser que pretendam que estes sejam fortificados (mais abaixo).

4 – A concentração do ingrediente base

Já vimos que o ingrediente base deve vir em segundo lugar na lista dos ingredientes. Mas é também importante reparar na sua concertação, ou seja, a %. Especialmente os leites mais caros (amêndoa, coco, noz…) têm menor concentração. Muitas vezes, têm 1% de amêndoa e os preços ultrapassam os 2.50€ (ridículo, não?). Em geral, uma boa concentração é de 8-10% do ingrediente base.

5 – A presença de espessantes/emulsionantes

Mas, perguntam vocês, como é que leites que só têm 1% de amêndoa são na mesma cremosos e “leitosos”? Isto acontece graças à adição de espessantes e de emulsionantes, sendo que os mais comuns são:

  • Gomas (goma gelana, goma alfarroba, goma xantana, goma guar…)
  • Amidos (de milho, de tapioca…)
  • Leticinas (de girassol, de soja…) ou óleos (de girassol, de colza…)

Leites de soja não costumam ter estes ingredientes, pois a soja é mais concentrada. Mas outras opções, especialmente de frutos gordos (amêndoa, coco, noz…) costumam ter estes aditivos, para compensar a pouca concentração do ingrediente “principal”.

 

Não é que sejam “a causa de todos os males” mas este tipo de aditivos são basicamente enchimento sem nenhum valor nutricional. As gomas e os amidos são basicamente hidratos de carbono o mais simples possível, ou seja, açúcar.

 

 

6 – A presença de açúcar/adoçante

Por falar em açúcar, também é importante verificar a presença deste. É preferível que não esteja presente, claro, ou que pelo menos venha no final da lista dos ingredientes. O açúcar pode estar escondido nos leites vegetais sob seguintes nomes:

  • Açúcar de cana
  • Açúcar de cana não refinado
  • Xarope de agave
  • Frutose
  • Sacarose

7 – Leites vegetais fortificados

Muitas vezes os leites vegetais têm adicionadas vitaminas, normalmente D e B, daí serem “fortificados”. Normalmente costuma ser o caso dos leites de cereais e frutos gordos, para melhorar a sua composição nutricional.

Estas também são das vitaminas cujo défice é muito comum na população em geral. Por isso, elas são adicionadas à diferentes produtos, incluindo leites vegetais. No entanto, se tem défice em alguma destas vitaminas, beber leite fortificado não é suficiente para colmatar isso. Para além disso, quase sempre que há adição das vitaminas, há também a adição de mais adoçantes e espessantes.

leite vegetal

Em conclusão…

Pensem na quantidade de leite vegetal que consomem por dia, nas vossas necessidades nutricionais e energéticas e também na preferência do sabor. Dediquem algum tempo na ida ao supermercado a analisar os rótulos das bebidas vegetais e escolham aquelas que mais vos transmitirem confiança, cujos ingredientes são poucos e familiares.

Espero mesmo que este artigo lhe seja útil e contribua para que vocês consigam escolher o melhor leite vegetal e ter uma alimentação mais conscientes! Comentem em baixo e partilhem as vossas impressões! A segunda parte deste artigo será então “Leites vegetais – As melhores opções do marcado” e está neste momento “no forno”!

Leite de pevides de abóbora

Já há muito tempo que não partilho uma receita bem básica aqui no blog. A receita de hoje é a de um leite vegetal muito económico e ao mesmo tempo nutritivo e delicioso!

Confesso que não faço com muita frequência leites vegetais. Nunca tive o hábito de beber leite, nos batidos prefiro e nas papas prefiro usar água…mas há pratos e momentos em que um bom leite vegetal calha muito bem, certo?

Já encontram aqui no site a receita do leite de coco, que adoro. Ambas as receitas são o mais “zero waste” possível! Podem usar qualquer um destes leites para preparar leite dourado ou  cacau quente vegan.

A receita deste leite de pevides de abóbora surgiu como vontade de aproveitar as pevides de uma maneira diferente, depois de ter cozinhado abóbora. Normalmente, seco as pevides no forno, para depois ir trincando-nas como petisco. Mas a verdade é que nem sempre é prático ligar o forno para torrar as sementes.

Foi então que me surgiu a ideia de triturar as sementes cruas inteiras e com as cascas para fazer um leite vegetal. Para além de muito prático e rápido, é nutricionalmente denso. As sementes de abóbora são ricas em minerais como zinco, potássio e magnésio, gorduras saudáveis (ómegas 3) e ainda vitaminas do complexo B, A e E.

 O processo de triturar as sementes com a casca permite aproveitar extrair ainda mais estes nutrientes, sendo que normalmente é uma parte da semente que não é aproveitada. O resíduo que resta depois de fazer o leite constitui praticamente só fibra, não havendo grande perda nutricional.

Depois de preparado, o leite deve ser guardado no frigorífico, numa garrafa de vidro, até 3 dias.

Vamos então à receita?


Leite de pevides de abóbora
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Ingredientes
  • Pevides de 1 abóbora Hokkaido/abóbora-menina (ou de média abóbora grande)
  • 3 tâmaras sem caroço
  • Pitada de canela
  • 1 Litro de água quente
Instruções
  1. Retire as fibras das sementes de abóbora e passe as mesmas por água.
  2. Coloque numa liquidificadora as pevides (com as cascas), 3 tâmaras sem caroço, pitada de canela e 1 litro de água quente. Processe durante alguns minutos, dependendo da potência da liquidificadora.
  3. Coe o leite com a ajuda de um saco de pano.
  4. Guarde em garrafas de vidro, até 3 dias.

 

Assado de feijoca & grelos

Já há algum tempo que não publico receitas de pratos principais, por isso hoje é o dia! Este assado é uma receita perfeita para partilhar com família ou amigos, seja a um jantar de semana, ou num dia especial.

Fiz esta receita a pensar precisamente em ingredientes simples, que se possam encontrar em qualquer loja local. Confesso que, como produtora de receitas e amante de culinária, adoro ingredientes diferentes, daqueles que só se encontram em lojas especializadas. No entanto, reconheço que nem toda as pessoas têm acesso a este tipo de produtos.

Muitas vezes perguntam-se onde os vegetarianos fazem as suas compras. E eu dou sempre a mesma resposta: “Em todo o lado!”. É possível fazer refeições 100% vegetais, saudáveis e apetitosas com ingredientes humildes e acessíveis a todos: vegetais, leguminosas, cereais. É precisamente o caso desta receita. Feita com muitos ingredientes tipicamente portugueses e sabores familiares.

O único ingrediente mais incomum desta receita são as natas vegetais. Mas, a boa notícia é que podem ser substituídas por leite vegetal (sem açúcar), molho de caju ou mesmo azeite. O objetivo é tornar o assado mais suculento, por isso todas estas opções irão servir.

Se gostam de receitas com broa como esta, experimentem também o Tofu marinho com broa & a melhor batata assada. Vão adorar ambas!

Vamos então à receita?


Assado de feijoca & grelos
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Prato principal
Cozinha: Vegano, sem glúten
Porções: 4 porções
Ingredientes
  • 300gr de feijoca cozida (podem usar feijão branco)
  • 300gr de batata (1 batata grande/2 médias), descascada e cortada em “chips”
  • 130gr de grelos, picados grosseiramente
  • 150ml de natas vegetais (usei de soja)
  • 6 dentes de alho, picados
  • 2 colheres de sopa de azeite
  • Pimenta preta moída na hora q.b.
  • Sal grosso q.b.
  • Para a broa:
  • 100gr de broa de milho
  • 2 colheres de sopa de azeite
  • Ramo de salsa fresca
  • 2 dentes de alho
  • Pitada de sal grosso
Instruções
  1. Numa frigideira grande ou wok, aquecer 1 colher de sopa de azeite de saltear os alhos picados, até liberarem o aroma.
  2. Adicionar os grelos e saltear durante cerca de 2 minutos, até diminuírem de volume.
  3. Entretanto, preparar a mistura da broa, colocando num processador a broa de milho, os alhos, a salsa, o azeite e temperar com um pouco de sal. Processar até ficar homogéneo.
  4. Uma vez prontos os grelos e a broa, pré-aquecer o forno a 180ºC o montar o assado.
  5. Numa travessa de forno, colocar a restante colher de sopa de azeite e dispor as chips de batata. Temperar com um pouco de sal e pimenta preta. De seguida, dispor os grelos e voltar a temperar ligeiramente.
  6. Regar a camada dos grelos com um pouco de natas vegetais e colocar a feijoca, voltando a regar com as natas. Finalizar com a camada de broa e levar a assar, a 180ºC, durante 35-40 minutos (com o tabuleiro colocado na parte de baixo do forno, para a broa não queimar).
Notas
As natas vegetais podem ser substituídas por leite vegetal (sem açúcar), molho de caju ou mesmo azeite. O objetivo é tornar o assado mais suculento, por isso todas estas opções irão servir.

 

Tofu marinho com broa & a melhor batata assada

Estamos a alguns dias do Natal do ano de 2018! Nem acredito que este ano está a chegar ao fim…sei que toda a gente diz sempre isso, mas é verdade que passou num piscar de olhos.

Com a chegada da época natalícia, chegam também muitas vezes os exageros: na alimentação, nas prendas, no álcool, enfim, em tudo. É uma altura em que a prosperidade e a abundância são associados ao bem-estar.

Nas mesas tradicionais portuguesas, abundam as entradas, os petiscos, o bacalhau, o peru, e doces. Dezenas deles, certo? Apesar de nenhuma sugestão tradicional de natal ser minimente de base vegetal (penso eu), hoje em dia já são muitas as famílias a optar por receitas vegetarianas.

Elaborei várias receitas especialmente pensadas no Natal (mas que dão para qualquer ocasião especial) para o workshop “Mesa de Natal Vegetariana”, que aconteceu no Porto no passado dia 17 de Dezembro. Foi um workshop com muitas caras conhecidas (participantes habituais) e o feedback foi excelente.

Decidi então partilhar duas das receitas aqui no site Dicas da Oksi, para todos vocês terem a oportunidade de ter uma opção 100% vegetal na vossa mesa festiva! Ambas foram aprovadas pelos participantes do workshop e compõem-se em pouco tempo.

Para o prato principal, sugiro então tofu marinho com broa. Esta é uma receita excelente para quem não tem muito tempo de preparar a ceia e agrada àqueles que normalmente não gostam de tofu. Nesta receita, as algas nori (as que são usadas em sushi) dão um toque especial à receita, com aroma a mar.

Para acompanhar, uma das minhas receitas preferidas de sempre – a melhor batata assada. É uma receita que já faço há muito tempo e que surpreenda a toda a gente. A junção de alecrim, alho, azeite e vinagre confere um sabor especial à um ingrediente tão versátil como a batata.

Podem fazer as duas receitas ao mesmo tempo no forno, tendo em conta que a batata demora cerca de 20 minutos a mais a assar do que o tofu.

Se experimentarem as receitas, enviem-me as fotografias e então identifiquem a minha conta de facebook ou instagram. Vou amar ver!

Deixo de seguida então as receitas. Festas felizes para todos!


Tofu marinho com broa
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Prato principal
Cozinha: Vegano, sem glúten
Porções: 4 doses
Ingredientes
  • 500gr de tofu firme
  • 4 folhas de alga nori (de sushi), cortadas em retângulos pequenos
  • 4 colheres de sopa de molho de soja
  • 2 colheres de sopa de azeite
  • Pitada de pimenta preta

  • Para a crosta:
  • 200gr de broa de milho
  • 3 colheres de sopa de azeite
  • 2 dentes de alho
  • Pitada de pimenta preta
  • Sal grosso q.b.
Instruções
  1. Colocar num processador todos os ingredientes da crosta, e processar até obter uma consistência fina.
  2. Secar bem o bloco de tofu com papel de cozinha limpo. Cortar o bloco em fatias finas, do mesmo tamanho (criado assim “filetes”).
  3. Temperar cada pedaço com pimenta preta, molho de soja e azeite.
  4. Entre os “filetes”, colocar uma folha de de alga nori.
  5. Fazer duas-três camadas alternadas e finalizar com broa por cima.
  6. Levar a assar ao forno pré-aquecido a 180ºC, durante cerca de 40 minutos.
  7. Servir com “a melhor batata assada”.
Notas
NOTA: em vez de fazer camadas com filetes de tofu e algas, podem fazer uma versão aberta, fazendo recortes no bloco de tofu quase em todo o cumprimento, tal como numa das fotos do workshop em cima.

A melhor batata assada
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Acompanhamento
Cozinha: Vegan, sem glúten
Porções: 4 doses
Ingredientes
  • 800 gr de batatas pequenas, com casca e cortadas a meio
  • 16-20 dentes de alho, esmagados com a casca
  • 10 colheres de sopa de azeite
  • 10 colheres de sopa de vinagre de maça
  • 2 ramos de alecrim fresco
  • 2 colheres de chá de sal grosso
  • Pitada de pimenta preta
Instruções
  1. Colocar numa panela as batatas e cobrir com água. Levar a cozer durante 10 minutos, até ficarem ligeiramente tenras.
  2. Entretanto, numa tigela, misturar o azeite, o vinagre, o sal, a pimenta, as folhas de alecrim e os dentes de alho.
  3. Colocar numa travessa de forno as batatas pré-cozidas e regar com o tempero e com um pouco de extra de azeite por cima.
  4. Levar ao forno pré-aquecido a 180ºC, durante cerca de 60 minutos.

 

Cacau quente vegan

Aqui no Dicas da Oksi continuamos com as receitas perfeitas para os dias frios. E quem não adora uma boa bebida quente nesta altura? Já encontram a receita do Leite Dourado aqui no site, que adoro e que ajuda a manter afastadas as constipações.

Desta vez, trago-vos uma receita mais gulosa: o melhor cacau quente vegan. Esta foi mais uma receita que preparei noshowcooking no evento El Mag da revista Saber Viver, em Lisboa no passado dia 11 de Novembro de 2018. As papas de quinoa também fizeram parte do programa e já partilhei a receita aqui.

Umas deliciosas papas de quinoa e cacau quente para um pequeno-almoço especial de inverno, parece-vos bem? A verdade é que ambas as receitas são perfeitas para qualquer altura do dia!

Para esta receita do cacau quente, podem utilizar qualquer leite vegetal. Pessoalmente, acho que fica com agradável com leite vegetal de amêndoa ou leite vegetal de coco. Em relação ado adoçante, tenho adorado usar o xarope de tâmaras. No entanto, podem substituir por qualquer adoçante líquido ou algum sólido que dissolva bem (o açúcar de coco, por exemplo, não dissolve muito bem).

A manteiga de cacau é o ingrediente chave da receita, pois é ela que vai dar cremosidade e riqueza à bebida. Sei que não é um ingrediente muito comum, mas eu uso este que podem adquirir com 10% de desconto com o código OKSI (também encontram no site o cacau, necessário para esta receita). No entanto, se não encontrarem, podem usar óleo de coco em vez da manteiga de cacau.

Algumas receitas de cacau quente utilizam diferentes espessantes (amido de milho, araruta, entre outros…), no entanto, eu evito o seu uso. A textura ideal deste cacau é conseguida quando depois de pronto, é deixado arrefecer ligeiramente. Isto acontece porque a manteiga de cacau derrete perante temperaturas altas e volta a solidificar quando a temperatura baixa.


5.0 from 1 reviews
Cacau quente vegan
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Bebidas
Cozinha: Vegan, sem glúten
Porções: 2 doses
Ingredientes
  • 400 ml de leite vegetal (podem usar de coco)
  • 50gr de manteiga de cacau
  • 3 colheres de sopa de cacau puro
  • 3 colheres de sopa de xarope de tâmaras
  • Pitada de pimenta caiena em pó
Instruções
  1. – Colocar o leite e a manteiga de cacau num tacho e aquecer até a manteiga derreter completamente.
  2. – Adicionar o cacau e o xarope de tâmaras e misturar muito bem os ingredientes (podem usar uma mini vara de arames).
  3. – Quando a bebida estiver homogénea e da temperatura desejada, está pronta!

 

Papas de quinoa

Chega o frio e, com ele, muda não só a temperatura, mas também os nossos hábitos. Uma das coisas que ajusto sempre com o passar das estações é a alimentação. Durante o frio, os ingredientes da época mudam e o nosso corpo precisa também naturalmente de alimentos mais cozinhados, mais reconfortantes e quentes.

Durante muitos anos e especialmente durante as estações frias, comi papas de aveia para o pequeno-almoço. Era sempre a refeição típica em casa dos meus pais, sempre com muitos toppings de fruta. No entanto, especialmente no último ano, tenho tido uma relação de amor-ódio com a aveia.

Amo a aveia pelo seu sabor, características nutricionais e versatilidade, no entanto, o meu corpo não a aceita bem. Depois de alguns meses de experiências (como apaixonada pela nutrição adoro testar tudo em mim), percebi que era a aveia que me provocava um intenso inchaço abdominal.

Comecei então a pensar em alternativas para papas doces e lembrei-me da quinoa. Para quem não conhece, a quinoa é um pseudocereal, muito nutritivo e sem glúten sobre o qual já falei neste artigo. Tem a vantagem de ter todos os aminoácidos essenciais, mas ser leve e de fácil digestão.

Assim, comecei a fazer experiências com papas de quinoa e fiquei rendida. Alias, fiquei tão fã, que esta foi uma das receitas que fiz no showcooking no evento El Mag da revista Saber Viver, em Lisboa no passado dia 11 de Novembro de 2018. O tema foram “Receitas vegetarianas para o frio” e preparei leite de amêndoa caseiro, chocolate quente vegan e, claro, as papas de quinoa.

Durante o evento esteve um dia muito frio e chuvoso, perfeito para as receitas realizadas. Os participantes, que foram muitos, adoraram as receitas, pelo que vos trago hoje uma delas. Durante as próximas semanas irei publicar também a receita do chocolate quente vegan!

Vamos então aprender a fazer papas de quinoa?

4.0 from 1 reviews
Papas de quinoa
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Pequeno-almoço
Cozinha: Vegano, Sem glúten
Porções: 2 porções
Ingredientes
  • 100gr de quinoa crua, se possível, demolhada na véspera
  • 400ml de leite vegetal (podem usar caseiro de coco)
  • 2 raspas de limão
  • 3 colheres de sopa de xarope de tâmaras (ou açúcar de coco) - opcional
  • 1 pau de canela
  • Toppings: diospiros, phisalis, mirtlos e amêndoas
Instruções
  1. Coloque num tacho a quinoa, o leite, as raspas de limão e o pau de canela.
  2. Deixe levantar fervura e cozinhe em lume médio durante 15 minutos, mexendo constantemente.
  3. Quando estiveres cremosas, desligue e adicione o xarope de tâmaras.
  4. Coloque as papas numa taça e finalizar com os toppings desejados.
Notas
Em vez de fazer esta receita com quinoa crua, podem por usar a quinoa já cozida, sendo assim mais rápida a preparação. A quinoa simples deve ser cozida com o dobro da água e aguenta 3-4 dias no frigorífico.

 

As melhores trufas de cacau + ida ao Porto Canal

Esta é das receitas que mais vezes faço para mim própria. Adoro ter os meus snacks à mão e gosto de sejam práticos para levar na marmita. Ao longo dos anos, já fiz dezenas de versões diferentes desta receita…mas a minha preferida continua a ser a que vos trago hoje!

Há algumas semanas recebi o convite para voltar ao programa “Olá Maria” do Porto Canal. Já lá fui várias vezes preparar receitas deliciosas em direto, podem rever todos os vídeos no separados Média aqui do site.

Desta vez, resolvi então fazer estas trufas no programa. Levam apenas alguns ingredientes, são cruas e satisfazem o paladar de todos os miúdos e graúdos.

As trufas foram aprovadas no programa e recebi imensos pedidos da vossa parte para colocar a receita no site Dicas da Oksi. Por isso, deixo de seguida a minha participação no programa (cliquem na foto para verem o vídeo) e encontram a receita no final deste artigo.

A base destas trufas são tâmaras e os cajus. A combinação de fruto seco com oleaginosa torna estas trufas muito saciantes e completas a nível nutricional. Gosto de usar a pasta de tâmaras por ser mais moldável e prática, no entanto, podem usar a mesma quantidade de tâmaras sem caroço. Em relação à oleaginosa, ficam mais saborosas com cajus; no entanto, podem usar amêndoas ou nozes.

O “toque de magia” delas encontra-se na adição do cacau e das raspas dos citrinos. Normalmente usamos o sumo/miolo dos limões e laranja e descartamos a sua parte dos aromática – a casca. Esta é uma ótima maneia de aproveitar as raspas e muitas vezes também as uso para fazer infusões.


5.0 from 1 reviews
As melhores trufas de cacau
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Lanche/petisco
Cozinha: Vegan, Sem glúten
Porções: 25 trufas
Ingredientes
  • 350gr de pasta de tâmaras ou tâmaras sem caroço
  • 150gr de cajus crus
  • 3 colheres de sopa de cacau puro
  • 2 colheres de sopa de óleo de coco
  • Raspa de 1 limão
  • Raspa de 1 laranja
  • Toppings: cacau puro, coco ralado, spirulina em pó, bagas goji, sementes de papoila.
Instruções
  1. Colocar os cajus num processador de alimentos e processar até obter uma consistência relativamente fina, mas com alguns pedaços.
  2. Adicionar a pasta de tâmaras (em pedaços pequenos), o cacau, o óleo de coco e as raspas de citrinos. Voltar a processar tudo até obter a consistência de moldar (se necessário, adicionar mais um pouco de óleo de coco).
  3. Moldar as trufas com as mãos e passa-las pelos toppings desejados.
  4. Guardar num recipiente guardado no frigorífico, até 2 semanas.

 

O melhor tofu mexido

Não sei como vocês, mas eu adoro refeições práticas e universais! Daquelas que podem ser tanto pequeno-almoço, como almoço e jantar.

Nestes casos, proteínas como o tofu ajudam imenso pois são fáceis e rápidas de cozinhar e podem ser preparadas de variadas maneiras.

Para quem não sabe, o tofu é um subproduto da soja, feito com leite de soja fresco coagulado. Já fiz tofu muitas vezes em casa e o processo é bastante simples e muito semelhante ao processo da produção de queijo fresco. O processo de demolha, extração do leite de soja e a coagulação facilita a digestão da soja, pois neste processo é removida a casca e são repartidas as proteínas.

É um facto que é um produto processado. Mas, uma sopa ou um batido também são produtos processados, pois não são encontrados tal como são na natureza. Sou apologista de consumo de produtos naturais e integrais, mas, não sou extremista em relação aos produtos minimamente processados. Se é possível de fazer em casa com equipamentos básicos, o processamento não é extremo.

No blog Dicas da Oksi antigo tinha uma receita de tofu mexido que vocês adoravam, mas era mais básica do que esta. Há alguns dias, a Joana do blog Just Natural Please (que adoro!)  fez a minha receita de tofu para o rebento dela. Fiz uma sontagem no meu instagram a perguntar se vocês gostavam de ter esta receita atualizadas e, como a resposta foi positiva, aqui está ela!

Desta vez, para além de tofu, sugiro diferentes legumes que combinam na perfeição. No entanto, podem usar outros legumes (seguindo a técnica de adicionar um de cada vez) ou seguir apenas os primeiros passos, obtendo um tofu mexido simples.

Nesta receita, é usado mais uma vez um dos meus ingredientes preferidos – a curcuma. Já falei sobre os benefícios dessa raíz da receita da Sopa completa & anti-inflamatória. Neste caso, a curcuma dá uma cor dourada ao tofu, fazendo um pouco lembrar os ovos. A verdade é que o sabor não é muito semelhante, mas o aspeto e a consistências fazem lembrar os ovos mexidos.

Pessoalmente, gosto de acompanhar este tofu com uma torrada de pão de fermentação natural, com arroz integral ou algum pseudocereal. A receita é muito completa, pelo que basta acompanhar com uma fonte de hidratos de carbono.

 

O melhor tofu mexido
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Prato principal
Cozinha: Vegan, Sem glúten
Porções: 2 doses
Ingredientes
  • 250 gr de tofu
  • 150 de cogumelos marron (ou outros cogumelos frescos), fatiados
  • 100 de tomate cherry, cortado as metades
  • 30 gr de espinafres frescos (mão cheia)
  • ½ cebola roxa, cortada em meias luas
  • 1 colher de sopa de óleo de coco
  • ½ colher de chá de curcuma em pó
  • Pitada de mistura de 4 pimentas
  • Pitada de sal grosso marinho
Instruções
  1. Esmagar o tofu com a mão, criando pedaços uniformes.
  2. Numa frigideira antiaderente funda ou um wok, aquecer metade do óleo de coco e saltear o tofu até ficar seco dourado (cerca de 3 min).
  3. Temperar o tofu com sal grosso, mistura de 4 pimentas e curcuma e reservar.
  4. Na mesma frigideira, adicionar o restante óleo de coco e adicionar a cebola roxa. Saltear durante cerca de 2 minutos, ou até ficar dourada.
  5. Adicionar os cogumelos, temperando com um pouco de sal. Voltar a saltear até ficarem tenros, mas não demasiado moles.
  6. Adicionar o tomate cherry, misturando todos os ingredientes e aquecendo o mesmo.
  7. Por fim, adicionar os espinafres e deixar o cozinhar cerca de 1 minuto.
  8. Voltar a adicionar o tofu e envolver tudo. Servir imediatamente numa tosta ou juntamente com o cereal ou pseudocereal preferido (arroz, quinoa, millet...)

 

Panquecas vegan e sem glúten

Hoje vamos aprender a fazer deliciosas panquecas vegan e sem glúten! Quem adora umas belas panquecas para um pequeno-almoço de fim-de-semana (ou outro dia qualquer!)?

O desafio de preparar panquecas vegan e sem glúten

Pessoalmente, prefiro as panquecas ao lanche e de manhã os meus batidos crus. Costumo fazer grandes doses de panquecas para vários dias, são um ótimo lanche para levarmos connosco para todo o lado!

Como já sabem, por aqui no Dicas da Oksi tudo é 100% vegetal. O que por si só pode ser um desafio na hora de fazer panquecas! Mas, para além disso, criei esta receita também sem glúten (e sem aveia, que muitas vezes tem vestígios de glúten) pois sei que muitos de vocês o evitam o seu consumo.

Sobre farinhas sem glúten

Quando procuramos substituições de farinhas sem glúten, são muito raras as vezes em que uma farinha só é suficiente para um resultado final satisfatório. Isto acontece porque os cereais com glúten, graças à esta proteína, dão um efeito de “puxa-puxa” e leveza aos pães, bolos, panquecas, etc.

Para alem disso, cereais como trigo, centeio e cevada são naturalmente ricos em proteína, dando consistência aos cozinhados. O mesmo não acontece com cereais sem glúten, por isso, para obter o efeito desejado, cada receita deve ter a sua própria combinação.

Como dou preferência a farinhas integrais e evito o uso de gomas e amidos, estas panquecas não ficam muito “altas e fofas”. Para obter umas panquecas mais ao estilo americano, é necessário usar farinhas e amidos refinados. Assim, não será uma opção tão saudável. No entanto, se gostavam que apresentasse aqui uma versão de panquecas deste género, digam nos comentários!

Quanto rendem estas panquecas?

Esta receita rende cerca de 10 panquecas médias e elas são extremamente saborosas, saciantes e nutricionalmente completas! Usei farinha de trigo sarraceno, que é um pseudocereal rico em proteína e farina de arroz, para dar alguma leveza.

Vamos à receita destas panquecas vegan e sem glúten?


4.0 from 1 reviews
Panquecas vegan & sem glúten
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Pequeno-almoço
Cozinha: Vegan, Sem glúten
Porções: 10 panquecas médias
Ingredientes
  • 160ml de leite vegetal
  • 50gr de farinha de arroz integral
  • 50gr de farinha de trigo sarraceno
  • 1 colher de sopa (rasa) de sementes de linhaça moídas
  • 1 colher de sopa de geleia de agave (ou outro adoçante líquido)
  • 1 colher de chá de bicarbonato de sódio
  • 1 colher de chá de vinagre de maça
  • Pitada de sal grosso marinho
  • 1 colher de sopa de óleo de coco (para untar)
Instruções
  1. Comece por misturar numa taça a farinha de arroz, a farinha de trigo sarraceno, a linhaça moída e o sal.
  2. Adicione o leite vegetal e a geleia de agave e volte a misturar até obter uma consistência homogénea. Se necessário, adicione mais um pouco de leite.
  3. Por fim, adicione o bicarbonato de sódio e abafe o mesmo com vinagre de maçã (coloque o vinagre por cima do bicarbonato)
  4. Aqueça uma frigideira ou crepeira antiaderente com um pouco de óleo de coco.
  5. Forme as panquecas, deitando com cuidado uma colher de sopa grande da massa na frigideira. Cozinhe as panquecas em lume médio, durante cerca de 2 min. do primeiro lado e 1 min. do segundo lado.
  6. Sirva com iogurte natural e fruta da época!

 

Pseudocereais que tens de conhecer

Quando se fala em cereais integrais, a maioria das pessoas pensa em “eu não tenho tempo para isto”. É um um facto que a maioria dos cereais integrais demora algum tempo a preparar, como é o caso do arroz, aveia, cevada e trigo. Por exemplo, um dos cereais mais populares em Portugal é o arroz, sendo que a sua versão branca demora 10 minutos a ficar pronta e a sua versão integral demora cerca de 40 minutos.

No entanto, não é este o caso de muitos cereais. Dentro da família dos cereais, existem culturas denominadas de pseudocereais – plantas que segundo o ponto de vista biológico são consideradas sementes, no entanto, na nossa cultura são consumidas como cereais integrais (McKeown et al, 2013).

É importante referir uma possível desvantagem dos pseudocereais. Na maioria não são produzidos em Portugal, sendo importados. No entanto, têm sido feitos progressos neste sentido e já é possível encontrar Quinoa de origem portuguesa, por exemplo. Assim, é importante verificar a origem ao comprar o produto.

A Quinoa é original de Peru e foi um verdadeiro ouro trazido pelos incas. Tal como os alimentos de origem animal, é uma proteína completa e é de fácil digestão. Misturas de quinoa com alguma fonte de gordura era usadas pelos incas como “bolas de guerra”, fornecendo energia para as tropas enquanto elas marchavam pelos Andes  (Small 2013).

Existem três variedades diferentes de Quinoa – branca, vermelha e preta. É possível encontrar à venda misturas dos três tipos deste pseudocereais, que são interessantes por proporcionar texturas (a Quinoa branca é a mais suave) e nutrientes ligeiramente diferentes.

Principais características da quinoa:

  • Contém todos os amino-ácidos essenciais, sendo uma proteína completa
  • Naturalmente sem glúten
  • Fonte de beta-caroteno (Graf et al, 2015)
  • Rica em magnésio
  • Fonte de fibra
  • Rica em ferro e folato

Dizem que foi graças ao trigo sarraceno que a antiga URSS ganhou a II guerra mundial. O trigo sarraceno – também conhecido por kasha(a sua versão torrada a seco), é original da Rússia e, tal como a Quinoa, é nutricionalmente completo.

É um alimento mais consumido no inverno do que no verão e pode ser usado tanto como acompanhamento, como em saladas frias e papas doces quentes (era um dos meus pratos preferidos quando era criança).

O trigo sarraceno é rico em flavonoides – fitonutrientes encontrados em produtos de origem vegetal que parecem contribuir para a promoção da saúde, nomeadamente a redução do colesterol (Kayashita et al, 1997), a regulação da hipertensão (Ma et al, 2006) e o controlo da inflamação e diabetes (Kawa et al, 2003).

Principais características nutricionais do trigo sarraceno *:

  • Contém todos os amino-ácidos essenciais, sendo uma proteína completa
  • Naturalmente sem glúten
  • Rico em magnésio e cobre
  • Fonte de fibra
  • Fonte de flavonoides

A associação mais antiga que eu tenho deste cereal parte da minha infância – dar de o comer às galinhas (na Ucrânia é mais comum como alimento para animais, do que para os humanos). A verdade é que o Millet tem as características perfeitas para todos: é nutritivo, de extremamente fácil digestão e ainda tem a capacidade de acalmar o estômago. O consumo de Millet é reforçado aquando de transtornos gastro-intestinais, especialmente a combinação do Millet com abóbora cozida (combinação muito popular na macrobiótica e nos países de leste).

Millet é considerado um alimento funcional por fornecer fibra dietária, proteínas, energias, minerais, vitaminas e anti-oxidantes essenciais a saúde humana (Saleh et al, 2013).

Principais características nutricionais do millet*:

  • Contém todos os amino-ácidos essenciais, sendo uma proteína completa
  • Naturalmente sem glúten
  • Fonte de magnésio, cobre e cálcio
  • Fonte de vitaminas do completo B (com exceção da B12)

Já conheciam estes alimentos? Costumam consumi-los? Partilhem nos comentários as vossas experiências!

Referências:

Graf, B. L., Rojas‐Silva, P., Rojo, L. E., Delatorre‐Herrera, J., Baldeón, M. E., & Raskin, I. (2015). Innovations in health value and functional food development of quinoa (Chenopodium quinoa Willd.). Comprehensive reviews in food science and food safety14(4), 431-445.

Kawa, J. M., Taylor, C. G., & Przybylski, R. (2003). Buckwheat concentrate reduces serum glucose in streptozotocin-diabetic rats. Journal of Agricultural and Food Chemistry51(25), 7287-7291.

Kayashita, J., Shimaoka, I., Nakajoh, M., Yamazaki, M., & Kato, N. (1997). Consumption of buckwheat protein lowers plasma cholesterol and raises fecal neutral sterols in cholesterol-fed rats because of its low digestibility. The Journal of Nutrition127(7), 1395-1400.

Ma, M. S., Bae, I. Y., Lee, H. G., & Yang, C. B. (2006). Purification and identification of angiotensin I-converting enzyme inhibitory peptide from buckwheat (Fagopyrum esculentum Moench). Food chemistry96(1), 36-42.

McKeown NM, Jacques PF, Seal CJ, de Vries J, Jonnalagadda SS, Clemens R, Webb D, Murphy LA, van Klinken JW, Topping D, Murray R, Degeneffe D, Marquart LF. 2013. Whole grains and health: from theory to practice – highlights of the Grains for Health Foundation’s Whole Grains Summit 2012. J Nutr 143(5):744S-58S.

Saleh, A. S., Zhang, Q., Chen, J., & Shen, Q. (2013). Millet grains: nutritional quality, processing, and potential health benefits. Comprehensive Reviews in Food Science and Food Safety12(3), 281-295.

Small E. 2013. Quinoa—is the United Nations’ featured crop of 2013 bad for biodiversity? Biodiversity 14(3):169–79.

*  segundo a ferramenta cronometer.com

Granola de quinoa

Confesso que não tenho por hábito fazer granola muitas vezes, mas adoro sentir aquele aroma delicioso a perfumar a cozinha e a ter algo crocante para juntar aos iogurtes ou taças de batidos.

Esta receita em particular surgiu num dia em que me tive esta vontade, mas não tinha nem aveia nem oleaginosas em casa. Assim, à primeira vista, seria missão impossível fazer granola!

Pensei melhor e surgiu-me a ideia de fazer uma granola com base em quinoa, que é um pseudo-cereal extremamente completo nutricionalmente e tem todos os amino-ácidos essenciais, sendo uma proteína completa. Nunca tinha visto nenhuma granola de quinoa e pensei “Porque não?” E assim foi!

A verdade é que o resultado foi delicioso, a quinoa adquiriu uma textura completamente diferente e crocante! Adicionei também lascas de coco (que só se devem juntar no final por queimarem muito facilmente) e pepitas de cacau cruas, para dar um toque mais crocante e intenso.

Em relação ao adoçante, usei melaço de cana, que parece ser uma das melhores opções entre diferentes adoçantes *1. O melaço tem um sabor e cor intensos, mas em receitas em que se usa o cacau, penso que resulta muito bem.


Granola de quinoa
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Lanche/petisco, Pequeno-almoço
Cozinha: Vegan, Sem glúten
Porções: 500gr
Ingredientes
  • 200 gr de quinoa, previamente demolhada durante 8-12h
  • 100 gr de lascas de coco
  • 100 gr de passas (ou outro fruto-seco)
  • 50 gr de pepitas de cacau
  • 3 CS de melaço de cana (ou outro adoçante líquido)
  • 2 CS de cacau em pó
  • 1 CS de óleo de coco
Instruções
  1. Colocar a quinoa num tabuleiro e levar ao forno pré-aquecido a 170ºC durante 15 min, até voltar a secar e ficar ligeiramente crocante.
  2. Misturar o óleo de coco com o melaço e o cacau em pó e envolver a quinoa com este xarope. Voltar a levar ao forno durante cerca de 15 min ou até torrar ligeiramente.
  3. Desligar o forno, juntar as lascas de coco por cima de quinoa e levar ao forno até ligares ligeiramente torradas, com o calor residual.
  4. Deixar arrefecer o preparado e misturar, por fim, as passas e as pepitas de cacau. Está pronta!

*1 M. P. Katherine and H. C. Monica. Total antioxidant content of alternatives to refined sugar. J Am Diet Assoc. 2009 Jan;109(1):64-71.

Leite de coco (a partir de coco inteiro)

Desta vez partilho com vocês a minha técnica para fazer leite de coco caseiro! Este leite é especial, pois para o preparar utilizo um coco seco inteiro em vez de coco ralado de pacote.

A maioria das receitas de leite de coco utilizam coco ralado ou concentrado de coco. No entanto, podem encontrar cocos inteiros em grandes superfícies como El Corte Inglés, Jumbo, Continente e Pingo Doce. O preço dos cocos costuma rondar os 1.99/kg, sendo que cada coco fica geralmente por menos de 1 euros. Ora, como cada embalagem de coco ralado custa também à volta de 1 euros, compensa muito utilizar o coco inteiro!

 

Mas se o preço é o mesmo, porque é que compensa mais utilizar o coco inteiro?

Primeiro, porque compramos um ingrediente no seu estado natural em vez de embalado (sendo assim também mais sustentável). Segundo, porque a partir de um coco inteiro obtemos um resíduo de melhor qualidade do que o resíduo a partir do coco ralado. Este resíduo pode ser utilizado ao natural em bolachas, bolos etc ou desidratado e processado até obter uma farinha. Em último lugar, utilizado o coco inteiro resulta num leite mais cremoso e doce.

Esta é uma versão básica e neutra do leite de coco, sem adição de adoçantes e especiarias. Gosto de fazer o leite neutro pois torna-se mais versátil no posterior uso em receitas.

No entanto, se desejarem obter um produto final mais doce e aromático para ser apreciado ao natural, podem adicionar à receita 5 tâmaras e uma pitada de canela em pó – que serão processados juntamente com o coco.

Este leite é perfeito para servir como base para o leite dourado ou matcha latte.


Leite de coco (a partir de coco inteiro)
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Bebidas
Cozinha: Vegano, Sem lactose
Porções: 1 litro
Ingredientes
  • 1 coco inteiro partido, separado da casca *
  • 1 Litro de água morna
Instruções
  1. Passar os pedaços de coco por água (por causa do resíduo da casca), cortá-los em tiras finas e colocar na liquidificadora.
  2. Adicionar a água e processar até o coco ficar em papa.
  3. Filtrar o leite utilizando um tecido ou coador (o último resíduo vai ser mais escuro, por causa da casca interior do coco; dependendo do uso que vão dar ao resíduo, guardem esta parte ou não!)
  4. E está pronto para ser transferido para os frascos, de preferência de vidro!
Notas
* Para partir o coco: com a ponta de uma faca, espetar cada uma das três saliências no topo do coco. Uma das saliências vai ser mole; abrir esta saliência e retirar a água de coco. Colocar o coco dentro de vários sacos velhos e, de num local exterior, bater com o coco no chão algumas vezes, até ficar partido em pedaços pequenos.

 

 

Manteiga corporal caseira

Um bom crepe de corpo foi algo que nunca dispensei e confesso que era viciada nos bodybutter de compra de todos os cheiros possíveis e sabores possíveis. No entanto, quando comecei a procurar um estilo de vida ainda mais natural, saudável e sustentável, percebi que estes iriam deixar de ser uma opção.

Praticamente qualquer creme de corpo comprado numa superfície comercial vai ter conservantes, aromas e outros aditivos químicos. Já para não falar do desperdício que geral as embalagens – são sempre de plástico e um crepe de corpo é um produto que se gasta relativamente rápido.

Apesar de adorar utilizar óleos vegetais puros como hidratantes (tanto no corpo, como na cara), às vezes sinto a necessidade de ter um produto com uma consistência diferente e com um aroma mais pronunciado.

Então, depois de testar muitas diferentes versões, comecei a fazer a minha própria alternativa às manteigas corporais. Ao contrário de um creme normal, uma manteiga corporal é mais concentrada, mais hidratante e à base de óleos, sendo assim perfeita para peles secas.

Neste caso, por apenas incluir ingredientes naturais, é também adequado a peles sensíveis, atópicas e recativas.A minha pele preenche todos os três requisitos então sou a combaia perfeita!

Depois de cerca de 2 anos a hidratar o corpo com este tipo de manteigas, óleos vegetais puros e também por vezes gel de aloé vera, posso-vos garantir que tenho a pele muito mais hidratada e suave, mesmo que algum dia não os use. Assim, tenho notado que este tipo de produtos naturais nutrem a pele a longo prazo.

No caso desta receita em particular, uso o azeite como a base, por ser um produto local para nós e cheio de benefícios para a nossa pele. Por outro lado, a manteiga de karité também é necessária, por ser muito mais espessa do que o azeite e por dar assim a estrutura desejada ao creme.

Em relação aos óleos essenciais, são opcionais, no entanto, tornam o creme aromático e aumentam os seus benefícios. O óleo essencial de alfazema ajuda a acalmar a pele, a relaxar os músculos e é antibacteriano, sendo eficaz no combate à acne e borbulhas em geral.  O óleo essencial de cravinho constitui um antisséptico natural muito poderoso, prevenindo mordidas de insetos e ajudando a eliminar micoses, verrugas, etc.

 

5.0 from 1 reviews
Manteiga corporal caseira
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Creme caseiro
Porções: 500ml
Ingredientes
  • 300 ml de azeite extra virgem
  • 6 CS de manteiga de karité
  • 10 gotas de óleo essencial de alfazema (opcional)
  • 5 gotas de óleo essencial de cravinho
Instruções
  1. Em banho-maria, derreter a manteiga de karité até ficar líquida (nunca no micro-ondas para não perder as propriedades)
  2. Colocar a manteiga num processador de cozinha (ou copo da varinha mágica), juntamente com o azeite e os óleos essenciais.
  3. Processar até obter uma consistência cremosa e com “picos” relativamente firmes.
  4. Transferir a mistura para um frasco de vidro e guardar no frigorífico durante 3h, ou até solidificar*
  5. *No verão e em alturas quentes a mistura deve ser guardada no frio para manter a sua consistência. No inverno, pode ser conservada fora do frigorífico, sempre num frasco de vidro fechado.

Pataniscas de curgete

Pataniscas sem bacalhau e sem ovos

Sim, é possível fazer pataniscas sem bacalhau! Sei que pataniscas são um petisco português muito popular, no entanto, a sugestão que vos trago hoje é inspirada numa receita de leste.

A versão tradicional leva ovo e farinha de trigo, apesar da estrela do prato ser na mesma a curgete. É uma receita que a minha mãe faz com frequência e, numa das visitas aos Açores, tive a ideia de a adaptar para uma versão 100% vegetal.

 

Sobre a farinha de grão-de-bico

Ao contrário do costume, não foram necessárias muitas tentativas para a receita sair perfeita. Tudo graças à farinha de grão de bico, que substitui muito bem o ovo em receitas salgadas.

É uma farinha com características muito distintas da maioria das farinhas. À nível nutricional, é mais rica em proteína e contém menos hidratos de carbono, por ser de uma leguminosa e não de um cereal; é também de notar que é uma farinha naturalmente sem glúten. À nível culinário, tem um sabor muito mais forte do que outras farinhas e uma consistência mais densa. Assim, não é comum ser utilizada em receitas doces.

 

Como dar a liga, sem os ovos?

A farinha de grão permite obter uma massa cremosa mesmo o ovo, no entanto, gosto sempre de adicionar gel de linhaça (linhaça moída com água) a este tipo de receitas. Para além de tornar a massa mais elástica, a linhaça é sem dúvida um ingrediente que devíamos consumir todos os dias, devido ao seu alto teor em ómegas 3 *1(sim, o mesmo do peixe!). Este nutriente constitui uma preocupação para quem quer optar por uma alimentação 100% vegetal, mas a verdade é que não é exclusivo de fontes animais.

 

Receitas das quais pode gostar:

Pataniscas de Legumes

Grão-omelete de vegetais (vegan)

Hambúrgueres vegan de quinoa & legumes

Vamos então à receita das pataniscas de curgete?

Pataniscas de curgete
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Prato principal
Cozinha: Vegano, Sem glúten
Porções: 6 pataniscas
Ingredientes
  • 1 curgete média (330 gr), ralada
  • 100 gr de farinha de grão de bico
  • Ramo de salsa, picada
  • 1 dente de alho, ralado
  • 1 colher (sopa) de sementes de linhaça moídas
  • 1 colher (chá) de bicarbonato de sódio
  • 1 colher (chá) de vinagre de maça
  • 1 colher (sopa) de óleo de coco
  • Sal e pimenta preta q.b.
  • 50 ml de água
Instruções
  1. Combinar as sementes de linhaça com a água e deixar repousar (para obter o gel de linhaça).
  2. Colocar a curgete ralada numa taça e combinar com o sal, a salsa e o alho. Massajar ligeiramente até começar a libertar água.
  3. Juntar à mistura o gel de linhaça e temperar com pimenta preta, incorporando todos os ingredientes.
  4. Adicionar gradualmente a farinha de grão de bico. A massa deve obter uma consistência grossa, mas leve.
  5. Colocar o bicarbonato de sódio por cima da massa, abafando-o com o vinagre. Envolver bem.
  6. Com a ajuda de uma colher de servir, colocar porções da massa numa frigideira antiaderente aquecida, ligeiramente untada com óleo de coco, formando assim as pataniscas.
  7. Cozinhar cada patanisca em lume médio-baixo, durante 4 minutos de cada lado.

*1 Rodriguez-Leyva D, Weighell W, Edel AL, LaVallee R, Dibrov E, Pinneker R, Maddaford TG, Ramjiawan B, Aliani M, Guzman R, Pierce GN.Potent antihypertensive action of dietary flaxseed in hypertensive patients. Hypertension. 2013 Dec;62(6):1081-9.

Brownie cru de cacau & cânhamo

As receitas cruas vieram para ficar, especialmente as doces! Como é de costume da maioria das minhas receitas, esta tem pouquíssimos ingredientes. Para além disso, não precisa de ser cozinhada nem refrigerada durante muito tempo – apenas o suficiente para ficar mais fresca e sólida. Assim, poupamos tempo e energia, para além de que devia ter proibido ligar o forno durante o verão!

Estes brownies não incluem qualquer tipo de açúcar ou gordura pura (óleo). Neste caso, as tâmaras vão ser a único adoçante natural utilizado e a manteiga de oleaginosas vai tornar os brownies húmidos e nutricionalmente mais completos.

As tâmaras são, sem dúvida, o melhor adoçante natural a nível nutricional. Apesar de, como qualquer fruta desidratada, serem ricas em açúcares naturais,  não aumentam os níveis de açúcar no nosso sangue *1 e são ainda um dos alimentos mais completos do mundo, pela sua grande variedade de nutrientes e benefícios *2.

 


Brownie cru de cacau & cânhamo
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Porções: 30
Ingredientes
  • 500gr de tâmaras sem caroço ou pasta de tâmaras
  • 200gr de manteiga de amendoim
  • 100gr de sementes de cânhamo descascadas
  • 4 colheres de sopa de cacau puro em pó
  • Raspas de 1 limão (opcional)
Instruções
  1. Coloque num predecessor de alimentos as tâmaras/pasta de tâmaras, a manteiga de amendoim e o cacau em pó. Processe até formar uma mistura homogénea.
  2. Adicione as sementes de cânhamo e a raspa de limão e voltar a processar até incorporar todos os ingredientes.
  3. Coloque o preparado numa forma ou recipiente forrado com papel vegetal, empurrando e prensando para alisar a superfície.
  4. Refrigere durante cerca de 1h, para solidificar mais os brownies.
  5. Estão prontos para serem cortados e devorados!
  6. Guarde num recipiente fechado, no frigorífico, até cerca de 3 semanas.

 

1* W. Rock, M. Rosenblat, H. Borochov-Neori, N. Volkova, S. Judeinstein, M. Elias, and M. Aviram. Effects of date (Phoenix dactylifera L., Medjool or Hallawi Variety) consumption by healthy subjects on serum glucose and lipid levels and on serum oxidative status: a pilot study. J. Agric. Food. Chem., 57(17):8010{8017, 2009.

2* W. Al-Shahib and R. J. Marshall. The fruit of the date palm: its possible use as the best food for the future? Int J Food Sci Nutr, 54(4):247{259, 2003.

Crepes primavera com tempeh

Adoro este tipo de refeições mais leves, perfeitas para serem comidas à mão. Especialmente no verão, em que a vontade de comer (e cozinhar) pratos mais pesados e quentes não é grande, adoro fazer este tipo de petiscos mais ligeiros.

Podem fazer este tipo de prato com crepes/tortilhas caseiras, no entanto, o processo será muito mais demorado. Assim, as folhas de arroz facilitam a preparação, pois precisam apenas de serem demolhadas em água. Não têm glúten, são muito leves e podem ser encontradas à venda nas zonas de comida internacional em grandes superfícies ou lojas de produtos orientais.

Em relação à proteína, escolhi o tempeh por ser a proteína vegetal com textura mais firme, obtendo assim uma crosta crocante que combina com a leveza dos restantes ingredientes.

Para quem não conhece, o tempeh consiste numa proteína vegetal à base de grãos de soja fermentados. Ao contrário de tofu (que é coagulado), o tempeh é um produto fermentado e que faz uso dos grãos de soja inteiros. Por causa disso, tem um sabor mais intenso pelo que, se não gostarem de tempeh, podem usar tofu firme como alternativa.

 

Crepes primavera com tempeh
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Prato principal
Cozinha: Vegano, Sem glúten
Porções: 8 crepes
Ingredientes
  • 10 folhas de arroz
  • 250 gr de tempeh cortado aos palitos (8)
  • ¼ de couve roxa, em juliana
  • 1 pepino, cortado em palitos
  • 1 cenoura, cortada em palitos
  • 1 colher de sopa de óleo de coco
  • 3 + 3 colheres de sopa de molho de soja (ou tamari)
  • 2 colheres de sopa de xarope de ácer (ou outro adoçante líquido)
  • 1 colher de sopa de azeite
  • 1 colher de chá de pimentão doce fumado
  • ¼ colher de chá de piri-piri em pó (opcional)
  • 3 colheres de sopa de água
  • 2 colheres de sopa de xarope de ácer (ou outro adoçante líquido)
  • Sumo de ½ limão
Instruções
  1. Se possível, na véspera ou 1 hora antes, marinar o tempeh. Para isso, misturar as 3 colheres sopa do molho de soja com o azeite, o pimentão doce e o piri-piri num recipiente e juntar os palitos de tempeh. Guardar no frigorífico.
  2. Para cozinhar o tempeh, aquecer uma frigideira com o óleo de coco. Saltear os palitos de tempeh alguns minutos de cada lado, até ficarem ligeiramente dourados.
  3. Entretanto, preparar o molho. Para isso, misturar numa taça o restante molho de soja, o sumo de limão, o xarope de ácer. Diluir com cerca de 3 colheres de sopa de água e provar. Se necessário, adicionar mais um pouco de água.
  4. Uma vez cozinhado e tempeh e cortados os legumes, preparar as folhas de arroz. Para isso, com a ajuda de um prato grande com água, molhar cada folha durante 1 min.
  5. Retirar a folha, estendo-a numa tábua. Colocar no centro um pouco de legumes e uma tira de tempeh. Fechar o crepe, dobrando os lados da folha para dentro e enrolando-o no sentido longitudinal (devem pressionar bem o recheio para os crepes ficarem compactos).
  6. Consumir imediatamente, acompanhando com o molho.

Leite dourado

Já devem ter percebido que adoro a poderosa raiz dourada – a curcuma (também conhecida por “açafrão das índias).  Já partilhei uma maneira de incluir este ingrediente no vosso dia-a-dia, através da adição na sopa (vejam a receita da Sopa completa & anti-inflamatória).

Hoje trago-vos uma maneira diferente e deliciosa de consumir a curcuma, numa bebida aconchegante. Esta bebida é perfeita para ser consumida em alturas frias, antes de dormir ou simplesmente quando queremos relaxar. É muito fácil de ser preparada e os ingredientes são bastante acessíveis! Optei por usar curcuma em pó por ser mais prática e acessível.

Para quem não conhecea curcuma é uma raiz de cor de laranja que consitui uma verdadeira superfood, porque:

  • É um dos antioxidantes e anti-inflamatórios mais poderosos do planeta *1, *2
  • Parece apresentar mecanismos ativos supressores das células cancerígenas *1
  • Parece constituir um tratamento eficaz na prevenção e diminuição da sintomatologia na demência (Alzheimer) *3
  • Ingrediente poderoso na diminuição da inflamação e dor associada a osteoartrite *4 *5, entre muitos outros

Estão convencidos a incluir a curcuma na vossa alimentação? Então deixo-vos só mais uma dica.

O poder anti-inflamatório e antioxidante da curcuma é potenciado pela adição da pimenta preta e de gordura saudável (leite de coco caseiro). A junção destes 3 ingredientes permite com que o nosso organismo absorva de maneira eficaz todos os nutrientes. Quando a curcuma é consumida isoladamente, só uma pequena parte dos seus nutrientes é aproveitada pelo nosso corpo.

Vamos à receita?

5.0 from 1 reviews
Leite dourado
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Bebidas
Porções: 1 chávena
Ingredientes
  • 1 Chávena de leite de coco
  • ¼ colher de chá de curcuma em pó
  • ¼ colher de chá de canela em pó
  • Pitada de pimenta preta q.b.
  • 1 colher de chá de xarope de ácer (ou outro adoçante líquido)
Instruções
  1. Colocar o leite num tacho e levar ao lume.
  2. Adicionar o curcuma, a canela, a pimenta e o xarope de ácer e aquecer até à temperatura desejada.
  3. Com a ajuda de uma mini-varinha ou vara de arames, incorporar todos o ingredientes, criando também alguma espuma.
  4. Desligar o lume e beber imediatamente.

*1 Campbell TC. Cancer Prevention and Treatment by Wholistic Nutrition. J Nat Sci. 2017;3(10)

*2 S. S. Percival, J. P. V. Heuvel, C. J. Nieves, C. Montero, A. J. Migliaccio, J. Meadors. Bioavailability of herbs and spices in humans as determined by ex vivo inflammatory suppression and DNA strand breaks. J Am Coll Nutr. 2012 31(4):288 – 294.

*3 J M Ringman, S A Frautschy, E Teng, A N Begum, J Bardens, M Beigi, K H Gylys, V Badmaev, D D Heath, L G Apostolova, V Porter, Z Vanek, G A Marshall, G Hellemann, C Sugar, D Masterman, T J Montine, J L Cummings, G M Cole. Oral curcumin, for alzheimer’s disease: tolerability and efficacy in a 24-week randomized, double blind, placebo-controlled study. Alzheimers Res Ther. 2012 Oct 29;4(5):43.

*4 Y. Henrotin, A. L. Clutterbuck, D. Allaway, E. M. Lodwig, P. Harris, M. Mathy-Hartert, M. Shakibaei, A. Mobasheri. Biological actions of curcumin on articular chondrocytes. Osteoarthr. Cartil. 2010 18(2):141 – 149.

*5 Y. Henrotin, F. Priem, A. Mobasheri. Curcumin: A new paradigm and therapeutic opportunity for the treatment of osteoarthritis: Curcumin for osteoarthritis management. Springerplus. 2013 2(1):56. 

Bombons de chocolate com manteiga de amendoim

Mais uma receita doce, é verdade! Adoro sobremesas simples. Neste caso, não podia ser mais rápida e prática: estes bobons fazem-se em cerca de 20 minutos com apenas dois ingredientes! A inspiração para esta receita foram os bem conhecidos “Peanut Butter Cups” da marca Reese’s.

Estes bombons são perfeitos para serem feitos em grande quantidade e serem congelados, para haver sempre um miminho doce à mão.

Convém que os dois ingredientes – chocolate negro e manteiga de amendoim sejam de boa qualidade e sem aditivos. Aconselho um chocolate com teor mínimo de 80% de cacau e manteiga de amendoim feita apenas com amendoim (verificar sempre no rótulo se não leva sal, açúcar, óleos vegetais, etc).

Podem também usar manteigas de outras oleaginosas (amêndoa, caju, etc). Tenho a certeza de que todas as versões irão ficar deliciosas!

Para além destes ingredientes, vão precisar também de formas para cupcakes de papel, para moldarmos os bombons.

 

Bombons de chocolate com manteiga de amendoim
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Sobremesa
Cozinha: Vegano, Sem glúten
Porções: 6 bombons
Ingredientes
  • 150 gr de chocolate 80%
  • 6 colheres de sopa de manteiga de amendoim
Instruções
  1. Derreter o chocolate em banho-maria.
  2. Quando o chocolate estiver derretido, desligar o lume colocar uma colher de sopa chocolate numa forma de cupcake. Com a ajuda da mesma, espalhar o chocolate pelos lados, de maneira a formar uma borda cerca de 1 cm.
  3. Uma vez feito este processo em todas as formas, colocar as mesmas no congelador durante 5 min, para o chocolate endurecer.
  4. Passado esse tempo, enchemos as formas com uma colher de sopa de manteiga de amendoim e voltar a colocar no congelador durante 5-10 min.
  5. Se necessário, voltar a aquecer em banho-maria o restante chocolate; colocar uma colher de sopa do mesmo por cima da manteiga de amendoim, alisando-o com a parte de trás de uma colher de sopa.
  6. Voltar a colocar os bombons no congelador durante 20 minutos.
  7. Conservar os bombons no frigorífico.

Baba ganoush

Baba quê?!

Para quem estranhou o nome, baba ganoush é uma receita do Médio Oriente, bem simples e intensa ao mesmo tempo. Consiste num patê com base em beringela grelhada. É uma ótima maneira diferente de consumir beringela e, mesmo quem não é fã deste legume, tende a adorar este prato.

Não é a receita com o aspeto muito extraordinário e atrativo, no entanto, esta pasta é cheia de sabor e sabe especialmente bem como um petisco de verão.

Há quem diga que o sabor se assemelha ao hummus – outro patê do médio oriente, mas com base de grão de bico. Pessoalmente, acho os dois pratos bem diferentes, sendo que o baba ganoush tem um sabor mais pronunciado.

Este patê é perfeito para ser acompanhada com palitos de legumes e crackers/tostas para molhar na pasta. A receita de crackers de azeite & alecrim será uma combinação perfeita!

Como nesta receita os ingredientes são muito poucos, é a qualidade dos mesmos que faz toda a diferença. Tentem privilegiar as beringelas na sua época (verão) e, se possível, locais. A qualidade das especiarias também faz toda a diferença!

 

Baba ganoush
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Lanche/petisco
Cozinha: Vegano, Sem glúten
Porções: 400ml
Ingredientes
  • 2 beringelas
  • 6 dentes de alho
  • 4 colheres (sopa) de tahini (pasta de sementes de sésamo)
  • 5 colheres (sopa) de azeite extra virgem
  • Sumo de 1 limão
  • ½ colher (chá) de cominhos
  • Pimenta preta moída na hora q.b.
  • Sal marinho q.b.
Instruções
  1. Grelhar as beringelas inteiros, com a casca, num grelhador ou numa boca de fogão em lume baixo, até murchar completamente (podem também assá-las no forno, fazendo alguns furos com o garfo e deixando a cozinhar durante cerca de 1h a 200ºC, em modo grelha com “ventoinha”).
  2. Deixar arrefecer as beringelas e retirar com uma colher o miolo (a casca é descartada).
  3. Colocar num processador os miolos das beringelas, os alhos, o tahini, o azeite, o sumo de limão e os temperos e processar até obter uma consistência cremosa.
  4. Provar e, se necessário, retificar os temperos. Guardar num recipiente fechado, no frigorífico, até 10 dias.
  5. Acompanhar com palitos de legumes e crackers de alecrim.