Acrilamida – o que é, os riscos para a saúde e como evitar

Neste artigo falo sobre a acrilamida. Em que consiste, como se forma, quais são os riscos para a saúde e como evitá-la!

 

0 que é acrilamida?

Em primeiro lugar, a acrilamida é uma substância que se forma naturalmente quando os alimentos são cozinhados. Assim, ocorre nos alimentos ricos em amido, quando estes são cozinhados em temperaturas acima de 120ºC.

Este fenómeno também é conhecido por reação de Maillard.  Ou seja, consiste  no processo de torrar/grelhar os alimentos.

 

Acrilamida como se forma

Como se forma a acrilamida?

Primeiramente, é importante referir que a formação desta substância é uma consequência natural do processo de cozinhar.

Nesse sentido, existem dois fatores que contribuem para o aumento dos seus níveis – o tipo de alimento e a temperatura a que este é cozinhado.

Assim, em primeiro lugar, acrilamida forma-se mais em alimentos ricos em amidos e aminoácido asparagina. Ao mesmo tempo, ocorre com maior concentração em alimentos com pouco teor de água. Por exemplo – pão, bolachas e snacks. Nos produtos à base de milho, encontramos também níveis elevados desta substância. Nesse sentido, os cornflakes e tostas de milho têm níveis altos de acrilamida.

Em segundo lugar, quanto maior for a temperatura da confeção, maiores vão ser os níveis da substância.  Por exemplo, assar batatas a 200ºC é mais prejudicial do que a 170ºC.

 

Acrilamida ocorre ao...

Em que tipo de confecção se forma a acrilamida?

Esta substância forma-se em qualquer tipo de confeção. Ou seja, ocorre ao:

 

  • Fritar
  • Torrar
  • Grelhar
  • Assar no forno
  • Cozinhar na Airfryer

Assim, a responsabilidade não é de nenhum eletrodoméstico ou utensílio de cozinha específico. Em contrapartida, tem a ver com a temperatura da confeção.

 

Em que alimentos é encontrada a acrilamida?

Podemos encontrar esta substância em alimentos ricos em hidratos de carbono. Ou seja, pão, tostas, batatas fritas, bolachas, crackers e snacks em geral. Para além disso, o café e o chocolate também tendem a ter níveis altos de acrilamida.

É importante referir que esta substância está presente tanto nos alimentos comerciais, como nos caseiros.

 

Acrilamida

 

Riscos para a saúde

Inúmeros estudos científicos comprovam que a acrilamida é cancerígena. Nesse sentido, foi classificada como um carcinogéneo do Grupo 2Aa pela International Agency for Research on Cancer. Ademais, na Europa, foi inserida na Categoria 2b. Ou seja, é realmente uma substância com riscos para a saúde.

 

Níveis de acrilamida de uma torrada

 

Como diminuir o consumo de acrilamida?

Podemos aplicar diferentes dicas para reduzir o consumo desta substância.

 

Tipo de alimentos consumidos

Em primeiro lugar, evita alimentos processados secos. Por exemplo, bolachas, biscoitos, snacks, barrinhas, cereais e outros semelhantes. Para além disso, tem cuidado com as tostas de arroz e de milho! Muitas vezes, achamos que são uma opção saudável. No entanto, apresentam altos níveis desta substância. Para além disso, são pobres a níveis nutricional!

 

Controla a temperatura

Em segundo lugar, ao cozinhar os alimentos no forno ou na Airfryer, tenta não ultrapassar os 180ºC. Para além disso, não deixa dourar/secar demasiado. Sei que pode ser tentador cozinhar a uma temperatura mais alta…mas pensa na tua saúde!

 

Cuidado ao torrar o pão

Evita torrar demasiado o pão. Assim, não deixes que o pão fique demasiado escuro e seco. Se acontecer tostar em excesso, não consumas. Ou, pelo menos, tenta cortar as partes mais queimadas.

 

Evita alimentos pré-fritos

Limita o consumo de alimentos como batatas pré-fritas ou croquetes/rissóis. Este alimentos costumam ser vendidos congelados. Na maioria dos casos, são pré-cozinhados a altas temperaturas. Para além disso, vão voltar a ser cozinhados em casa, aumentando os níveis de acrilamida.

 

Dá preferência à comida de tacho

E, finalmente, dá preferência aos cozinhados de tacho! Ou seja, guisados, estufados, sopas. Este tipo de confecção permite manter a água e não seca os alimentos.

 

Acrilamida – conclusão

Em conclusão, devemos ter atenção aos níveis de desta substância na nossa alimentação. Por isso, devemos evitar alimentos processados e cozinhar a temperaturas mais baixas!

 

Referências

Becalski, A., Lau, B. P. Y., Lewis, D., Seaman, S. W., Hayward, S., Sahagian, M., … & Leclerc, Y. (2004). Acrylamide in French fries: influence of free amino acids and sugars.

Biedermann-Brem, S., Noti, A., Grob, K. (2003). How much reducing sugar may potatoes contain to avoid excessive acrylamide formation. 

International Agency for Research on Cancer. (1997). IARC monographs on the evaluation of carcinogenic risks to humans. 

Ubaoji, K. I., & Orji, V. U. (2016). A review on acrylamide in foods: Sources and implications to health. 

Lineback, D. R., Coughlin Stadler, R. H. (2012). Acrylamide in foods: a review of the science and future considerations. 

Stadler, R. H., Blank, I., Varga, N., Robert. & Riediker, S. (2002). Acrylamide from Maillard reaction products. Nature.

Weißhaar, R. (2004). Acrylamide in heated potato products–analytics and formation routes. 

 

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Como facilitar a digestão do alho

No artigo de hoje vou partilhar com vocês muitas dicas e truques que vão ajudar na digestão do alho!
 

Porque é que o alho é tão difícil de digerir?

Alho é muito rico em inulina, que é um tipo de hidrato de carbono não digerível, muito benéfico para a saúde intestinal. Este tipo de fibras são conhecidas por “fibra dietética” e desempenham o papel de prebióticos, alimentos as bactérias do nosso intestino (probióticos).

A inulina do alho vem dos frutanos, que são um conjunto de polissacarídeos e oligossacarídeos encontramos apenas em vegetais. Para além do alho, estão presentes na cebola, alho-francês, trigo e outro tipo de elementos. Para muitas pessoas, os frutanos são de difícil digestão, daí o alho poder ser tão chato para o intestino!

O principal truque para tornar o alho mais digesto

Muito simples: cortar o alho a meio e retirar o germe. O germe é a parte central do alho, também conhecido por “coração” ou “alma” do alho.

Retirar o germe do alho permite:

 

  • Tornar a sua digestão mais fácil
  • Reduzir o amargo
  • Reduzir o mau hálito

digestão do alho germe

Outras dicas que ajudam na digestão do alho

Escolher alhos mais pequenos e novos

Alho mais maduros são mais difíceis para a digestão, para além de terem o germe muito maior. Assim, tente escolher alho de tamanho mais pequeno e que seja fresco. Se possível, mantenha o alho no frigorífico, para ele não continuar a germinar.

Considerar utilizar o alho em cru

A alho é naturalmente mais facilmente digesto quando é consumido cru, em vez de cozinhado. Isto acontece porque o alho cru tem enzimas digestivas que, infelizmente, desaparecem quando este é cozinhado. Para além disso, em cru tem mais benefícios para a saúde intestinal, pois é mais rico em prebióticos.

A verdade é que uma vez removido o germe, o seu sabor e cheiro não serão tão intensos! Assim, considere utilizar o alho em cru, adicionando-o às receitas apenas no final da confeção, já com o lume desligado.

Não cozinhar demasiado o alho

Mas a verdade é que em muitas receitas, faz mais sentido acrescentar o alho no início da confeção. Neste caso, não cozinhe demasiado o alho e não deixe com que ele ganhe demasiada cor. O alho torna-se de mais difícil digestão quando é cozinhado demasiado, até dourar.

 

digestão do alho

Ingredientes que facilitam a digestão do alho

Para além de todos estes truques, muitos alimentos – na sua maioria ervas aromáticas – facilitam ainda mais a digestão do alho. Assim, ao combinar o alho com um destes ingredientes numa receita, vamos obter melhor sabor e também uma digestão mais fácil:

  • Orégãos
  • Hortelã
  • Gengibre
  • Alecrim
  • Salsa
  • Manjericão
  • Louro
  • Erva-doce

digestão do alho

Receitas com alho

Para terminar, deixo-vos algumas receitas em que é utilizado em alho!

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digestão do alho Pinterest

receitas festivas especiais vegan vegetarianas

Ementa festiva vegan

Sobre esta ementa festiva

Hoje trago-vos a minha sugestão de ementa festiva vegan para dias especiais, com receitas de entrada, acompanhamentos, pratos principais e sobremesas! Todas estas receitas (com exceção da salada) já estavam aqui no blog, mas achei que fazia sentido organiza-las neste artigo.

Tem também outras sugestões com passo-a-passo em vídeo no  Workshop Online Receitas Vegan Festivas! Assim, se tiver interesse em ter acesso à mais receitas festivas, poderá ser boa opção para si 🙂

Entrada: Hummus de Pimentão fumado

Ementa de Natal VeganJá faço este hummus há cerca de um ano e é o meu preferido de sempre…e eu já experimentei imensas outras combinações e sabores diferentes! Esta receita é perfeita para quem gosta de sabores intensos e bem marcados. Dois ingredientes dão a este hummus um sabor e aroma bem diferenciados: o pimento assado e o pimentão fumado em pó.

Hummus de pimento assado
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Lanche/petisco
Cozinha: Vegan, sem glúten
Porções: 6 doses
Ingredientes
  • 250gr de grão de bico cozido
  • 1 pimento assado, escorrido
  • 2 colheres de sopa de tahini
  • Sumo de ½ limão
  • 2 colheres de sopa de Azeite
  • ½ colher de chá de pimentão doce fumado
  • 1 dente de alho
  • ½ colher de chá de sal
  • Pitada de pimenta preta
Instruções
  1. Colocar num processador todos os ingredientes e processar até obter uma consistência cremosa.
  2. Se necessário, adicionar mais um fio de azeite.
  3. Servir com tostas ou palitos de legumes.
  4. Dura até 1 semana, num recipiente bem fechado no frigorífico.

 

Acompanhamento: Salada Festiva

Ementa de Natal Vegan

Esta é uma receita que produzi para a Teka, no ano de 2019! É uma salada festiva à base de couve kale e outros ingredientes típicos de inverno, como romã e couve de Bruxelas. Fica deliciosa e bem colorida, perfeita para uma mesa festiva!

Salada Festiva
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Porções: 4 doses
Ingredientes
  • 300gr de couve kale
  • 250gr couve-de-bruxelas
  • 70gr Quinoa tricolor + 140 ml de água
  • Sementes de 1 romã
  • 40gr de cajus torrados *
  • Para o molho:
  • 2 colheres de soja de tahini
  • 2 colheres de sopa de azeite
  • 1 colher de sopa de mostarda dijon
  • 3 colheres de sopa de água
  • Sumo de ½ Limão
  • 1.5 colher de chá de sal
Instruções
  1. Prepare um tabuleiro de forno untado com azeite. Corte as couves-de-bruxelas a meio e coloque no tabuleiro, com o lado interior virado para baixo.
  2. Leve a assar ao forno pré-aquecido a 180ºC, durante 30 minutos.
  3. Entretanto, coloque num tacho pequeno a quinoa e a água. Leve ao lume e coza durante 10 minutos. Uma vez cozida, solte com um garfo e retire para um prato, deixando arrefecer.
  4. Prepare o molho, misturando numa tigela a o tahini, o azeite, a mostarda Dijon, a água, o sumo de limão e o sal. Se necessário, adicione mais um pouco de água.
  5. Retire os folhas da couve kale (descartando os talos) e rasgue-as. Coloque as folhas numa tigela grande, juntamente com metade do molho preparado. Massaje as com o molho.
  6. Monte a salada, colocando a couve kale na base, seguida de quinoa, couve-de-bruxelas assada, sementes de romã e cajus torrados. Finalize com restante molho.
  7. * para torrar os cajus, aqueça uma frigideira (sem gordura) e torre, em lume médio os cajus durante 1-2 minutos, mexendo constantemente.

 

Prato Principal (opção 1): Wellington Vegan

Ementa de Natal VeganNesta receita dou sugestão da massa caseira de espelta. Fica uma espécie de massa quebrada, perfeita para este tipo de receitas. No entanto, podem usar perfeitamente massa quebrada de compra. Grande maioria delas são 100% vegetais, basta verificarem os ingredientes. No entanto, costumam ter forma redonda e não retangular, por isso aconselho a comprarem duas unidades e juntá-las para terem o tamanho desejado.

Wellington vegetariano
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Prato principal
Cozinha: Vegan
Porções: 6 doses
Ingredientes
  • Para a massa:

  • 300gr de farinha de espelta branca
  • 80 ml de água
  • 80 ml de azeite
  • Pitada de sal grosso

  • Para o recheio:

  • 300gr de cogumelos marron
  • 100gr de quinoa (crua) + 200ml de água
  • 4 dentes de alho
  • 1 cebola roxa
  • 1 cenoura
  • 4 colheres de sopa de azeite
  • 2 colheres de sopa de amido de milho
  • 2 colheres de chá de pimentão doce fumado
  • 1 colher de chá de orégãos desidratados
  • 1 colher de chá de salsa desidratada
  • Pitada de pimenta preta
  • 2 colheres de sopa de azeite
  • 2 colheres de chá de sal grosso
Instruções
  1. Comece por preparar a massa. Para isso, coloque numa tigela a farinha, o sal e o azeite e misture bem. Adicione aos poucos a água até conseguir formar uma bola.
  2. Amasse durante um pouco, forme uma bola e coloque a descansar no frigorífico, enquanto prepara o recheio.
  3. Para o recheio, adicione a um tacho e quinoa com a água e leve a cozer durante 10 minutos.
  4. Entretanto, coloque num processador a cebola roxa, a cenoura e os alhos grosseiramente cortadas. Processe até obter uma consistência fina.
  5. Coloque o preparado numa frigideira aquecida com 2 colheres de azeite e comece a saltear em lume médio.
  6. Entretanto, colocar os cogumelos no processador e triture também. Adicionar os cogumelos triturados à mistura na frigideira.
  7. Tempere essa mistura com o sal, o pimentão doce, os orégãos, a salsa e a pimenta
  8. preta. Salteie durante 5 minutos.
  9. Adicione o amido de milho e a quinoa já cozida, desligue o lume deixe arrefecer.
  10. Entretanto, estenda a massa, em forma de retângulo e fazer recortar consoante a ilustração.
  11. Coloque o recheio no meio. Feche o recheio com as tiras da massa.
  12. Leve o rolo a assar ao forno pré-aquecido a 180ºC, durante 40 minutos. Deixe arrefecer ligeiramente antes de cortar.
Notas
Veja neste vídeo como enrolar o Wellington.

 

Prato Principal (opção 2): Tofu Marinho com broa & a melhor batata assada

Ementa de Natal Vegan

Esta é uma receita excelente para quem não tem muito tempo de preparar a ceia e agrada àqueles que normalmente não gostam de tofu. Nesta receita, as algas nori (as que são usadas em sushi) dão um toque especial à receita, com aroma a mar. Para acompanhar, uma das minhas receitas preferidas de sempre – a melhor batata assada. É uma receita que já faço há muito tempo e que surpreenda a toda a gente. A junção de alecrim, alho, azeite e vinagre confere um sabor especial à um ingrediente tão versátil como a batata.

Podem fazer as duas receitas ao mesmo tempo no forno, tendo em conta que a batata demora cerca de 20 minutos a mais a assar do que o tofu.

 

Tofu marinho com broa
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Prato principal
Cozinha: Vegano, sem glúten
Porções: 4 doses
Ingredientes
  • 500gr de tofu firme
  • 4 folhas de alga nori (de sushi), cortadas em retângulos pequenos
  • 4 colheres de sopa de molho de soja
  • 2 colheres de sopa de azeite
  • Pitada de pimenta preta

  • Para a crosta:
  • 200gr de broa de milho
  • 3 colheres de sopa de azeite
  • 2 dentes de alho
  • Pitada de pimenta preta
  • Sal grosso q.b.
Instruções
  1. Colocar num processador todos os ingredientes da crosta, e processar até obter uma consistência fina.
  2. Secar bem o bloco de tofu com papel de cozinha limpo. Cortar o bloco em fatias finas, do mesmo tamanho (criado assim “filetes”).
  3. Temperar cada pedaço com pimenta preta, molho de soja e azeite.
  4. Entre os “filetes”, colocar uma folha de de alga nori.
  5. Fazer duas-três camadas alternadas e finalizar com broa por cima.
  6. Levar a assar ao forno pré-aquecido a 180ºC, durante cerca de 40 minutos.
  7. Servir com “a melhor batata assada”.
Notas
NOTA: em vez de fazer camadas com filetes de tofu e algas, podem fazer uma versão aberta, fazendo recortes no bloco de tofu quase em todo o cumprimento, tal como numa das fotos do workshop em cima.

A melhor batata assada
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Acompanhamento
Cozinha: Vegan, sem glúten
Porções: 4 doses
Ingredientes
  • 800 gr de batatas pequenas, com casca e cortadas a meio
  • 16-20 dentes de alho, esmagados com a casca
  • 10 colheres de sopa de azeite
  • 10 colheres de sopa de vinagre de maça
  • 2 ramos de alecrim fresco
  • 2 colheres de chá de sal grosso
  • Pitada de pimenta preta
Instruções
  1. Colocar numa panela as batatas e cobrir com água. Levar a cozer durante 10 minutos, até ficarem ligeiramente tenras.
  2. Entretanto, numa tigela, misturar o azeite, o vinagre, o sal, a pimenta, as folhas de alecrim e os dentes de alho.
  3. Colocar numa travessa de forno as batatas pré-cozidas e regar com o tempero e com um pouco de extra de azeite por cima.
  4. Levar ao forno pré-aquecido a 180ºC, durante cerca de 60 minutos.

 

Sobremesa (opção 1): Petit Gateau Vegan

Natal_vegan_petit_gateau

O  truque para o interior líquido é de colocar um quadrado de chocolate no meio no petit gateau. É uma boa maneira de garantir que o recheio fica líquido mas não farinhento, ao mesmo tempo que o exterior fica mais cozinhado. Apesar de ser um “cheat“(porque a receita tradicional não se faz com este truque), é uma boa maneira para garantir que o interior fica líquido!

Petit gateau vegan
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Sobremesa
Cozinha: Vegano
Porções: 3-4
Ingredientes
  • 100ml de leite de soja (ou de amêndoa, coco)
  • 40gr + 4 quadrados de chocolate 70%
  • 80gr de farinha de espelta branca
  • 30gr de açúcar de coco ou mascavado
  • 20gr óleo de coco + para untar
  • 1 colher de sopa cacau em pó + para untar
  • 1 colher de sopa de linhaça moída
  • 1 colher de chá de essência de baunilha em pó (opcional)
  • ½ colher de chá de bicarbonato de sódio
  • ½ colher de chá de vinagre de maça
  • Pitada de sal
Instruções
  1. Comece por derreter 40gr de chocolate negro juntamente com o óleo de coco, em banho-maria ou no micro-ondas, verificando e remexendo de 30 em 30 seg.
  2. Entretanto, separe 3-4 quadrados de chocolate (se forem finos, o dobro) e reserve. Prepare as formas, untando-as com óleo de coco e cacau (evite usar farinha para não deixar marcas brancas).
  3. De seguida, peneire com a ajuda de um coador de rede os ingredientes sólidos: a farinha de espelta, o cacau, o açúcar de coco, o bicarbonato, o sal e a linhaça moída. Descarte os pedaços que ficarem no coador e misture tudo.
  4. Adicione ao chocolate derretido o leite vegetal, o vinagre e a essência de baunilha. Junte os líquidos aos ingredientes sólidos, misturando bem.
  5. Por fim, coloque em cada forma untada 1 colher de sopa cheia da massa. Junte o pedaço de chocolate (ou dois) no meio e adicione mais uma colher de sopa generosa da massa.
  6. Leve os petit gateau a assar ao forno pré-aquecido a 170ºC, durante 14 minutos (no caso de formas de 7cm de diâmetro). No caso de formas mais pequenas, bastam 10-12 minutos.
  7. Deixe arrefecer 2 minutos antes de desenformar. Desenforme (virando ao contrário) e, se desejar, peneire com um pouco de cacau em pó!

 

Sobremesa (opção 2): Bounty Vegan & saudáveis

Natal_vegan_bounty

Os ingredientes são bastante simples e poucos. O único um pouco mais específico é a manteiga de caju, que é crucial para dar a consistência desejada para os bombons sem adicionar um sabor muito intenso. Em vez da manteiga de caju podem usar a de amendoim, no entanto, o sabor final dos bounty será diferente e a cor também.

No que toca ao adoçante, podem substituir a geleia de arroz por outros adoçantes de cor clara: a geleia de agave, xarope de ácer, geleia de milho, entre outros. Aconselho a evitarem usar adoçantes escuros (como o xarope de tâmaras), pois têm um sabor mais intenso e vão tornar os bombons castanhos.

Bounty vegan & saudáveis
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Sobremesa
Cozinha: Vegano, sem glúten
Porções: 40 trufas bounty
Ingredientes
  • 270gr de coco ralado
  • 60gr de chocolate negro
  • 8 colheres de sopa de manteiga de caju
  • 8 colheres de sopa de geleia de arroz (ou outro adoçante claro)
  • 1 colher de chá de essência de baunilha (opcional)
  • Pitada de sal (opcional)
Instruções
  1. Coloque o chocolate negro numa tigela a leve a derreter em banho-maria.
  2. Entretanto, transfira para o processador o coco ralado, a manteiga de caju, a geleia de arroz, a pitada de sal e a essência de baunilha.
  3. Processe tudo até obter uma consistência pegajosa e que permita moldar as bolinhas.
  4. Forme as trufas com as mãos, pressionando bem para ficarem compactas.
  5. Coloque o chocolate derretido num saco de plástico e corte uma ponta muita pequena num dos cantos.
  6. Pressione o saco, fazendo assim riscas de chocolate por cima das bolinhas.
  7. Deixe as trufas repousar durante 15 min no congelador ou 30 min no frigorífico antes de serem consumidas (preferencialmente).
  8. Mantenha as trufas no frigorífico, até 3 semanas (podem ficar algumas horas fora do frigorífico).

 

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Açores (São Miguel): roteiro turístico

Depois do artigo Açores (São Miguel): roteiro vegetariano/vegan, não podia falta um roteiro turístico! Este vai ser relativo à ilha de São Miguel, também conhecida por “ilha verde” (nota-se tão pela foto de destaque deste artigo!). Chamo de casa à ilha de São Miguel há quase 13 anos. Quando vim para Portugal, morei nos Açores até 2012. Por isso, nunca fiz um roteiro tão concentrado em poucos dias, quando venho aqui de férias aproveito para vir com mais tempo. No entanto, sempre que recebo amigos ou família por cá, são estas as rotas que fazemos.

Organizei o roteiro em 5 dias, dando também muitas ideias de passeios e atividades para quem vier durante mais tempo (o que aconselho!). A verdade é que há muito para ver e fazer na ilha, em qualquer altura do ano. Para ilustrar melhor os roteiros, juntei fotos que fui tirando ao longo dos anos, sendo que todas elas são da minha autoria. Espero então que este artigo vos seja útil e que tenham oportunidade de visitar a “minha” ilha!

Antes de ir…

Melhor altura do ano para visitar os Açores

Penso que qualquer altura do ano é boa para visitar os Açores. As temperaturas na ilhas são muito mais amenas, sendo que os invernos não são nada rigorosos. Ainda assim, no caso de ter flexibilidade de férias, aconselho os meses intermédios (Maio, Junho, Setembro), nos quais faz calor mas que fogem à altura do ano com maior afluxo de pessoas.  Se só conseguir as férias nos meses de verão, também é uma boa altura para vir!

Como chegar até aos Açores

A única maneira de chegar aos Açores é através de avião. Aconselho a reservarem os voos com a maior antecedência possível, sendo que os preços variam muito. Existem partidas desde o aeroporto de Lisboa e do Porto.

Alojamento na ilha de São Miguel

Existem inúmeras opções de alojamento na ilha. Aconselho a escolherem um Airbnb em Ponta Delgada ou arredores. Pessoalmente, quando viajo, é sempre este o tipo de alojamento que escolho, pela flexibilidade e comodidade em poder preparar algumas refeições em casa. Ao fazerem a reserva (em qualquer parte do mundo) através deste link, vão obter até 41€ de desconto. Aproveitem!

Como movimentar-se na ilha

É crucial ter um carro para conseguir visitar a ilha. Existem autocarros públicos, mas as viagens são muito demoradas e pouco regulares. Assim, alugar um carro é essencial e vai-vos permitir percorrer toda a ilha em poucos dias. Podem utilizar os inúmeros serviços de aluguer de carros disponíveis em São Miguel.

Escolher o local da ilha a visitar consoante o tempo

O tempo na ilha é muito imprevisível, em qualquer altura do ano. Não é por acaso que se diz que, em São Miguel, podem acontecer as 4 estações num mesmo dia! Para além disso,  num lado da ilha pode estar sol, enquanto que no outro cai chuva torrencial. Assim, é essencial ajustar o passeio de cada dia ao tempo da ilha. O site windguru é o melhor para consultar o estado do tempo, pois para além da temperatura e precipitação, podem verificar a intensidade do vento, das ondas, entre outros.  Através do site SpotAzores podem verificar em direto o estado do tempo em todos os principais pontos da ilha, graças às webcams. É importante fazer isso especialmente antes de visitar qualquer lagoa, pois há sempre hipótese de estar encoberta.

Roteiro da ilha de São Miguel

Dia 1: sete cidades & mosteiros

Os locais deste dia são imperdíveis e merecem uma visita obrigatória. Aconselho a começar a visita pelo Miradouro da Lagoa do Canário, e a respetiva lagoa. Para mim, é o miradouro mais bonito da ilha, do qual conseguem-se ver 5 lagos diferentes. O acesso faz-se através de um caminho de terra que começar a partir da estrada principal, e o restante caminho a pé. A vista é incrível! A continuar o caminho até às Sete Cidades, parar no Miradouro da Lagoa de Santiago. É uma lagoa com tom verde intenso e bem diferente das outras.

Seguindo-se o caminho até às Sete Cidades, podem parar no Miradouro da Vista do Rei, no qual se abre a vista mais popular para estas lagoas. Ao lado deste miradouro fica o abandonado Hotel Monte Palace. O local já está muito degradado mas, ainda assim, acho que vale muito a pena visitar, parece o cenário de u filme! Do hotel também abre-se uma vista muito privilegiada para as lagoas de Sete Cidades.

De seguida, ao descer para a freguesia das Sete Cidades, podem tomar banho nas lagos, fazer um piquenique, visitar a Igreja Paroquial de Sete Cidades ou ainda fazer canoagem. Uma vez acabada a visita às Sete Cidades, segue-me em direcção à freguesia dos Mosteiros. Aqui, aconselho a visitarem a Praia dos Mosteiros e os Poças naturais dos Mosteiros.

No caso de restar tempo, finalizem este dia com uma visita à Ponta de Ferraria. É uma piscina natural que, aquando da baixa-mar, fica com água quente (devido à junção da água das caldeiras vulcânicas e água do mar). O acesso a este local balnear não é melhor e muito dependente do tempo e estado do mar, mas, se possível, vale a pena a visita.

roteiro turístico São Miguel

roteiro turístico São Miguel

roteiro turístico São Miguel

Dia 2: plantações chá & caldeira velha

Começar o dia pelo lindíssimo Miradouro de Santa Iria, que é um dos mais bonitos de São Miguel. A partir deste ponto, é possível observar a costa norte da ilha e algumas praias desertas.

Seguir rumo em direção ás fábricas de chá: começar pela Fábrica de chá Porto Formoso (se estiver aberta, infelizmente nem sempre está). Esta fábrica nem sempre está em produção, servindo mais de exposição. Seguir em direção à Fabrica de chá Gorreana, onde podem ser visitadas as plantações e todo o processo produtivo do chá. Aproveitar para provar os chás preto e verde (é de graça!).

Depois dos chás, seguir em direção ao Salto do Cabrito. É um local muito tranquilo e normalmente pouco visitado, em que se abre vista para uma cascata alta e lindíssima. Aconselho a não descer de carro até ao último ponto, pois a nivelarão é muito acentuada.

Depois, seguir rumo à Caldeira Velha, que fica a cerca de 5 minutos de carro. É um local com bonitas paisagens e com piscinas termais de água quente em destaque.

No caso de restar tempo (e energia!), seguir rumo até à Lagoa do Fogo, se esta não estiver encoberta (verificar no spotazores).

roteiro turístico São Miguel

roteiro turístico São Miguel

roteiro turístico São Miguel

roteiro turístico São Miguel

roteiro turístico São Miguel

Dia 3: Furnas

Um dia inteiro merece ser dedicado à zona das Furnas. Ao chegar à Lagoa das Furnas parar perto da mística Capela da Nossa Senhora das Vitórias, do estilo gótico. Se desejado, a capela (interior) e o envolvente Jardim José do Canto podem ser visitados mediante um pagamento.

Seguir o caminho até às Caldeiras da Lagoa das Furnas, podem ver, pelas 11:30, como são retirados os cozidos feitos nas mesmas, junto à lagoa. Seguir caminho até à freguesia das Furnas e aproveitar para visitar também as Caldeiras daí e provar as diferentes águas minerais disponíveis, e ainda maçarocas cozidas nas caldeiras.

De seguida, visitar um ou os dois locais com águas termais quentes: Parque Terra Nostra e Poças da Dona Beija. Ao meu ver, o Parque Terra Nostra é um local imperdível, pois para além das águas quentes, dispõe de um vasto jardim circundante. São centenas de espécies de plantas diferentes e recantos naturais.

As Poças de Dona Beija podem ser o último local a visitar, pois o horário de abertura é alargado e, devido à grande temperatura da água, o banho é mais agradável ao fim do dia.

roteiro turístico São Miguel

roteiro turístico São Miguel

Dia 4: Zona Nordeste

Começar este dia com rumo ao Nordeste, ao Parque Natural da Ribeira dos Caldeirões. Em frente à entrada principal do parque existe uma grande cascata e muitos outros recantos naturais dentro do parque. Seguir em direção ao Miradouro da Ponta do Arnel, a parir do qual pode-se observar o lindíssimo farol. É possível descer até ao farol e respetivo porto de pesca, no entanto, a estrada é muito acentuada (é mais seguro fazer a pé).

De seguida, partir para mais um miradouro – Miradouro da Ponta do Sossego, que é considerado um dos mais belos de São Miguel. Seguir para a freguesia do Faial da Terra, onde aconselho fazer o trilho do Salto do Prego (também conhecido por “Sanguinho”).  É um trilho que circular, de cerca de 2h, que permite acesso à uma belíssima cascata e ainda à aldeia do Sanguinho, abandonada e muito pitoresca. A aldeia tem sido remodelada, mas ainda mantém a sua estrutura original e vale muito a pena a visita.

roteiro turístico São Miguel

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Dia 5: Lagoa do Fogo e Lagoa do Congro

Começar o dia por visitar a Lagoa do Fogo, verificando antes no spotazores o estado da nebulosidade. Se a nebulosidade (e o tempo) o permitirem, fazer a descida até à Lagoa (vale muito a pena em dias de sol). Existem praias naturais na lagoa, pelo que deve-se trazer roupa de banho.

Prosseguir em direção à Lagoa do Congro. Nesta lagoa já não é possível tomar banho, no entanto, o seu tom esverdeado é único e o acesso é fácil. Continuar em direção à Vila Franca do Campo, mais concretamente até à Nossa Senhora da Paz. Subindo até à Igreja, abre-se uma vista panorâmica sobre a freguesia e o Ilhéu de Vila Franca do Campo. Para visitar o ilhéu, aconselho um dia dedicado apenas à essa atividade e com condições meteorológicas muito boas.

Terminar este dia com rudo à Lagoa, para visitar a Fábrica Cerâmicas Vieira. Esta é uma fábrica pequena e tradicional, sendo que pode ser observado (gratuitamente) todo o processo de produção.

roteiro turístico São Miguel

roteiro turístico São Miguel

roteiro turístico São Miguel

E, no caso de ter dias extra…

 

Trilhos pedestres

Há inúmeros trilhos oficiais na ilha, sendo que todos podem ser consultados neste site. Para além do trilho Faial da Terra e a descida da Lagoa do Fogo que já referi aqui, recomendo especialmente o Trilho Praia Lagoa do Fogo (primeira foto de baixo), Trilho Chá Gorreana e o Trilho dos Moinhos da Ribeira Funda.

roteiro turístico São Miguel

Observação de golfinhos & cetáceos

Os passeios não são só na terra, também se fazem no mar! São diversas as empresas que fazem passeios de barco para observação de golfinhos e cetáceos. É sempre uma atividade um pouco demorada e cansativa, pelo que merece que lhe seja dedicado um dia inteiro.

roteiro turístico São Miguel

roteiro turístico São Miguel

Visitar o Ilhéu da Vila Franca do Campo

É possível chegar até ao  Ilhéu da Vila Franca do Campo de barco, sendo que os bilhetes podem ser comprados online. É possível tomar banho do ilhéu, sendo também um local perfeito para fazer snorkeling (deve ser trazido o equipamento).

ilhéu Vila franca São Miguel

ilhéu Vila franca São Miguel

Fazer voo de parapente

Para os mais aventureiros, os passeios também podem ser aéreos! Fazer voo de parapente nos Açores pode ser uma experiência inesquecível, se as condições meteorológicas assim o permitirem. Contactem o Clube Asas de São Miguel para agendar o seu (não é necessária experiência prévia).

parapente São Miguel

Fazer praia e ver o por-do-sol

Para quem vier em meses de calor e com mais tempo, não podem dispensar de um dia ou uma tarde de praia de areia vulcânica. As minhas preferidas são a Praia da Caloura e Areal de Santa Bárbara, que é um dos locais de eleição para ver o por-do-sol no verão.

Praia Caloura São Miguel

Santa Bárbara São Miguel

Explorar Ponta Delgada

Com tantas paisagens naturais, a cidade de Ponta Delgada fica para segundo plano. No entanto, merece que lhe seja dedicada uma manhã a tarde. Recomendo a visitar o Mercado da Graça (os dias com mais vendedores são quinta-feira, sexta-feira e sábado) e a Torre Sineira da Câmara Municipal de Ponta delgada.

mercado graça São Miguel

ponta delgada São Miguel

Visita à Gruta do Carvão

Nos arredores de Ponta Delgada é possível visitar a Gruta de Carvão, uma gruta vulcânica. Deve ser feita marcação e a visita dura cerca de 1h.

gruta carvão São Miguel

Em conclusão…

São Miguel é um destino para quem ama a natureza e a aventura, perfeito para ser visitado em qualquer altura do ano. As paisagens naturais são infinitas e há locais e passeios para vários dias! Espero que  este artigo Açores (São Miguel): roteiro turístico vos seja útil e aproveitem todas as dicas!

 

Kombucha – o que é, quais os benefícios e como fazer!

Nos últimos anos a popularidade dos alimentos fermentados  tem vindo a aumentar drasticamente. Por isso, de certeza que já ouviste falar em kombucha! É provável até que já a tenhas experimentando! A kombucha constitui uma bebida fresca, gaseificada e probiótica. Pode também ter diferentes sabores, sendo uma alternativa mais saudável aos refrigerantes.

Apesar desta moda, muitas pessoas ainda não sabem em que consiste esta bebida. Eu já produzo e consumo esta bebida há anos! Por isso, neste artigo partilho os meus conhecimentos sobre ela.

Assim, neste artigo, vão ser explorados os seguintes tópicos:

 

kombucha

 

1 – Em que consiste a kombucha

Em primeiro lugar, em que consiste esta bebida? A kombucha é uma bebida à base de chá fermentado. Apesar de se ter tornado conhecida nos últimos anos, tem sido consumida desde há milénios de anos em diferentes países. Tem ganho popularidade devido aos seus benefícios e propriedades, e também graças ao seu agradável sabor.

A história da deste bebida remonta à China, 220 A.C, quando o imperador na altura a consumia pelas suas propriedades detoxificantes e energizantes. Em 414, o médico chines Kombu trouxe a cultura da kombucha da Coreia, para curar os problemas digestivos do imperador. Depois disso, na viragem do século, o chá fermentado foi introduzido na Rússia, através de comerciantes orientais. Assim, tornou-se muito popular na Europa de Leste a partir daí (Roche, 1998).

Hoje em dia, este refrigerante à base de chá é uma das bebidas mais populares no mundo e encontra-se à venda em lojas de produtos naturais e alguns supermercados.

 

 

No entanto, a  kombucha caseira é a melhor opção, por conter mais benefícios e menos açúcar.

 

kombucha - scoby

 

2 – Quais são os benefícios da kombucha

Diversos artigos online têm proclamado todo o tipo de benefícios da bebida. Contudo, ainda não existem muitas conclusões evidentes a partir de estudos científicos. Isto acontece devido à escassez dos mesmos.

No entanto, as investigações científicas têm demostrado que esta bebida parece ter algumas propriedades. Entre elas – anti microbiais, antioxidantes, anticancerígenas e antidiabéticas. Para além disso, a bebida pode ter um papel no tratamento para úlceras gástricas e alto colesterol. E, por fim, os estudos mostram que esta bebida pode ter um impacto na resposta imune e desintoxicação do fígado.

Para além disto, sendo uma bebida fermentada, contém bactérias probióticas benéficas para a nossa microbiota intestinal e saúde em geral.

Muitas pessoas afirmar sentir diferentes consequências positivas do consumo da kombucha e apreciam também o seu agradável sabor.  Esta é uma bebida naturalmente gaseificada (graças à fermentação), pelo que é muito agradável ao paladar e é um bom substituto aos refrigerantes.

 

kombucha - preparação

 

3 – Como a kombucha é feita?

Mas, como preparar esta bebida? A kombucha é feita então à base de chá, preto ou verde. A cultura de kombucha, chamada “bolacha” ou SCOBYsymbiotic colony of bacteria and yeast – é aquilo que transforma um simples chá em bebida fermentada. Esta “bolacha” é então a colónia de bactérias necessárias para produzir kombucha, pelo que permite transformar o chá numa bebida probiótica.

Mas não basta o chá e a bolacha para produzir a kombucha, pois esta cultura precisa de alimento constante. Assim, é o açúcar que vai alimentar a bolacha e que vai permitir que com ela produza bactérias e microrganismos benéficos para nós.

Mas o açúcar não é prejudicial e não deve ser consumido? Sim, é, no entanto, neste caso, o açúcar é para a bolacha, sendo que no final de fermentação é consumido quase na totalidade por ela. O chá açucarado é fermentado então através da cultura de kombucha durante 7-15 dias, sendo que o tempo de fermentação varia sempre consoante a temperatura ambiente.

 

 

Desde que o chá seja fermentado durante tempo suficiente, o produto final é reduzido em açúcar. Por isso, a kombucha caseira é uma melhor opção, por se conseguir controlar a quantidade de açúcar presente!

 

kombucha - workshop

 

4 – Como se pode pode produzir kombucha em casa

A maioria dos ingredientes – como o açúcar e o chá – são muito comuns e podem ser encontrados em qualquer lado. No entanto, a principal dificuldade costuma ser a cultura, que pode ser arranjada por doação ou venda. Surgem também muitas dúvidas durante a produção desta bebida. Pessoalmente, já a produzo há muitos anos! E, através dos workshops presenciais, ensinei muitas pessoas a prepará-la. Por isso, criei o Pack Workshop online Fermentados Caseiros + Cultura de Kombucha.  Assim, tu também podes ter as ferramentas necessárias para produzir Kombucha caseira!

 

Em conclusão…

Em suma, kombucha é uma bebida saborosa que parece possuir diversos benefícios para a saúde. Para retirar o máximo das suas qualidades, deves dar prioridade à bebida caseira/artesanal, fermentada de maneira a ser reduzida em açúcar. Pode ser um óptimo substituto aos refrigerantes comerciais!

 

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Referências:

Aloulou, A., Hamden, K., Elloumi, D., Ali, M. B., Hargafi, K., Jaouadi, B., … & Ammar, E. (2012). Hypoglycemic and antilipidemic properties of kombucha tea in alloxan-induced diabetic rats. BMC complementary and alternative medicine12(1), 63.

Banerjee, D., Hassarajani, S. A., Maity, B., Narayan, G., Bandyopadhyay, S. K., & Chattopadhyay, S. (2010). Comparative healing property of kombucha tea and black tea against indomethacin-induced gastric ulceration in mice: possible mechanism of action. Food & function1(3), 284-293.

Bhattacharya, S., Gachhui, R., & Sil, P. C. (2013). Effect of Kombucha, a fermented black tea in attenuating oxidative stress mediated tissue damage in alloxan induced diabetic rats. Food and chemical toxicology60, 328-340.

Jayabalan, R., Chen, P. N., Hsieh, Y. S., Prabhakaran, K., Pitchai, P., Marimuthu, S., … & Yun, S. E. (2011). Effect of solvent fractions of kombucha tea on viability and invasiveness of cancer cells—characterization of dimethyl 2-(2-hydroxy-2-methoxypropylidine) malonate and vitexin.

Ram, M. S., Anju, B., Pauline, T., Prasad, D., Kain, A. K., Mongia, S. S., … & Kumar, D. (2000). Effect of Kombucha tea on chromate (VI)-induced oxidative stress in albino rats. Journal of ethnopharmacology71(1-2), 235-240.

Roche, J. (1998). The history and spread of Kombucha. Źródło: http://users. bestweb. net/om/kombu/roche. html,(10.10. 2014).

Yang, Z. W., Ji, B. P., Zhou, F., Li, B., Luo, Y., Yang, L., & Li, T. (2009). Hypocholesterolaemic and antioxidant effects of kombucha tea in high‐cholesterol fed mice. Journal of the Science of Food and Agriculture89(1), 150-156.