Bombons de coco e avelã

Bombons de coco e avelã deliciosos e saudáveis

Hoje trago-vos mais uma receita de uns deliciosos bombons de coco e avelã! Estes bombons são uma espécie de trufas à base de oleaginosas e frutos secos. São muito fáceis de fazer, não precisam de forno e, ainda, são perfeitos para partilhar ou oferecer!

 

Faz esta receita em quantidade!

Esta receita é perfeita para ser feita em grande quantidade, pois estes bombons aguentam no frigorífico até cerca de 1 mês. Para isso, é importante que não seja adicionada água ou bebida vegetal à receita, pois estes ingredientes encurtam muito o prazo de validade. Aconselho a manter estes bombons sempre no frigorífico, porque eles ficam ainda mais deliciosos refrigerados e ficam com uma textura mais firme.

 

Variações possíveis nesta receita

Em primeiro lugar, como fruto seco principal podem ser usados tanto cajus, como amêndoas. Já testei as duas versões e ficam igualmente boas! Em segundo lugar, é possível omitir o cacau na massa dos bombons. Pessoalmente acho que fica excelentes com a adição de cacau, no entanto, este não é um ingrediente crucial. Em vez do cacau, podes adicionar alfarroba em pó. 

Para além disso, podes variar o fruto seco que fica no interior dos bombons. Por exemplo, em vez de avelã, podes colocar caju ou amêndoa.

E, por fim, para finalizar os bombons, eles podem ser passados por cacau em pó, em vez de coco ralado.

 

Outras receitas de bombons

Bombons de tâmaras e avelãs

Bounty vegan & saudáveis

Vamos então à receita?

Ingredientes dos bombonsMassa dos bombonsBombons de coco & avelã

Colocar coco ralado nos bombons Bombons de coco

 

Vamos então à receita?

Bombons de coco & avelã
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Lanche/petisco, sobremesa
Cozinha: Vegano, Sem glúten
Porções: 24 bombons
Ingredientes
  • 240gr de cajus crus ou amêndoas
  • 600gr de tâmaras sem caroço
  • 24 avelãs sem pele
  • 4 colher de sopa de cacau de pó
  • Coco ralado q.b
Instruções
  1. Coloque num processador os cajus e processe-os até obter uma farinha grossa.
  2. De seguida, adicione as tâmaras e o cacau. Volte a processar
  3. até os ingredientes ficarem incorporados e a massa formar uma bola.
  4. Molde uma bola com as mãos, pressione-a com um dedo e coloque no meio dela uma avelã. Volte a moldar.
  5. Por fim, passe os bombons pelo coco ralado. Guarde no frigorífico durante pelo menos duas horas antes de consumir, para os bombons ficarem com uma textura mais firme.
  6. Conserve no frigorífico, num recipiente fechado, até 1 mês.

 

 

Faz pin no Pinterest:

 

Barras de coco & chocolate

Barras de coco & chocolate – sobremesa sem cozinhar!

Trago-vos uma opção deliciosa de sobremesa que não precisa de ser cozinhada – barras de coco & chocolate! São uma espécie de bombons de forma de quadrados, perfeitos para acompanhar o café e chá!

 

Que adoçantes usar nestas barras de coco & chocolate?

Nesta receita pode utilizar qualquer tipo de adoçante líquido de cor clara. Em primeiro lugar, é importante que seja líquido para ajudar a “colar” a massa. Em segundo lugar, de preferência deve ser claro, para não interferir com a cor da massa. Deixo alguns exemplos deste tipo de adoçantes:

 

  • Geleia de arroz
  • Geleia de milho
  • Xarope de ácer
  • Xarope de agave
  • Mel (se consumir)

 

adoçante

Estes adoçantes líquidos são saudáveis?

Apesar de serem utilizados nesta receita (e em algumas outras receitas doces aqui do blog), devo dizer que estes adoçantes não são muito saudáveis…tal como nenhum adoçante o é! Á verdade é que as alternativas “mais saudáveis” ao açúcar continuam a ser todas muito refinadas, restando assim açúcar praticamente puro.

Assim, devemos limitar o consumo de qualquer tipo de adoçante, mesmo que seja mais “natural”. Pessoalmente limito o seu uso às sobremesas, como é o caso desta receita! (:

 

Como podemos baixar o índice glicémico dos adoçantes/açúcares?

Tal como vimos anteriormente, devemos limitar o consumo de adoçantes e açúcares. No entanto, quando os consumirmos, podemos aplicar algumas técnicas para ajudar a baixar o seu índice glicémico:

 

  • Adicionar fontes de proteína/gorduras saudáveis à receita (nestes barras temos coco e os cajus)
  • Consumir estas receitas doces depois das refeições salgadas, como sobremesa e não “isoladamente”
  • Evitar consumir refeições com adoçantes/açúcares em jejum, ou seja, ao pequeno-almoço

Se gosta deste tema e se quer aprender mais sobre como podemos equilibrar os picos de glicose, acompanhe o trabalho da bioquímica Jessie Inchauspé! Ela partilha no seu Instagram muitas dicas úteis.

 

Deixo mais sugestões de receitas doces!

Cookies vegan (bolachas com chocolate)

Bolo de chocolate vegan (e sem forno)

Bombons de coco & avelã

 

barras processo

Barras de coco & chocolate

Barras de coco & chocolate

Barras de coco & chocolate

Barras de coco & chocolate
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Porções: 10 quadrados
Ingredientes
  • 140gr de cajus
  • 250gr de coco ralado
  • 100ml de geleia de arroz (5 colheres de sopa)
  • 120gr de chocolate negro
  • 60ml de bebida vegetal
  • Avelãs partidas q.b.
Instruções
  1. Coloque numa liquidificadora os cajus e o coco ralado e processe até ficar homogéneo.
  2. Adicione a geleia de arroz e volte a processar, até formar uma bola de massa. Coloque esta mistura numa travessa/recipiente forrado com papel vegetal.
  3. Entretanto, derreta o chocolate em banho-maria e misture com a bebida vegetal.
  4. Coloque o chocolate derretido por cima da camada branca e finalize com avelãs partidas.
  5. Leve ao frigorífico durante pelo menos 1h antes de cortar.
  6. Mantenha no frigorífico, em recipiente bem fechado, até 10 dias.

Faça pin no Pinterest:

barras pinterest

 

Brigadeiros vegan e sem glúten

Mais uma receita de bombons!

Hoje trago-vos mais uma receita de bombons deliciosos, desta vez brigadeiros vegan e sem glúten! Quem acompanha o blog há algum tempo, sabe que adoro criar receitas (e comer!) de diferentes tipos de bombons.

Aproveito para relembrar outras receitas de bombons:

 

Sobre estes brigadeiros vegan e sem glúten

Estes brigadeiros são 100% vegetais e sem leite condensado vegan de compra. Achei importante a receita não ter este ingrediente, pois sei que não é fácil de ser encontrado.

Em alternativa, como primeiro passo desta receita, vamos fazer o nosso próprio leite condensado, à base de leite de coco de lata e açúcar. Estes dois ingredientes, quando cozinhados durante algum tempo, vão passar a ter uma consistência mais grossa e corajosa, semelhante ao leite condensado.

 

Que leite de coco usar nesta receita?

Utilize leite de coco de lata que não seja light ou magro. Escolha leite de coco que tenha à volta de 18gr de lípidos, por cada 100gr de produto. Assim, é importante que o leite de coco seja o mais concertado possível e com bastante gordura de coco.

 

Mas Oksi, estes brigadeiros são saudáveis?

Bem, é isto é relativo! Sem dúvida que esta receita é menos saudável e calórica. Mas, de qualquer maneira, os doces devem ser consumidos com moderação e, em pequenas quantidades, fazem muito bem à alma (: Cada pessoa deve ajustar a alimentação aos seus desejos e necessidades, de preferência com a ajuda e orientação de um nutricionista. 

 

brigadeiros vegan

brigadeiros vegan

brigadeiros vegan

Brigadeiros vegan e sem glúten
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Sobremesa
Cozinha: Vegan, sem glúten
Porções: 20 brigadeiros
Ingredientes
  • 2 latas de leite de coco *
  • 100gr de açúcar mascavado / de coco
  • 4 colheres de sopa de cacau puro em pó
  • 3 colheres de sopa de amido de milho
  • 2 colheres de sopa de manteiga / margarina vegan
  • Chocolate granulado q.b.
Instruções
  1. Coloque num tacho pequeno as 2 latas de leite de coco (se o leite estiver separado em parte mais sólida e água, descarte a água) e o açúcar.
  2. Leve ao lume médio e deixe cozinhar durante cerca de 15 minutos, até engrossar e ficar com consistência de caramelo / leite condensado (veja no vídeo acima). Vá mexendo algumas vezes.
  3. Baixe o lume e peneire para a panela o amido de milho e o cacau em pó e mexa com um salazar ou vara de arames.
  4. Acrescente também a manteiga vegan, volte a incorporar e desligue assim que estiver tudo incorporado.
  5. Transfira a mistura para uma tigela ou recipiente e leve ao frigorífico durante cerca de 4h, para solidificar e arrefecer.
  6. Quando solidificar, molde os brigadeiros com as mãos e passe-os pelo chocolate granulado.
  7. Guarde no frigorífico, num recipiente hermético, até 2 semanas.
Notas
* Leite de coco light não vai resultar bem nesta receita. Escolha leite de coco que tenha à volta de 18gr de lípidos, por cada 100gr de produto.

É importante não mexer demasiado a mistura enquanto está a cozinhar, porque a gordura pode separar-se da massa. Se notar que a massa começa a ter óleo separado, não mexa mais e retire este óleo com papel de cozinha.

Faça pin no Pinterest:

Sobre este artigo: este artigo foi realizado em parceria com a Zaask.  Apenas estabeleço parcerias com marcas cujos valores estão alinhados com o Dicas da Oksi e isto permite trazer-vos mais conteúdos!

Bounty vegan & saudáveis

Ainda vou a tempo de vos dar uma sugestão de prenda de Natal comestível, ou sobremesa “fora de caixa”? Espero que sim! Estes Bounty vegan & saudáveis ficam prontos em poucos minutos e vão agradar a todos os paladares. Esta receita foi inspirada nesta receita do blog Made by Choices.

Sobre Natal e prendas…

Natal parece ser sinónimo de prendas. Shoppings cheios e um sentimento enorme pressão em comprar algo para todos os amigos e família. Quantas vezes acabamos por comprar um objecto “só para despachar”? Não tenho nada contra as prendas mas acho que é urgente relembrar a intenção das mesmas: oferecemos por carinho ou por obrigação?

Acho que não há maior sinal de carinho do que uma prenda preparada com as próprias mãos. Neste mundo tão corrido em que vivemos, dedicar tempo para preparar algo caseiro para alguém é mesmo uma ação de valor e de amor. Por isso, incentivo-os a preparar esta ou outras prendas comestíveis para o Natal e não só 🙂

Sobre estes Bounty vegan & saudáveis…

Em relação à esta receita específica, seja para Natal ou não, por favor façam-na! Os ingredientes são bastante simples e poucos. O único um pouco mais específico é a manteiga de caju, que é crucial para dar a consistência desejada para os bombons sem adicionar um sabor muito intenso. Em vez da manteiga de caju podem usar a de amendoim, no entanto, o sabor final dos bounty será diferente e a cor também.

No que toca ao adoçante, podem substituir a geleia de arroz por outros adoçantes de cor clara: a geleia de agave, xarope de ácer, geleia de milho, entre outros. Aconselho a evitarem usar adoçantes escuros (como o xarope de tâmaras), pois têm um sabor mais intenso e vão tornar os bombons castanhos.

E para prato principal…

Para terminar, deixo-vos também uma sugestão de prato principal natalício que partilhei no último artigo: Wellington Vegan.

Wellington vegan

bounty vegan & saudáveis

bounty vegan & saudáveis

bounty vegan & saudáveis

Bounty vegan & saudáveis
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Sobremesa
Cozinha: Vegano, sem glúten
Porções: 40 trufas bounty
Ingredientes
  • 270gr de coco ralado
  • 60gr de chocolate negro
  • 8 colheres de sopa de manteiga de caju
  • 8 colheres de sopa de geleia de arroz (ou outro adoçante claro)
  • 1 colher de chá de essência de baunilha (opcional)
  • Pitada de sal (opcional)
Instruções
  1. Coloque o chocolate negro numa tigela a leve a derreter em banho-maria.
  2. Entretanto, transfira para o processador o coco ralado, a manteiga de caju, a geleia de arroz, a pitada de sal e a essência de baunilha.
  3. Processe tudo até obter uma consistência pegajosa e que permita moldar as bolinhas.
  4. Forme as trufas com as mãos, pressionando bem para ficarem compactas.
  5. Coloque o chocolate derretido num saco de plástico e corte uma ponta muita pequena num dos cantos.
  6. Pressione o saco, fazendo assim riscas de chocolate por cima das bolinhas.
  7. Deixe as trufas repousar durante 15 min no congelador ou 30 min no frigorífico antes de serem consumidas (preferencialmente).
  8. Mantenha as trufas no frigorífico, até 3 semanas (podem ficar algumas horas fora do frigorífico).

 

leite vegeta

Leite vegetal: como escolher o melhor?

Há alguns semanas comecei a partilhar no Instagram Dicas da Oksi alguns leites vegetais do mercado e os respetivos rótulos. Recebi muitas mensagens da vossa parte a agradecer a partilha e também muitas dúvidas. Como escolher o melhor leite vegetal? Como este é um assunto que da “pano para mangas”, decidi dedicar-lhe dois artigos aqui no site. A primeira parte será então “Leite vegetal: como escolher o melhor?  e a segunda parte “Leite vegetal: as melhores opções do marcado” (que está no forno neste momento).

É claro que a melhor opção é sempre fazer em casa. Encontram aqui no site a receita do leite de coco e leite de pevides de abóbora e muitas outras pela internet fora. Mas a verdade é que nem sempre há disponibilidade para isso. Por isso, quero-vos deixar informados para fazerem escolhas conscientes ao comprar leite vegetal!

Noto que, muitas vezes, as pessoas ao escolher o leite vegetal apenas se concentram na presença de açúcar e/ou glúten. Mas, para escolher o melhor leite vegetal, outros fatores devem ter sido em conta, nomeadamente:

 

Vamos então por partes?

1 – Quantidade de leite vegetal que consome

Antes de passarmos aos componentes dos leites vegetais, é importante ter em conta a quantidade do leite vegetal consumido no dia-a-dia. A verdade é que não é, de todo, um produto obrigatório nem deve ser uma refeição por si só. Isto é, lanchar um copo de leite vegetal, por exemplo, não é de todo suficiente e equilibrado nutricionalmente.

Se usa o leite vegetal em quantidades mínimas (por exemplo, para colocar no café), não é necessário muito rigor com a sua escolha. No entanto, se consome leite vegetal várias vezes por dia, o seu efeito já é mais significativo e faz sentido “perder” algum tempo a escolher a melhor opção para si.

2 – O ingrediente base do leite vegetal

E como saber qual é a melhor opção? Bem, o primeiro a ter em conta é a base do leite vegetal (soja, arroz, aveia…).

 

Nutricionalmente,o leite de soja é o único que se assemelha ao leite de vaca, pois é o único que tem uma boa concentração de proteína e contém todos os aminoácidos essenciais.

 

É também por essa razão que é o leite vegetal que melhor resulta em receitas como sobremesas e iogurtes vegan, molho bechamel, etc. Encontram aqui receita de iogurte vegan caseiro de soja. Para quem evita leites de soja por achar que esta faz mal à saúde (casos de alergias e intolerâncias à parte, claro), leiam este artigo.

Os leites vegetais de cereais (arroz, aveia…) e os de frutos gordos (amêndoas, coco…) tendem a ser mais saborosos mas menos interessantes nutricionalmente por terem pouca proteína (o que não quer dizer que sejam maus…ter sempre em conta a quantidade que se consome!).

3 – A ordem e a quantidade de ingredientes

Qualquer que seja o ingrediente base do leite vegetal, ele deve vir em segundo lugar na lista dos ingredientes. O primeiro é sempre o que existe em maior quantidade e costuma ser água, o que é perfeitamente normal. A soja/arroz/amêndoa teve deve vir logo a seguir.

Evitem comprar leites vegetais com demasiados ingredientes, a não ser que pretendam que estes sejam fortificados (mais abaixo).

4 – A concentração do ingrediente base

Já vimos que o ingrediente base deve vir em segundo lugar na lista dos ingredientes. Mas é também importante reparar na sua concertação, ou seja, a %. Especialmente os leites mais caros (amêndoa, coco, noz…) têm menor concentração. Muitas vezes, têm 1% de amêndoa e os preços ultrapassam os 2.50€ (ridículo, não?). Em geral, uma boa concentração é de 8-10% do ingrediente base.

5 – A presença de espessantes/emulsionantes

Mas, perguntam vocês, como é que leites que só têm 1% de amêndoa são na mesma cremosos e “leitosos”? Isto acontece graças à adição de espessantes e de emulsionantes, sendo que os mais comuns são:

  • Gomas (goma gelana, goma alfarroba, goma xantana, goma guar…)
  • Amidos (de milho, de tapioca…)
  • Leticinas (de girassol, de soja…) ou óleos (de girassol, de colza…)

Leites de soja não costumam ter estes ingredientes, pois a soja é mais concentrada. Mas outras opções, especialmente de frutos gordos (amêndoa, coco, noz…) costumam ter estes aditivos, para compensar a pouca concentração do ingrediente “principal”.

 

Não é que sejam “a causa de todos os males” mas este tipo de aditivos são basicamente enchimento sem nenhum valor nutricional. As gomas e os amidos são basicamente hidratos de carbono o mais simples possível, ou seja, açúcar.

 

 

6 – A presença de açúcar/adoçante

Por falar em açúcar, também é importante verificar a presença deste. É preferível que não esteja presente, claro, ou que pelo menos venha no final da lista dos ingredientes. O açúcar pode estar escondido nos leites vegetais sob seguintes nomes:

  • Açúcar de cana
  • Açúcar de cana não refinado
  • Xarope de agave
  • Frutose
  • Sacarose

7 – Leites vegetais fortificados

Muitas vezes os leites vegetais têm adicionadas vitaminas, normalmente D e B, daí serem “fortificados”. Normalmente costuma ser o caso dos leites de cereais e frutos gordos, para melhorar a sua composição nutricional.

Estas também são das vitaminas cujo défice é muito comum na população em geral. Por isso, elas são adicionadas à diferentes produtos, incluindo leites vegetais. No entanto, se tem défice em alguma destas vitaminas, beber leite fortificado não é suficiente para colmatar isso. Para além disso, quase sempre que há adição das vitaminas, há também a adição de mais adoçantes e espessantes.

leite vegetal

Em conclusão…

Pensem na quantidade de leite vegetal que consomem por dia, nas vossas necessidades nutricionais e energéticas e também na preferência do sabor. Dediquem algum tempo na ida ao supermercado a analisar os rótulos das bebidas vegetais e escolham aquelas que mais vos transmitirem confiança, cujos ingredientes são poucos e familiares.

Espero mesmo que este artigo lhe seja útil e contribua para que vocês consigam escolher o melhor leite vegetal e ter uma alimentação mais conscientes! Comentem em baixo e partilhem as vossas impressões! A segunda parte deste artigo será então “Leites vegetais – As melhores opções do marcado” e está neste momento “no forno”!

Cacau quente vegan

Aqui no Dicas da Oksi continuamos com as receitas perfeitas para os dias frios. E quem não adora uma boa bebida quente nesta altura? Já encontram a receita do Leite Dourado aqui no site, que adoro e que ajuda a manter afastadas as constipações.

Desta vez, trago-vos uma receita mais gulosa: o melhor cacau quente vegan. Esta foi mais uma receita que preparei noshowcooking no evento El Mag da revista Saber Viver, em Lisboa no passado dia 11 de Novembro de 2018. As papas de quinoa também fizeram parte do programa e já partilhei a receita aqui.

Umas deliciosas papas de quinoa e cacau quente para um pequeno-almoço especial de inverno, parece-vos bem? A verdade é que ambas as receitas são perfeitas para qualquer altura do dia!

Para esta receita do cacau quente, podem utilizar qualquer leite vegetal. Pessoalmente, acho que fica com agradável com leite vegetal de amêndoa ou leite vegetal de coco. Em relação ado adoçante, tenho adorado usar o xarope de tâmaras. No entanto, podem substituir por qualquer adoçante líquido ou algum sólido que dissolva bem (o açúcar de coco, por exemplo, não dissolve muito bem).

A manteiga de cacau é o ingrediente chave da receita, pois é ela que vai dar cremosidade e riqueza à bebida. Sei que não é um ingrediente muito comum, mas eu uso este que podem adquirir com 10% de desconto com o código OKSI (também encontram no site o cacau, necessário para esta receita). No entanto, se não encontrarem, podem usar óleo de coco em vez da manteiga de cacau.

Algumas receitas de cacau quente utilizam diferentes espessantes (amido de milho, araruta, entre outros…), no entanto, eu evito o seu uso. A textura ideal deste cacau é conseguida quando depois de pronto, é deixado arrefecer ligeiramente. Isto acontece porque a manteiga de cacau derrete perante temperaturas altas e volta a solidificar quando a temperatura baixa.


5.0 from 1 reviews
Cacau quente vegan
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Bebidas
Cozinha: Vegan, sem glúten
Porções: 2 doses
Ingredientes
  • 400 ml de leite vegetal (podem usar de coco)
  • 50gr de manteiga de cacau
  • 3 colheres de sopa de cacau puro
  • 3 colheres de sopa de xarope de tâmaras
  • Pitada de pimenta caiena em pó
Instruções
  1. – Colocar o leite e a manteiga de cacau num tacho e aquecer até a manteiga derreter completamente.
  2. – Adicionar o cacau e o xarope de tâmaras e misturar muito bem os ingredientes (podem usar uma mini vara de arames).
  3. – Quando a bebida estiver homogénea e da temperatura desejada, está pronta!

 

As melhores trufas de cacau + ida ao Porto Canal

Esta é das receitas que mais vezes faço para mim própria. Adoro ter os meus snacks à mão e gosto de sejam práticos para levar na marmita. Ao longo dos anos, já fiz dezenas de versões diferentes desta receita…mas a minha preferida continua a ser a que vos trago hoje!

Há algumas semanas recebi o convite para voltar ao programa “Olá Maria” do Porto Canal. Já lá fui várias vezes preparar receitas deliciosas em direto, podem rever todos os vídeos no separados Média aqui do site.

Desta vez, resolvi então fazer estas trufas no programa. Levam apenas alguns ingredientes, são cruas e satisfazem o paladar de todos os miúdos e graúdos.

As trufas foram aprovadas no programa e recebi imensos pedidos da vossa parte para colocar a receita no site Dicas da Oksi. Por isso, deixo de seguida a minha participação no programa (cliquem na foto para verem o vídeo) e encontram a receita no final deste artigo.

A base destas trufas são tâmaras e os cajus. A combinação de fruto seco com oleaginosa torna estas trufas muito saciantes e completas a nível nutricional. Gosto de usar a pasta de tâmaras por ser mais moldável e prática, no entanto, podem usar a mesma quantidade de tâmaras sem caroço. Em relação à oleaginosa, ficam mais saborosas com cajus; no entanto, podem usar amêndoas ou nozes.

O “toque de magia” delas encontra-se na adição do cacau e das raspas dos citrinos. Normalmente usamos o sumo/miolo dos limões e laranja e descartamos a sua parte dos aromática – a casca. Esta é uma ótima maneia de aproveitar as raspas e muitas vezes também as uso para fazer infusões.


5.0 from 1 reviews
As melhores trufas de cacau
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Lanche/petisco
Cozinha: Vegan, Sem glúten
Porções: 25 trufas
Ingredientes
  • 350gr de pasta de tâmaras ou tâmaras sem caroço
  • 150gr de cajus crus
  • 3 colheres de sopa de cacau puro
  • 2 colheres de sopa de óleo de coco
  • Raspa de 1 limão
  • Raspa de 1 laranja
  • Toppings: cacau puro, coco ralado, spirulina em pó, bagas goji, sementes de papoila.
Instruções
  1. Colocar os cajus num processador de alimentos e processar até obter uma consistência relativamente fina, mas com alguns pedaços.
  2. Adicionar a pasta de tâmaras (em pedaços pequenos), o cacau, o óleo de coco e as raspas de citrinos. Voltar a processar tudo até obter a consistência de moldar (se necessário, adicionar mais um pouco de óleo de coco).
  3. Moldar as trufas com as mãos e passa-las pelos toppings desejados.
  4. Guardar num recipiente guardado no frigorífico, até 2 semanas.

 

Matcha: benefícios e receita do meu latte

Quem me conhece sabe que adoro chá verde, especialmente o dos Açores. O chá verde contém imensos benefícios, nomeadamente é um dos antioxidantes mais eficazes do planeta (mais precisamente, o segundo maior, depois da infusão de hibisco) *1.

O consumo de chá verde apresenta muitos benefícios, como:

  • Diminuição da recorrência do cancro da mama *2
  • Diminuição da recorrência de constipações *3
  • Diminuição da recorrência de doença arterial coronária (a mais comum das doenças cardiovasculares) *4
  • Melhoria do sistema imunitário *5
  • Melhoria da qualidade da pele e como agente protetor dos raios solares UV *6.

Quando consumido em forma de pó, estes benefícios são muito maiores, pois são também consumidas as próprias folhas. Daí ser tão interessante o matcha – chá verde japonês, que se apresenta em forma de pó. No Japão este chá é consumido há muitos séculos e constitui um elemento essencial nas cerimónias de chá.

Este tipo de chá é muito versátil, pois pode ser utilizado em bolos, panquecas, bebidas e até em cosméticos!  Uma das minhas maneiras preferidas de consumir o matcha é num latte com leite de coco caseiro. Uso sempre este matcha e por vezes também adoço com um pouco de xarope de ácer.

A receita não podia ser mais simples:

Matcha Latte
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Bebidas, Sem lactose
Porções: 1 cup
Ingredientes
  • 200 ml de leite de coco
  • ½ Cc (colher de chá) de matcha em pó
  • 1 CC (colher de sopa) de xarope de ácer (ou outro adoçante líquido)
Instruções
  1. Colocar num tacho o leite de coco e o xarope de ácer. Aquecer até a temperatura desejada.
  2. Adicionar o matcha em pó e, com a ajuda de uma mini varinha-mágica, processar a mistura até incorporar os ingredientes e obter espuma (se não tiverem, podem usar uma liquidificadora ou varinha normal).
  3. Beber imediatamente!

*1 Carlsen MH, Halvorsen BL, Holte K, Bøhn SK, Dragland S, Sampson L, Willey C, Senoo H, Umezono Y, Sanada C, Barikmo I, Berhe N, Willett WC, Phillips KM, Jacobs DR Jr, Blomhoff R. The total antioxidant content of more than 3100 foods, beverages, spices, herbs and supplements used worldwide. Nutr J. 2010 Jan 22;9:3

*2 P. Zhou, J.-P. Li, C. Zhang. Green tea consumption and breast cancer risk: Three recent meta-analyses. Breast Cancer Res. Treat. 2011 127(2):581 – 583

*3 Matsumoto K, Yamada H, Takuma N, Niino H, Sagesaka YM. Effects of green tea catechins and theanine on preventing influenza infection among healthcare workers: a randomized controlled trial. BMC Complement Altern Med. 2011 Feb 21;11:15.

*4 Z M Wang, B Zhou, Y S Wang, Q Y Gong, Q M Wang, J J Yan, W Gao, L S Wang. Black and green tea consumption and the risk of coronary artery disease: a meta-analysis. Am J Clin Nutr. 2011 Mar;93(3):506-15.

*5  Matsumoto K, Yamada H, Takuma N, Niino H, Sagesaka YM. Effects of green tea catechins and theanine on preventing influenza infection among healthcare workers: a randomized controlled trial. BMC Complement Altern Med. 2011 Feb 21;11:15.

*6 Heinrich U, Moore CE, De Spirt S, Tronnier H, Stahl W. Green tea polyphenols provide photoprotection, increase microcirculation, and modulate skin properties of women. J Nutr. 2011 Jun;141(6):1202-8.

Granola de quinoa

Confesso que não tenho por hábito fazer granola muitas vezes, mas adoro sentir aquele aroma delicioso a perfumar a cozinha e a ter algo crocante para juntar aos iogurtes ou taças de batidos.

Esta receita em particular surgiu num dia em que me tive esta vontade, mas não tinha nem aveia nem oleaginosas em casa. Assim, à primeira vista, seria missão impossível fazer granola!

Pensei melhor e surgiu-me a ideia de fazer uma granola com base em quinoa, que é um pseudo-cereal extremamente completo nutricionalmente e tem todos os amino-ácidos essenciais, sendo uma proteína completa. Nunca tinha visto nenhuma granola de quinoa e pensei “Porque não?” E assim foi!

A verdade é que o resultado foi delicioso, a quinoa adquiriu uma textura completamente diferente e crocante! Adicionei também lascas de coco (que só se devem juntar no final por queimarem muito facilmente) e pepitas de cacau cruas, para dar um toque mais crocante e intenso.

Em relação ao adoçante, usei melaço de cana, que parece ser uma das melhores opções entre diferentes adoçantes *1. O melaço tem um sabor e cor intensos, mas em receitas em que se usa o cacau, penso que resulta muito bem.


Granola de quinoa
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Lanche/petisco, Pequeno-almoço
Cozinha: Vegan, Sem glúten
Porções: 500gr
Ingredientes
  • 200 gr de quinoa, previamente demolhada durante 8-12h
  • 100 gr de lascas de coco
  • 100 gr de passas (ou outro fruto-seco)
  • 50 gr de pepitas de cacau
  • 3 CS de melaço de cana (ou outro adoçante líquido)
  • 2 CS de cacau em pó
  • 1 CS de óleo de coco
Instruções
  1. Colocar a quinoa num tabuleiro e levar ao forno pré-aquecido a 170ºC durante 15 min, até voltar a secar e ficar ligeiramente crocante.
  2. Misturar o óleo de coco com o melaço e o cacau em pó e envolver a quinoa com este xarope. Voltar a levar ao forno durante cerca de 15 min ou até torrar ligeiramente.
  3. Desligar o forno, juntar as lascas de coco por cima de quinoa e levar ao forno até ligares ligeiramente torradas, com o calor residual.
  4. Deixar arrefecer o preparado e misturar, por fim, as passas e as pepitas de cacau. Está pronta!

*1 M. P. Katherine and H. C. Monica. Total antioxidant content of alternatives to refined sugar. J Am Diet Assoc. 2009 Jan;109(1):64-71.

Sopa completa & anti-inflamatória

A receita desta sopa surgiu numa semana não muito favorável para mim: eram dias frios de inverno, só chovia e, para melhorar a situação, tinha arrancado dois sisos. Um deles, teimoso como a dona, não queria sair, resultando na perfuração do seio maxilar.

O resultado? Muitas dores, um inchaço terrível e possibilidade de inflamação. Como não conseguia comer sólidos, passava os dias a sopa triturada com feijão. Assim, para tirar algum aproveito da situação, criei a receita desta sopa que inclui poderosos anti-inflamatórios naturais.

Devo dizer que ajudou-me muito (juntamente com a medicação que, neste caso, era inevitável) e alguns dias depois de ter tirado os sisos, dei um Showcooking a dezenas de pessoas, no El Corte Inglés. Estava inchada na mesma (podem tentar descobrir qual foi, pelas fotos na secção Portefólio!) mas com energia e forças suficientes para tal.

Quem me conhece sabe que adoro curcuma e tento incluir esta raiz em diversos pratos. Mas qual é a cena da curcuma, Oksi?

Bem, a curcuma é uma raiz de cor laranja, que constitui um dos antioxidantes e anti-inflamatórios mais poderosos do planeta e que parece apresentar mecanismos ativos supressores das células cancerígenas *1. Para além disso, parece ser um tratamento eficaz na prevenção e diminuição da sintomatologia na demência (Alzheimer) *2, na diminuição da inflamação e dor associada a osteoartrite *3 *4, entre outros.

O gengibre, a curcuma e os cogumelos – todos presentes nesta sopa e todos potentes anti-inflamatórios *5 – vão protegerem-vos das constipações, gripes e outros males desnecessários.

Não vos massacro mais com estudos sobre a saúde (as vezes não sei se estou a escrever uma receita ou uma tese…), e apresento-vos a melhor sopa completa & anti-inflamatória de sempre!


4.5 from 2 reviews
Sopa completa & anti-inflamatória
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Vegan, Sem glúten
Porções: 3 litros
Ingredientes
  • 3 cenouras, em rodelas
  • 1 cebola roxa, cortada grosseiramente
  • 1 abóbora butternut, aos cubos (sem casca)
  • 400 gr de feijão branco cozido
  • 100 gr de cogumelos shimeji (ou outros cogumelos frescos)
  • 1 CS de azeite
  • 1 CS de curcuma em pó
  • 1 CS de gengibre em pó q.b.
  • Pitada de pimenta preta
  • Leite de coco q.b.
  • 1.5 lt de água
  • Sal q.b
Instruções
  1. Levar ao lume uma panela com a água e deixar levantar fervura.
  2. Adicionar os legumes descascados e cortados (não adicionar o feijão) e cozer durante 20 minutos (ou até a abóbora ficar tenra).
  3. Acrescentar os temperos e o feijão branco e deixar cozinhar durante mais 5 minutos.
  4. Entretanto, numa frigideira antiaderente, aquecer uma colher de sopa de azeite e saltear os cogumelos até ficarem dourados. No final, temperar com um pouco de sal e pimenta preta.
  5. Triturar a sopa e servir com um pouco de leite de coco e os cogumelos shimeji salteados.

 

*1 Campbell TC. Cancer Prevention and Treatment by Wholistic Nutrition. J Nat Sci. 2017;3(10)

*2 J M Ringman, S A Frautschy, E Teng, A N Begum, J Bardens, M Beigi, K H Gylys, V Badmaev, D D Heath, L G Apostolova, V Porter, Z Vanek, G A Marshall, G Hellemann, C Sugar, D Masterman, T J Montine, J L Cummings, G M Cole. Oral curcumin, for alzheimer’s disease: tolerability and efficacy in a 24-week randomized, double blind, placebo-controlled study. Alzheimers Res Ther. 2012 Oct 29;4(5):43.

*3 Y. Henrotin, A. L. Clutterbuck, D. Allaway, E. M. Lodwig, P. Harris, M. Mathy-Hartert, M. Shakibaei, A. Mobasheri. Biological actions of curcumin on articular chondrocytes. Osteoarthr. Cartil. 2010 18(2):141 – 149.

*4 Y. Henrotin, F. Priem, A. Mobasheri. Curcumin: A new paradigm and therapeutic opportunity for the treatment of osteoarthritis: Curcumin for osteoarthritis management. Springerplus. 2013 2(1):56.

*5 S. S. Percival, J. P. V. Heuvel, C. J. Nieves, C. Montero, A. J. Migliaccio, J. Meadors. Bioavailability of herbs and spices in humans as determined by ex vivo inflammatory suppression and DNA strand breaks. J Am Coll Nutr. 2012 31(4):288 – 294.

Leite de coco (a partir de coco inteiro)

Desta vez partilho com vocês a minha técnica para fazer leite de coco caseiro! Este leite é especial, pois para o preparar utilizo um coco seco inteiro em vez de coco ralado de pacote.

A maioria das receitas de leite de coco utilizam coco ralado ou concentrado de coco. No entanto, podem encontrar cocos inteiros em grandes superfícies como El Corte Inglés, Jumbo, Continente e Pingo Doce. O preço dos cocos costuma rondar os 1.99/kg, sendo que cada coco fica geralmente por menos de 1 euros. Ora, como cada embalagem de coco ralado custa também à volta de 1 euros, compensa muito utilizar o coco inteiro!

 

Mas se o preço é o mesmo, porque é que compensa mais utilizar o coco inteiro?

Primeiro, porque compramos um ingrediente no seu estado natural em vez de embalado (sendo assim também mais sustentável). Segundo, porque a partir de um coco inteiro obtemos um resíduo de melhor qualidade do que o resíduo a partir do coco ralado. Este resíduo pode ser utilizado ao natural em bolachas, bolos etc ou desidratado e processado até obter uma farinha. Em último lugar, utilizado o coco inteiro resulta num leite mais cremoso e doce.

Esta é uma versão básica e neutra do leite de coco, sem adição de adoçantes e especiarias. Gosto de fazer o leite neutro pois torna-se mais versátil no posterior uso em receitas.

No entanto, se desejarem obter um produto final mais doce e aromático para ser apreciado ao natural, podem adicionar à receita 5 tâmaras e uma pitada de canela em pó – que serão processados juntamente com o coco.

Este leite é perfeito para servir como base para o leite dourado ou matcha latte.


Leite de coco (a partir de coco inteiro)
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Bebidas
Cozinha: Vegano, Sem lactose
Porções: 1 litro
Ingredientes
  • 1 coco inteiro partido, separado da casca *
  • 1 Litro de água morna
Instruções
  1. Passar os pedaços de coco por água (por causa do resíduo da casca), cortá-los em tiras finas e colocar na liquidificadora.
  2. Adicionar a água e processar até o coco ficar em papa.
  3. Filtrar o leite utilizando um tecido ou coador (o último resíduo vai ser mais escuro, por causa da casca interior do coco; dependendo do uso que vão dar ao resíduo, guardem esta parte ou não!)
  4. E está pronto para ser transferido para os frascos, de preferência de vidro!
Notas
* Para partir o coco: com a ponta de uma faca, espetar cada uma das três saliências no topo do coco. Uma das saliências vai ser mole; abrir esta saliência e retirar a água de coco. Colocar o coco dentro de vários sacos velhos e, de num local exterior, bater com o coco no chão algumas vezes, até ficar partido em pedaços pequenos.

 

 

Leite dourado

Já devem ter percebido que adoro a poderosa raiz dourada – a curcuma (também conhecida por “açafrão das índias).  Já partilhei uma maneira de incluir este ingrediente no vosso dia-a-dia, através da adição na sopa (vejam a receita da Sopa completa & anti-inflamatória).

Hoje trago-vos uma maneira diferente e deliciosa de consumir a curcuma, numa bebida aconchegante. Esta bebida é perfeita para ser consumida em alturas frias, antes de dormir ou simplesmente quando queremos relaxar. É muito fácil de ser preparada e os ingredientes são bastante acessíveis! Optei por usar curcuma em pó por ser mais prática e acessível.

Para quem não conhecea curcuma é uma raiz de cor de laranja que consitui uma verdadeira superfood, porque:

  • É um dos antioxidantes e anti-inflamatórios mais poderosos do planeta *1, *2
  • Parece apresentar mecanismos ativos supressores das células cancerígenas *1
  • Parece constituir um tratamento eficaz na prevenção e diminuição da sintomatologia na demência (Alzheimer) *3
  • Ingrediente poderoso na diminuição da inflamação e dor associada a osteoartrite *4 *5, entre muitos outros

Estão convencidos a incluir a curcuma na vossa alimentação? Então deixo-vos só mais uma dica.

O poder anti-inflamatório e antioxidante da curcuma é potenciado pela adição da pimenta preta e de gordura saudável (leite de coco caseiro). A junção destes 3 ingredientes permite com que o nosso organismo absorva de maneira eficaz todos os nutrientes. Quando a curcuma é consumida isoladamente, só uma pequena parte dos seus nutrientes é aproveitada pelo nosso corpo.

Vamos à receita?

5.0 from 1 reviews
Leite dourado
 
Tempo de preparação
Tempo de cozimento
Tempo total
 
Autor:
Tipo de receita: Bebidas
Porções: 1 chávena
Ingredientes
  • 1 Chávena de leite de coco
  • ¼ colher de chá de curcuma em pó
  • ¼ colher de chá de canela em pó
  • Pitada de pimenta preta q.b.
  • 1 colher de chá de xarope de ácer (ou outro adoçante líquido)
Instruções
  1. Colocar o leite num tacho e levar ao lume.
  2. Adicionar o curcuma, a canela, a pimenta e o xarope de ácer e aquecer até à temperatura desejada.
  3. Com a ajuda de uma mini-varinha ou vara de arames, incorporar todos o ingredientes, criando também alguma espuma.
  4. Desligar o lume e beber imediatamente.

*1 Campbell TC. Cancer Prevention and Treatment by Wholistic Nutrition. J Nat Sci. 2017;3(10)

*2 S. S. Percival, J. P. V. Heuvel, C. J. Nieves, C. Montero, A. J. Migliaccio, J. Meadors. Bioavailability of herbs and spices in humans as determined by ex vivo inflammatory suppression and DNA strand breaks. J Am Coll Nutr. 2012 31(4):288 – 294.

*3 J M Ringman, S A Frautschy, E Teng, A N Begum, J Bardens, M Beigi, K H Gylys, V Badmaev, D D Heath, L G Apostolova, V Porter, Z Vanek, G A Marshall, G Hellemann, C Sugar, D Masterman, T J Montine, J L Cummings, G M Cole. Oral curcumin, for alzheimer’s disease: tolerability and efficacy in a 24-week randomized, double blind, placebo-controlled study. Alzheimers Res Ther. 2012 Oct 29;4(5):43.

*4 Y. Henrotin, A. L. Clutterbuck, D. Allaway, E. M. Lodwig, P. Harris, M. Mathy-Hartert, M. Shakibaei, A. Mobasheri. Biological actions of curcumin on articular chondrocytes. Osteoarthr. Cartil. 2010 18(2):141 – 149.

*5 Y. Henrotin, F. Priem, A. Mobasheri. Curcumin: A new paradigm and therapeutic opportunity for the treatment of osteoarthritis: Curcumin for osteoarthritis management. Springerplus. 2013 2(1):56.