Limonada de hortelã

Hoje trago-vos a receita da minha bebida preferida de verão – a limonada! É muito fácil de fazer, refrescante e perfeita para hidratar nos dias quentes!
 

Bebida deliciosa e saudável!

Bebidas com limão e hortelã sabem especialmente bem nos dias quentes! Para além de deliciosos, estes dois ingredientes têm inúmeros benefícios para a saúde!

Em primeiro lugar, o limão é rico em vitamina C, cuja ingestão é crucial durante todo o lado!

E, por último, tanto o limão como a hortelã são ricos em antioxidantes e auxiliam a digestão. Assim, esta limonada pode ser uma boa bebida para acompanhar as refeições, auxiliando a sua digestão.
 

Usar a totalidade do limão na limonada?

Normalmente em receitas de limonadas utiliza-se apenas o sumo de limão. No entanto, para aproveitar ao máximo a fruta, nesta receita vamos utilizar a polpa e a raspa. Assim, apenas vamos descartar a parte branca do limão, pois é bastante amarga.

Para retirar a raspa do limão (e dos citrinos em geral), aconselho um ralado de citrinos.
 

Durante quantos dias esta limonada conserva?

Esta bebida é feita com limão, ajudando este a conservar bebida durante mais tempo. Assim, pode guardá-la até 3 dias, em garrafas bem fechadas no frigorífico.
 

Coar ou não a limonada?

Como a bebida leva limão e folhas inteiras, pode optar por coá-la no final, com a ajuda de um coador de rede fina. No entanto, pessoalmente não o faço, porque não sinto necessidade (: Desde que deixe processar durante tempo suficiente, a bebida vai ficar homogénea!

 

Limões

Hortelã

limonada

limonada

Limonada de hortelã
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Porções: 2 litros
Ingredientes
  • 2 litros de água
  • 1 limão (raspa + miolo)
  • 2 mãos cheias de hortelã
Instruções
  1. Retire diretamente para a liquidificadora a raspa do limão (apenas a parte amarela) com um raspador de citrinos ou uma faca.
  2. De seguida, retire todas as partes brancas do limão, corte a meio e retire também os caroços. Coloque também na liquidificadora.
  3. Junte a hortelã e a água e processe até ficar bem homogéneo. Pode servir assim, ou então coar com a ajuda de um coador de rede fino.
  4. Mantenha em garrafas/frascos fechados, no frigorífico, até 2 dias.

 

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Leguminosas secas: como cozinhar & melhorar a sua digestibilidade

Neste artigo falo sobre leguminosas secas, como cozinha-las e melhorar a sua digestibilidade! Se gostas de feijão, grão e favas, mas tens alguma dificuldade em digerir este tipo de alimentos, este artigo é para ti!

 

 

Os benefícios das leguminosas

Mas, vale a pena consumir leguminosas de todo? Vale muito! As leguminosas são verdades super-food, esqueçam as bagas goji e a spirulina. Seja numa alimentação vegetariana ou tradicional, as leguminosas devem ser incluídas nas refeições do dia-a-dia.

Características nutricionais das leguminosas:

 

  • São uma excelente fonte de proteínas, representando estas cerca de 20 a 25 % do seu peso total. 
  • Contêm na sua composição boa quantidade de fibras (entre 5 a 15 % do peso seco), o que contribui para a saciedade e controlo do peso.
  • São ricas em vitaminas do complexo B e em minerais como ferro, o zinco, o magnésio, o potássio e o fósforo. 
  • Em termos de substâncias bioativas, são fornecedoras interessantes de compostos fenólicos, flavonóides, isoflavonas e outros antioxidantes. 

Para além de serem um alimento muito saudável, são também uma fonte de proteína muito sustentável, pois:

 

  • Emite menos equivalentes de CO2 (1 kg de leguminosas emite cerca de 19 vezes menos equivalentes de CO2 do que a mesma quantidade de carne)
  • O seu cultivo gasta menos água (produzir 1 kg de leguminosas necessita cerca de 4mil litros de água, enquanto que de carne de vaca, 15mil / kg).
  • Fixam azoto atmosférico, diminuindo a sua concentração na atmosfera;

 

Porquê optar por leguminosas secas?

As leguminosas em frasco/lata são muito práticas e dá jeito ter sempre em casa para salvar refeições SOS! No entanto, feijão, grão e derivados comprados secos têm muitas vantagens…

Vantagens em comprar leguminosas secas vs já cozidas em frasco/lata:

 

  • Mais baratas
  • Mais sustentáveis (menos embalagens)
  • Mais saudáveis (controlamos o processo de confecção)
  • Ocupam menos espaço
  • De melhor digestão

 

Difícil digestão das leguminosas

Mas Oksana, eu fico tão mal-diposto/a quando como leguminosas! 

As leguminosas contêm compostos que não são absorvidos pelo nosso organismo, pelo que ficam disponíveis para a fermentação por parte das bactérias do microbiota.  A fermentação, por parte destas bactérias, leva à formação de gases, o que podem originar algum /desconforto gastrointestinal.

 

Para além disso, as leguminosas contêm fitatos, os chamados “anti-nutrientes”. Apesar de também serem responsáveis por uma digestão mais difícil e terem “má fama” devido ao seu nome, alguns estudos indicam que os fitatos podem ter propriedades anticancerígenas.

 

Melhorar a digestibilidade das leguminosas

Como então facilitar a digestão das leguminosas? 

Ao comprar as leguminosas secas, podemos reduzir a quantidade de fitatos presentes nas mesmas e facilitar a sua digestão, graças ao método de confecção e uso de alguns “truques”. Assim, para além da demolha das leguminosas (que aprofundo a seguir), podem ser usados alguns alimentos durante a demolha e o cozimento que as vão tornar ainda mais fáceis de digerir.

Digestão leguminosas

Alga Kombu – é a maneira mais eficaz de tornar as leguminosas mais digestas. Basta adicionar uma tira de 2cm de alga ao demolhar e cozer cerca de 500gr de leguminosas secas. Depois disso, a alga deve ser descartada.

Gengibre – gengibre em raiz também é bastante eficaz, e utiliza-se tanto na demolha como na cozedura. Adicionar 4 rodelas de gengibre para cada 500gr de leguminosas secas.

Vinagre de maça –  pode ser usado para complementar a alga/gengibre, uso especialmente para o grão de bico. Adicionar 2 colheres de sopa de vinagre à demolha da leguminosa (encontram receita do vinagre caseira de maça no meu livro, Vegetal a 100%)

Louro  – já é muito conhecido por auxiliar a digestão em geral! Pode ser usado tanto na demolha, como cozedura, cerca de 3 folhas por cada 500gr de leguminosas secas.

Orégaos – para além de ajudarem na /digestão, dão um sabor agradável! Utilizar 1 colher de chá de orégãos secos por cada 500gr de leguminosas secas, durante a cozedura.

Hortelã – semelhante aos orégãos, a hortelã tempera e torna as leguminosas mais digeríveis. Utilizar 1 colher de chá de hortelã seca por cada 500gr de leguminosas secas, durante a cozedura.

Bicarbonato de sódio – ajuda a amolecer as fibras e a tornar as leguminosas mais digeríveis. Adicionar 1 colher de sopa por cada 500gr de leguminosas secas, durante a cozedura.

Cozinhar leguminosas: demolhar

As leguminosas secas passaram pelo processo de secagem sendo necessário demolhá-las, de forma, a restabelecer a água perdida no processo, o que permite também reduzir o teor de antinutrientes, levando a uma melhor biodisponibilidade dos nutrientes. 

Passos do processo de demolha das leguminosas:

 

  1. Demolhar as leguminosas em água fria, durante pelo menos 8-10h (de preferência 24h)*
  2. Trocar a água 1 ou 2 vezes durante a demolha
  3. Rejeitar a água da demolha antes de cozer a leguminosa

O processo de demolha vai permitir inicial a germinação das leguminosas, tornando-as mais nutritivas e digestas. Depois do demolha, pode partir um grão a meio, sendo possível observar quase sempre o rebento a surgir (especialmente nas leguminosas biológicas).

* No caso do grão de bico, este pode ser demolhado durante 48h, trocando a água 1-2 /vezes.)

leguminosas secas

 

Cozinhar leguminosas: cozer

Depois de demolhada, a leguminosa deve se cozida (o tempo varia sempre dependendo do tipo), colocando-se então a alga, gengibre, bicarbonato ou outro alimento anteriormente referido que facilite a sua digestão. Algumas notas importantes relativamente à cozedura:

 

  • Não adicionar sal, uma vez que vai tornar a cozedura mais lenta e a textura das leguminosas mais dura
  • Para uma cozedura mais rápida, utilizar a panela de pressão
  • A restante água das leguminosas pode ser utilizada na confecção, se a sensibilidade intestinal às leguminosas não for muito grande
  • A alga/gengibre também podem ser aproveitados, se a sensibilidade intestinal às leguminosas não for muito /grande

 

Conservar leguminosas cozidas

As leguminosas /já cozidas devem ser conservada, idealmente, com a água da cozedura. No frigorífico, num frasco de recipiente bem fechado, duram cerca de 4 dias. Pode também optar por congelar (com ou sem a água da cozedura), em recipientes, frascos ou sacos de congelação. Para descongelar,  retirar na véspera para consumir ou passar por água quente para descongelar mais rapidamente.

 

Receitas com leguminosas

 

 

Referências:

Craveiro, C. (2016). Leguminosa a leguminosa, encha o seu prato de saúde.
Catch the Pulse: Pulses are smart food. International Crops Research Institute for the Semi-Arid Tropics, Telangana, Índia. 2016, 1-36
Champ MM. Non-nutrient bioactive substances of pulses. British Journal of Nutrition, 2002; 88(3): S307-19; 10.1079/BJN2002721.
The nutritional value and health benefits of pulses in relation to obesity, diabetes, heart disease and cancer. British Journal of Nutrition, 2012; 108, S1-S2.
Guide to cooking Beans, Chickpeas, Lentils and Peas. Pulses Canada, Manitoba, Canada. 2008, 1-2.
Sandberg AS. Bioavailability of minerals in legumes. British Journal of Nutrition, 2002; 88(3), S281-5; 10.1079/BJN/2002718

Manteiga corporal caseira

Um bom crepe de corpo foi algo que nunca dispensei e confesso que era viciada nos bodybutter de compra de todos os cheiros possíveis e sabores possíveis. No entanto, quando comecei a procurar um estilo de vida ainda mais natural, saudável e sustentável, percebi que estes iriam deixar de ser uma opção.

Praticamente qualquer creme de corpo comprado numa superfície comercial vai ter conservantes, aromas e outros aditivos químicos. Já para não falar do desperdício que geral as embalagens – são sempre de plástico e um crepe de corpo é um produto que se gasta relativamente rápido.

Apesar de adorar utilizar óleos vegetais puros como hidratantes (tanto no corpo, como na cara), às vezes sinto a necessidade de ter um produto com uma consistência diferente e com um aroma mais pronunciado.

Então, depois de testar muitas diferentes versões, comecei a fazer a minha própria alternativa às manteigas corporais. Ao contrário de um creme normal, uma manteiga corporal é mais concentrada, mais hidratante e à base de óleos, sendo assim perfeita para peles secas.

Neste caso, por apenas incluir ingredientes naturais, é também adequado a peles sensíveis, atópicas e recativas.A minha pele preenche todos os três requisitos então sou a combaia perfeita!

Depois de cerca de 2 anos a hidratar o corpo com este tipo de manteigas, óleos vegetais puros e também por vezes gel de aloé vera, posso-vos garantir que tenho a pele muito mais hidratada e suave, mesmo que algum dia não os use. Assim, tenho notado que este tipo de produtos naturais nutrem a pele a longo prazo.

No caso desta receita em particular, uso o azeite como a base, por ser um produto local para nós e cheio de benefícios para a nossa pele. Por outro lado, a manteiga de karité também é necessária, por ser muito mais espessa do que o azeite e por dar assim a estrutura desejada ao creme.

Em relação aos óleos essenciais, são opcionais, no entanto, tornam o creme aromático e aumentam os seus benefícios. O óleo essencial de alfazema ajuda a acalmar a pele, a relaxar os músculos e é antibacteriano, sendo eficaz no combate à acne e borbulhas em geral.  O óleo essencial de cravinho constitui um antisséptico natural muito poderoso, prevenindo mordidas de insetos e ajudando a eliminar micoses, verrugas, etc.

 

5.0 from 1 reviews
Manteiga corporal caseira
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Creme caseiro
Porções: 500ml
Ingredientes
  • 300 ml de azeite extra virgem
  • 6 CS de manteiga de karité
  • 10 gotas de óleo essencial de alfazema (opcional)
  • 5 gotas de óleo essencial de cravinho
Instruções
  1. Em banho-maria, derreter a manteiga de karité até ficar líquida (nunca no micro-ondas para não perder as propriedades)
  2. Colocar a manteiga num processador de cozinha (ou copo da varinha mágica), juntamente com o azeite e os óleos essenciais.
  3. Processar até obter uma consistência cremosa e com “picos” relativamente firmes.
  4. Transferir a mistura para um frasco de vidro e guardar no frigorífico durante 3h, ou até solidificar*
  5. *No verão e em alturas quentes a mistura deve ser guardada no frio para manter a sua consistência. No inverno, pode ser conservada fora do frigorífico, sempre num frasco de vidro fechado.