Hoje partilho com vocês a receita dos melhores noodles vegan de sempre! São preparados com tofu, diferentes legumes e um molho de babar!
Nesta receita vamos usar os seguintes legumes:
Couve coração
Cenoura
Pimento vermelho
Mas, em vez destes, pode usar legumes como:
Cogumelos
Cenoura roxa
Pimento verde
Curgete
Porquê saltear todos os ingredientes em separado?
Para preparar estes noodles vegan, deve saltear os legumes em separado, um de cada vez (bem como o tofu). Ao fazer isso, em primeiro ligar vamos conseguir manter o sabor de cada ingrediente muito melhor do que se eles fossem cozinhados todos juntos. E, em segundo lugar, a textura dos legumes também vai ficar mais saborosa, sem que eles fiquem moles e aguados.
O molho que torna estes noodles vegan deliciosos!
O molho desta receita é que vai dar todo o sabor aos noodles! Nele, vamos usar:
Cajus ou amendoins + sementes de sésamo – elementos crocantes
Açúcar mascavado e melaço de cana – elementos doces
Molho de soja ou tamari – elemento salgado
Raspa + sumo de lima – elemento ácido
Malaguetas – elemento picante
Com esta combinação de ingredientes, vamos obter todos os perfis de sabor, conseguindo assim um prato muito saboroso e equilibrado à nível de paladar!
Comece por saltear num wok ou frigideira os legumes (um de cada vez) – a couve, a cenoura e o pimento. Reserve.
De seguida, prepare o tofu. Corte-os em cubos e seque muito bem com pano ou papel de cozinha. Aqueça uma frigideira ou wok com um fio de azeite e salteie o tofu durante alguns minutos, até ficar dourado. Reserve.
Entretanto, coloque a cozer numa panela os noodles, de acordo com as instruções de embalagem (deixei-os ligeiramente malcozidos).
Coloque no mesmo wok/frigideira todos os ingredientes do molho – os cajus/amendoins, alhos picados, sementes de sésamo, molho de soja, açúcar mascavado, melaço de cana, malagueta e raspa e sumo de lima. Deixei cozinhar em lume baixo durante cerca de 2 minutos, até incorporar.
Adicione ao wok/frigideira os legumes e o tofu salteados e os noodles cozidos e misture tudo muito bem.
Hoje trago-vos uma deliciosa express de esparguete com tomate e manjericão!
Que tomate usar nesta receita?
Nesta receita prefiro usar tomate pequeno, como chucha mini. É muito aromático, firme e confesso que acho ainda mais delicioso do que tomate cherry! Mas claro que pode usar outras variedades de tomate, como cherry, tomate “com rama” e tomate tricolor. Independentemente do tipo de tomate usado, o mais importante é que ele esteja bem maduro.
Acompanhamentos rápidos e deliciosos
Este esparguete fica pronto em cerca de 10 minutos e vai ser o acompanhamento perfeito para diferentes tipos de receitas!
Estas almôndegas são perfeitas para serem feitas em grande quantidade e congeladas! Pessoalmente prefiro congelar cruas, mas também pode congelar ligeiramente assadas, para depois finalizar na frigideira. Para congelar as almôndegas, disponha-as sobre um prato ou tábua e leve ao congelador durante 2 horas ou até manterem a forma. Transfira para um saco de congelação e mantenha no congelador até 2 meses.
4 colheres de sopa de sementes de linhaça moídas + 6 colheres de sopa de água
Ramo de salsa fresca, picada
1 colher de sopa de molho de soja
1 colher de chá de orégãos
1 colher de sopa de azeite
½ colher de chá de sal grosso
Pimenta-preta a gosto
Instruções
Aqueça uma frigideira com um fio de azeite e salteie nela a cebola picada. Quando ficar translúcida, adicione os cogumelos e volte a saltear durante 3-4 minutos, até ficarem dourados (não mexa demasiado, dando tempo para eles dourarem).
Entretanto, misture as sementes de linhaça trituradas com a água e deixe repousar, formando assim o gel de linhaça.
Quando os cogumelos estiverem dourados, adicione a eles os alhos picados e a salsa. Cozinhe durante mais 1 minuto e desligue.
Depois disso, escorra bem o tofu, apertando-o com as mãos. Coloque numa taça grande e esmague, até ficar desfeito. Adicione ao tofu os cogumelos salteados, o gel de linhaça, o molho de soja, sal e a farinha de aveia.
Misture tudo muito bem e deixe repousar a massa no frigorífico durante pelo menos 20 minutos ou durante a noite (este passo vai tornar a mistura mais fácil de moldar e intensificar os sabores).
Molde as almôndegas, molhando constantemente as mãos em água.
Cozinhe as almôndegas numa frigideira antiaderente com um fio de azeite, cerca de 3 minutos de cada lado (lume médio), ou no forno pré-aquecido a 180ºC durante 20 minutos.
Acompanhe com a sua massa preferida!
Notas
Para fazer a farinha de aveia, basta colocar flocos de aveia numa liquidificadora e processar durante alguns minutos.
Hoje trago-vos uma receita colorida, saudável e muito fácil de ser preparada – Noodles de legumes e tofu!
Noodles de tofu e legumes, de inspiração asiática
Comida de inspiração asiática é sempre bem-vinda na minha cozinha (e estômago!). Texturas crocantes e sabores bem ácidos, picantes e “umami” são muito apetecíveis e dão sempre vontade de comer mais! É por isso que adoro preparar pratos de inspiração asiática!
Que noodles a usar nesta receita?
Nesta receita pode usar qualquer tipo de noodles que prefira ou que consiga encontrar! Não é necessário que sejam noodles instantâneos de pacote. Podem parecer inofensivos, mas são pré-fritos e, por isso, pouco saudáveis. Em vez destes, escolha noodles que tenham na sua composição apenas o cereal com que são feitos, água e sal.
Algumas sugestões de variedades e marcas de noodles:
Esta receita é perfeita para aproveitar diferentes restos de legumes que estejam perdidos no frigorífico! Para além dos legumes que menciono na receita (cenoura, couve e cogumelos), pode usar também:
100gr de couve-coração (¼ de uma média), em juliana
100gr de cogumelos paris ou marron, em fatias
1 cenoura, em juliana
1 colher de sopa de azeite
1 colher de chá de sal grosso
Malagueta q.b. (opcional)
Sementes de sésamo q.b. (opcional)
Para o molho:
2 colheres de sopa de molho de soja ou tamari
1 colher de sopa de sumo de limão
3 colheres de sopa de água
1 colher de sopa de geleia de arroz (ou outro adoçante líquido)
Instruções
Comece por prepare os noodles, colocando-as a cozer em água durante
tempo indicado na embalagem.
De seguida, misture todos os ingredientes do molho (o molho de soja, ou tamari, o sumo de limão, a água e a geleia de arroz) e reserve.
Entretanto, prepare o tofu. Corte-os em cubos e seque muito bem com pano ou papel de cozinha. Aqueça uma frigideira ou wok com um fio de azeite e salteie o tofu em cubos durante alguns minutos, até ficar dourado. Reserve.
Coloque na mesma frigideira a cenoura em juliana e volte a saltear durante 1 minuto. Reserve.
Acrescente a couve coração e o sal e salteie tudo durante mais 2 minutos,
em lume alto.
Quando a couve diminuir de volume, adicione a frigideira os noodles já
cozidos e os legumes e tofu previamente salteados. Misture tudo muito bem e acrescente também o molho.
Sirva imediatamente, finalizando com um pouco de malagueta e sementes
Hoje trago-vos a primeira receita de Outono: tarte de compota! Tenho amado o início desta estação, com os dias ligeiramente frios, aparecimento de novos de época e e uma vontade enorme de cozinhar (e comer) doces!
E, assim, a partir destas experiências com receitas doces saiu esta tarte de compota! Esta receita é perfeita para ser apreciada em dias de outono e inverno, acompanha de um chá bem quente (:
Sobre esta tarte de compota
Se nunca viu uma tarte deste género, é compreensível! Inspirei-me numa receita antiga de leste da europa, que a minha mãe fazia há muitos anos (: Esta receita tradicional é chamada de “tarte ralada” e versão original leva manteiga e ovos.
Confesso que estava com algum receio em replicar esta receita, pois nunca a tinha feito na versão tradicional, quanto mais com as adaptações para 100% vegetal! Mas a verdade é que correu tão bem, que tinha de a partilhar aqui no blog!
Utilizar diferentes tipos de recheios
Esta receita é feita então com recheio de compota, tornando-a bastante prática. Pode usar qualquer sabor de compota ou doce, mas pessoalmente acho que as de frutos vermelhos combinam especialmente bem!
200gr de compota à escolha (utilizei de frutos vermelhos sem açúcar)
300gr de farinha de espelta branca
50gr farinha de aveia integral
120ml de leite vegetal, gelado
80gr óleo de coco, sólido
40gr açúcar de coco
1 colher de chá de fermento (para bolos)
1 colher de chá de extrato de baunilha (opcional)
Instruções
Comece por combinar num recipiente todos os ingredientes secos: as farinhas, o açúcar de coco e fermento.
Acrescente o óleo de coco sólido, raspando-o com uma faca para obter pedaços pequenos. Com a ajuda de um garfo, desfaça os pedaços e incorpore-os na massa.
A seguir, adicione o leite vegetal e o extrato de baunilha. Misture bem, até a massa formar uma bola firme. Retire ⅓ desta massa e coloque-a no congelador.
Entretanto, divida a restante massa em 2 metades e estique, formado 2 retângulos (pode optar por fazer só uma camada de tarte com um pedaço de massa).
Monte a tarte, já em cima de papel vegetal ou folha de silicone. Coloque por cima do primeiro retângulo da massa metade da compota. Cubra com o segundo retângulo da massa e adicione a restante metade da compota.
Por fim, retire o pedaço de massa do congelador e rale-o por cima, fazendo assim a última camada de massa (pode aproveitar todos os restos de massa para esta camada).
Leve a tarte a assar em cima do tabuleiro forrado com papel vegetal / folha de silicone, durante 25-35 minutos, a 180ºC. Deixe arrefecer antes de cortar!
Já devem saber que adoro panquecas! No blog já encontram duas receitas, ambas 100% vegetais e saudáveis: Panquecas de Espelta & Mirtilos e Panquecas Vegan & Sem Glúten. A receita de hoje é perfeita para o verão, pois estas panquecas ficam com um sabor bem leve e fresco!
Série Receitas de Verão
Esta é a primeira de 6 receitas que vou partilhar aqui no blog e redes sociais nas próximas semanas, integradas na série Receitas de Verão! Cada receita vai ser partilhada em vídeo e também em texto, como habitualmente. Nestas últimas semanas tenho dedicado grande parte do tempo a preparar estes conteúdos, por isso espero que gostem desta iniciativa 🙂
As panquecas vegan mais fofas de sempre
Em relação à receita destas Panquecas de Limão e chia, são as panquecas mais fofas de sempre! Isto acontece graças à:
A adição das sementes de chia, que incham e tornam a massa leve
A adição do bicarbonato + vinagre, que vai criar bolhas na massa
A adição do fermento natural, que com o calor, também vai fazer “levantar” a massa
Adição do fermento natural
Em relação ao fermento natural, encontram a receita com vídeo passo-a-passo aqui. Este fermento é usado principalmente para fazer pão de fermentação natural, mas também podem usar em panquecas! No caso de não querem ou não quererem fazer, basta omitirem. Neste caso, podem duplicar a receita, para render mais!
100ml de fermento natural / isco (opcional, podem omitir)
1 colher de sopa de sementes de chia
1 colher de sopa de malte de cevada ou outro adoçante líquido
Raspa de ½ limão grande ou 1 pequeno
1 colher de chá de bicarbonato de sódio
1 colher de chá de vinagre de maçã
Óleo de coco q.b.
Pitada de sal
Instruções
Coloque numa taça a farinha de espelta, as sementes de chia, o sal e a raspa de limão. Misture bem.
Acrescente o leite de soja, o fermento natural e o malte de cevada e volte a misturar até obter uma consistência homogénea.
Adicione o bicarbonato de sódio e abafe-o com o vinagre de maça (deite por cima o vinagre). Incorpore a espuma que esta mistura formou.
Pré-aqueça uma frigideira antiaderente ou uma crepeira com um pouco de óleo de coco.
Forme as panquecas, adicionando uma colher de sopa generosa da massa na frigideira. Deixe cozer as panquecas em lume médio-baixo, durante cerca de 3 minutos.
Quando as panquecas tiverem bolhas, vire-as e deixe cozinhar durante mais 2 minutos.
Servir com iogurte natural, raspas de limão e sementes de chia.
Finalmente, trago-vos a receita / método do meu fermento natural / massa mãe /isco! Fui uma das (muitas) pessoas que passou a fazer pão durante a quarentena, mais especificamente pão de fermentação natural. Este tipo de pão também é conhecido por sourdhoughe é fermentado graças então ao fermento natural.
Já há muitos tutoriais muito bons de fermento natural e o método é basicamente sempre o mesmo. Ainda assim, como fui partilhando as minhas aventuras com o Isko (nome que dei ao meu fermento!) no Instagram, decidi partilhar na mesma o meu método. Fui aprendendo a fazer fermento natural durante a quarentena, quando mergulhei ainda mais no fundo dos fermentados (e lancei também o primeiro Workshop Online Fermentados Caseiros!)
Tentei compilar neste artigo todas as informações úteis que fui retirando de livros, artigos e também da minha experiência. Pessoalmente, consegui fazer um bom fermento à terceira vez. É um processo que exige alguma prática, cuidado e, acima de tudo, resgate dos nossos sentidos!
Bem, são muitas as vantagens em fazer o nosso próprio fermento. Em primeiro lugar, deixamos de precisar de comprar fermento “normal”. O fermento natural caseiro acaba por ser muito mais ecológico, pois mesmo comprando farinha embalada, são embalagens muito maiores que do fermento “normal” e vão render mais. Em segundo lugar, o fermento natural é mais saudável porque:
Facilita a digestão do pão
Aumenta a quantidade de nutrientes do pão
A fermentação lenta cria bactérias e leveduras benéficas (ainda que o pão vá ao forno, muitas destas vantagens permanecem)
Diminui a quantidade de fitatos presentes no pão, também conhecidos por “anti-nutrientes”
E muitas outras! Já para não falar de que torna o pão muito mais saboroso 🙂 Para mim, fazer pão com fermento natural é também uma espécie de meditação que me permite focar no presente, e adoro isso!
2 . O processo de fazer fermento natural
Muito resumidamente, o processo de fazer fermento natural consiste em misturar farinha e água, durante alguns dias. A partir do segundo dia, vai-se descartando parte desta mistura e adicionando mais água e farinha. Mas como é que isso é transformado em fermento? Graças à maravilha chamada fermentação! As bactérias presentes no ar, conhecidas por bactérias do ácido láctico (não tem nada a ver com lacticínios) transformam uma simples mistura de farinha com água num fermento vivo, que vai ser capaz de levedar o pão.
3. Porquê descartar parte do fermento?
Mas porque descartar todos os dias uma parte do fermento? Sei que parece estranho, mas é aconselhado (apesar de não ser obrigatório) retirar cerca de metade da mistura. Se não fizéssemos isto, teríamos que adicionar todos os dias maior quantidade de farinha e água, gastando assim muitos recursos e acabado com fermento a mais!
4. O que fazer com o descarte?
O descarte pode e deve ser usado! Pessoalmente, vou guardando o descarte num recipiente no frigorífico e uso em massa de panquecas. Utilizo uma proporção de cerca de 100gr de descarte por cada 200gr de farinha. Evitem guardar o descarte durante muitos dias, pois mesmo no frigorífico ele continua a fermentar e fica muito ácido.
5. Quanto tempo demora a fazer o fermento natural?
Ninguém gosta da resposta à esta pergunta: “depende!”. A verdade é que, com fermentados, nunca podemos falar de timing exactos. O processo de fermentação depende sempre da temperatura ambiente. Quando mais quente estiver e mais quente for a sua casa, mais rápido vai ser. O “mínimo” costumam ser cerca de 4 dias e o “máximo” 7 dias. Se passado 7 dias o fermento não duplicou de tamanho nem criou bolhas, provavelmente alguma coisa correu mal!
6. Ingredientes necessários
Esta é simples: vamos precisar de farinha e água! Há receita em que se usa açúcar ou outros adoçantes para ajudar a ativar o fermento, mas pessoalmente não sigo este método.
7. Que farinha usar?
A qualidade de farinha é importante e faz MESMO diferença em todo o processo. Em primeiro lugar, usem farinha biológica e de produtor de confiança. Tenho usado as Farinhas Paulino da Horta e obtido muito bons resultados (isto não é publicidade, compro e adoro mesmo!). Uso a farinha de trigo tipo 80, que é uma farinha semi-integral. Também já experimentei farinha tipo 65, e também tive bons resultados.
É de evitar usar:
Farinha com fermento
Farinha “para bolos”
Farinha branqueada (costumam ser as “para bolos”)
Os resultados mais rápidos vão surgir com farinhas brancas ou semi-integrais. Fazer fermento natural com farinhas integrais também pode dar bons resultados, mas a longo prazo pode não ser muito sustentável, pois elas podem precisar de serem alimentadas 2-3 vezes por dia (aprendi isso com a Sara – Sourdough Therapy. Assim, prefiro não fazer com farinha integral.
8. Que água usar?
Esta também é muito importante e foi a caução dos meus primeiros fermentos não terem resultados. Usei água directamente da torneira e, apensar da água na minha zona ser muito boa e não saber a cloro, não correu bem. Usar um dos seguintes tipos de água:
Água de garrafa
Água diretamente de nascente (que seja potável e testado, claro)
Água de torneira fervida e arrefecida (a que uso!).
Água de torneira repousada num recipiente de vidro aberto durante 24h (para sair o cloro).
9. Utensílios necessários
Para além de água e farinha, vamos precisar de:
Frasco de vidro
Colher / palinha não metálica para mexer o fermento
Salazar para raspar, para retirar o excesso do fermento das laterais do frasco
Balança (não acho crucial, podem fazer a olho, usado medidas equivalente de farinha e água).
10. Quando o fermento “estagna” por volta do 3º dia
É muito comum (já me aconteceu 2 vezes) o fermento, depois de primeiros dias a crescer, parecer estagnar a volta do terceiro dia. Pela minha experiência, costuma ser sinal de que precisa de serser alimentado mais vezes (a cada 12h em vez de a cada 24h) E/OU que tem demasiada água. No caso do fermento estar muito líquido, deve ser alimentado na próxima vez apenas com farinha (neste caso, pode não se fazer o descarte).
11. Quando ofermento forma uma camada de água em cima
Been there! O fermento parece que fica sólido, com uma camada de água por cima. Este é mais um sinal de hidratação a mais. Assim, o fermento deve ser alimentado apenas com farinha (pode ser sem descarte).
12. Como saber se está pronto?
Pode ser difícil saber se o fermento está pronto, pois pode já estar no ponto mas não cumprir todos os indicadores que indico a seguir. Mas, de uma maneira geral, o fermento está pronto quando:
Tem muitas bolhas
Duplicou de tamanho
Ao colocar um pouco do fermente num copo com água, o fermento não afunda (ver vídeo acima)
13. Como utilizar o fermento natural
Neste artigo não vos vou dar receita de pão porque ainda a estou a aperfeiçoar, mas de uma maneira geral utilizam-se 100gr de fermento natural bem ativo por cada 500gr da farinha. Enquanto aperfeiçoo a minha técnica para fazer pão, deixo-vos com 2 receitas que utilizei como base: esta do blog The Clever Carrot e esta do canal de youtube Joshua Weissman.
14. Como conservar o fermento natural
Assim que o fermento natural estiver no ponto, ele deve ser utilizado ou então guardado no frigorífico OU ser mantido a temperatura ambiente e ser alimentado todos os dias. O. fermento deve ser guardado no frigorífico logo depois de ser alimentado, pois vai continuar a fermentar no frio, ainda que mais lentamente. Quando quiserem fazer pão, devem tirar o fermento do frigorífico 1 dia antes (idealmente).
15. Fazer fermento natural sem glúten
Ainda não me aventurei a fazer fermento natural sem glúten, por isso deixo-vos com esta receita da Sofia do blog Criar, Comer, Crescer!
Água engarrafada / filtrada / água da torneira fervida e arrefecida OU repousada num recipiente de vidro durante 24h (o objetivo é que a água tenha o mínimo de cloro possível)
Instruções
Num recipiente de vidro, adicione 50gr de farinha e 50gr de água morna. Misture bem com uma colher / palinha não metálica, até obter consistência de papa (ver vídeo abaixo). Pouse a tampa (sem enroscar) e marque com um elástico ou marcador o nível do fermento.
Deixe repousar durante 24h, num sítio quente (dentro de forno desligado ou armário de cozinha).
Passadas 24h, o fermento já deve ter algumas bolhas! Descarte metade do fermento e adicionar mais 50gr de água tépida. Misture bem e adicione as 50gr de farinha. Volte a misturar.
Deixe a tampa pousada e volte a marcar o nível do fermento.
Volte a deixar repousar durante 24h.
Repita o processo durante 4-7 dias, até o fermento ter muitas bolhas, dobrar de tamanho e flutuar em água *.
Se, por volta do 3º dia, o fermento "estagnar", alimente-o a cada 12h, em vez de em cada 24h. Se formar uma camada de água por cima ou parecer muito líquido, alimente só com a farinha, sem fazer o descarte.
Quando o fermento estiver no ponto, pode usá-lo para fazer pão ou pizza, na proporção de 100gr de fermento para cada 500gr da farinha.
Mantenha o fermento fora do frigorífico e alimente-o todos os dias OU coloque o fermento no frigorífico, depois de ser alimentando.
Para voltar a ativar fermento depois do frigorífico, este deve ser retirado 1 dia antes de fazer o pão. Depois de cerca de 5 horas, quando já estiver a temperatura ambiente, alimentar (sem fazer descarte) com 50gr de farinha e 50gr de água (ou mais, se precisar de mais quantidade). Assim, vai conseguir um fermento bem vivo!
Notas
* colocar num copo com água um pouco do fermento. Se não afundar, deve ser pronto!
3.5.3251
Aprenda a fazer outros fermentados neste workshop online:
E sai mais um novo artigo saído “do forno” na quarentena Março-Abril 2020! Por aqui (e no resto de Portugal e mundo) continuo por casa e a cozinhar mais do que nunca! Estou a aproveitar este período para gastar todos os ingredientes esquecidos da despensa e testar receitas novas, como é o caso deste rancho vegan!
Receitas de um só tacho
Com tantas refeições e receitas feitas em casa todos os dias, há um problema comum em todas as casas: a loiça por lavar! Nem imagino como é em casa com crianças e mais bocas para alimentar! Mas, tenho uma solução para vocês (e não é delivery de comida!): receitas de um só tacho! Para além de serem reconfortante e pouparem gastos de energia e água, poupam também o tempo que vão passar a tratar da loiça! Perfeito, não?
Tenho várias receitas destas no meu livro, como bolonhesa, caril, feijoada, entre outras. Mas hoje trago-vos então a minha versão do rancho vegan.
A minha versão do rancho vegan
Esta é uma receita MUITO fácil, perfeita para alimentar muitas bocas, gastando pouco tempo (e dinheiro!). Nesta versão não inclui nenhum enchido vegetal mas esse sabor mais intenso é trazido pelo pimentão fumado. No entanto, podem adicionar a este rancho qualquer tipo de enchido ou salsichas vegetais. Podem também omitir o pimento, no caso de não apreciarem.
Substituições de ingredientes
Grão de bico: feijão vermelho, feijão manteiga, tofu, seitan
150ml vinho branco (opcional, pode ser substituído por água + 1 colher de sopa de sumo de limão)
6 colheres de sopa de molho ou polpa de tomate
2 dentes de alho, picados
2 folhas de louro
2 colheres de chá de orégãos
1 colher de chá de pimentão fumado (ou doce)
½ colher de chá de Malagueta seca ou pitada de piri-piri
Pimenta preta q.b.
2 colheres de chá de sal
3 colheres de sopa de azeite
900ml água *
Instruções
Comece por aquecer um tacho grande com o azeite. Refogue e cebola e as folhas de louro até dourarem.
Adicione os dentes de alho e deixe cozinhar durante mais alguns segundos.
Acrescente a cenoura, a couve e o pimento e refogue durante mais alguns minutos. Tempere com legumes com sal, pimenta preta, malagueta, orégãos e pimentão fumado/doce.
Por fim, acrescente os cogumelos, o grão de bico, a massa, o vinho, o molho/polpa de tomate e a água. Deixe cozinhar durante 13 minutos, em lume médio, mexendo 2-3 vezes durante a cozedura.
Prove a massa e verifique se está cozida. Sirva imediatamente!
Notas
* Com esta quantidade de água, o rancho vai ficar com um pouco de molho, ao estilo passada de tacho. Se desejar um rancho mais seco, diminua um pouco a quantidade de água adicionada.
Bem…como assim, faltam 12 dias para o ano de 2019 acabar?? Como? O Natal já está à porta e, se ainda não sabem o que vão levar para a mesa festival, este Wellington Vegan vai ser a vossa solução!
Sobre o 2019…
Sei que digo sempre o mesmo todos os anos, mas este ano realmente passou a voar. Ainda me lembro de ser Dezembro 2019 e pensar como seria o 2020…e que ano foi. Para mim, 2019 foi o ano de trabalhar em alguns projetos em “backstage” nos quais já sonhava há muitos anos. Maior parte do tempo foi dedicada a eles e ao resto do meu trabalho habitual (workshops, showcookings, consultoria…) e, por isso, andei mais desaparecida daqui. Com isso e com muita pena minha, foram poucos os artigos a entrar aqui no blog este ano mas, planeio compensar-vos nesse sentido em 2020!
O Wellington Vegan…
Adiante, vamos falar sobre a receita de hoje! Já a faço há algum tempo, cerca de ano e meio. Foi uma das receitas das duas edições do Workshop Mesa de Natal Vegetariana, em 2018 e agora em 2019. Depois disso, decidi que estava então na altura de partilhar também por aqui!
É uma receita que se compõe bastante rápido, apesar de ter vários passos. Para o recheio, combinei a quinoa, que é um pseudo cereal com proteína completa e diferentes legumes bem aromáticos, como a cebola roxa, cenoura e cogumelos.
Sobre a massa…
Nesta receita dou sugestão da massa caseira de espelta. Fica uma espécie de massa quebrada, perfeita para este tipo de receitas. No entanto, podem usar perfeitamente massa quebrada de compra. Grande maioria delas são 100% vegetais, basta verificarem os ingredientes. No entanto, costumam ter forma redonda e não retangular, por isso aconselho a comprarem duas unidades e juntá-las para terem o tamanho desejado.
A sugestão de Natal do ano passado:
Relembro também a sugestão natalícia que dei no ano passado, o tofu marinho com broa e batata-assada. Também é um prato que adoro e que se compõe bem rápido. Podem ainda aproveitar a receita da batata assada para acompanhar o Wellington. Por último, ideia revolucionária: fazer ambas as receitas de pratos principais, o tofu com broa e o wellington vegan! Acreditem que vai valer a pena!
Comece por preparar a massa. Para isso, coloque numa tigela a farinha, o sal e o azeite e misture bem. Adicione aos poucos a água até conseguir formar uma bola.
Amasse durante um pouco, forme uma bola e coloque a descansar no frigorífico, enquanto prepara o recheio.
Para o recheio, adicione a um tacho e quinoa com a água e leve a cozer durante 10 minutos.
Entretanto, coloque num processador a cebola roxa, a cenoura e os alhos grosseiramente cortadas. Processe até obter uma consistência fina.
Coloque o preparado numa frigideira aquecida com 2 colheres de azeite e comece a saltear em lume médio.
Entretanto, colocar os cogumelos no processador e triture também. Adicionar os cogumelos triturados à mistura na frigideira.
Tempere essa mistura com o sal, o pimentão doce, os orégãos, a salsa e a pimenta
preta. Salteie durante 5 minutos.
Adicione o amido de milho e a quinoa já cozida, desligue o lume deixe arrefecer.
Entretanto, estenda a massa, em forma de retângulo e fazer recortar consoante a ilustração.
Coloque o recheio no meio. Feche o recheio com as tiras da massa.
Leve o rolo a assar ao forno pré-aquecido a 180ºC, durante 40 minutos. Deixe arrefecer ligeiramente antes de cortar.